Aprendendo sem saber

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Já se passaram alguns dias desde que conheci minha mãe.
É uma nova sensação, talvez seja o que eu estava a pensar, eu não sabia que o carinho dela me agradaria tanto e também como poderia ?

A ferida que está em minha barriga ainda está cicatrizando, não entendia o por que dela demorar tanto a sumir. Quando perguntei a Liliana, ela não sabia me responder,então não havia escolha, fui a procura de minha mãe...

Ela estava conversando com Ophélia, então eu tentei voltar  para onde estava, não queria atrapalhar a conversa das duas e também minha questão não era tão importante, essa era minha forma de pensar e também a minha intensão naquele momento porém, eu fui notada. Ophélia então saio e foi em direção a mata, minha mãe por sua vez, veio ao meu encontro e perguntou:

- Tem algo que queira falar comigo ?

- Não é nada importante ! Desculpe por interromper a conversa de vocês, eu não queria incomodar. - Eu respondi, mas estava extremamente sem jeito, afinal, eu não gostava de me sentir como se estivesse atrapalhando.

- Ahh... não se preucupe quanto a isso, esse assunto já estava terminado, não há o que se desculpar. Agora diga-me o que posso fazer para ajudá-la ? - Ela respondeu novamente terna comigo, eu me sentia estranha, mas ao mesmo tempo acolhida... protegida é melhor para como eu me sentia estando perto de minha mãe.

- Na realidade eu apenas queria saber por quê esta ferida demora tanto para se curar. - Eu disse.

- Por que não é uma ferida comum. - Minha mãe me respondeu.

- Não consigo entender. - Eu questionei

- Essa queimadura foi feita em um ritual que selava sua magia dentro de seu corpo. Assim sendo, ela é dotada de magia.
Ela se recuperará no entanto demora mais tempo até que seu corpo possa se estabilizar. - Minha mãe dizia isso com tanta clareza.

- Mas então o que eu posso fazer até que isso melhore ? - Novamente eu perguntava.

- Entendo, o que te pertuba não é a queimadura mas sim o fato de não poder fazer nada. Sendo assim eu vou lhe dar algo que possa fazer você se ocupar. - ela dizia isso com algo em mente, era notável.

- Não é isso... não é como se eu me importasse ! - Eu tentei argumentar.

Ela apenas me olhou e fez um gesto para que eu a seguisse até a tenda, e eu o fiz apesar de estar chateada por saber que minha mãe em poucos dias já sabia tanto de mim, e apesar de tudo eu não sabia quase nada sobre ela, seus pensamentos para mim eram um mistério, e apesar de saber tão pouco por que eu estava a me interessar pelo jeito de como ela me desvendou em tão pouco tempo ? Eu não sabia, e estava longe de saber.

Na tenda ela me deu alguns pergaminhos velhos e gastos e me disse:

- Pronto ! Agora você pode se distrair com alguma coisa, além de ler para passar o tempo você também aprenderá magia... éhh... na teoria já que não pode praticar. - ela me disse com um sorriso.

- Você está cassoando de mim ? Sabe que não posso usar magia ainda. - Eu disse raivosa.

- E você não usará, apenas vai aprender para quando melhorar poder começar a treinar. Agora vá... há muito o que aprender. - Sua expressão mudou de amável para séria.

Celada no geloOnde histórias criam vida. Descubra agora