Capítulo 07

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Quando abri a porta de casa me lembrei de que hoje era quarta dia do bolo de carne e de reunião da família. Mas, ao invés da conversa alta e risadas,encontrei os gritos de Nicla e os do meu avô. Joguei a chave na mesinha perto da porta e caminhei para a sala de jantar. Minha irmã estava em prantos seus lindos olhos estavam vermelhos,os cabelos bagunçados, já minha mãe mantia a calma,bebericando seu vinho.
- você não pode fazer isso!- Nicla gritou
- Nicla,filha isso é uma decisão de seus pais. Não cabe a nós...
- Mama,por favor!- ela implora as lágrimas caindo,observei tudo calada,meu tio Franco percebeu minha presença,e sorriu triste ele parecia mais velho é mais cansado que nunca,pois foi ele que praticamente criou minha mãe, e vê lá, assim agora era... Estranho.
- Appia. - ele ponderou meu nome como alguém que experimenta vinho. Todos na sala se viraram para mim,Will me olhava com pena,assim como tia Rita e tio Jordan,Vó Carmela, deu um sorriso amarelo, e eu apenas observei. Sabia que minhas expressões não mudavam. Eles estavam com pena de mim e de Nicla. Eu não gostava que tivessem pena de mim. Eu não precisava de pena.
-Appia,mama vai deixar o papai!- ela diz ainda no chão, as vezes me esqueço de que Nicla só tem 12 anos. Minha mãe mantinha a mesma expressão que a minha.
- Nicla,levanta. - disse baixo.
- Appia,você está me ouvindo?- ela repetiu histérica.
- Levante se agora ! - disse alto,ela parou de falar,eu odeio quando peço algo e as pessoas não fazem. - Eu mandei levantar!!- gritei e a peguei pelo braço a puxando até seu quarto.
- Appia você está me machucando. - sua voz era um borrão, apertei com mais força seu braço e a joguei em sua cama.
- Sua burra,para com esse showzinho. Eles estão com pena de nós. " Oh! Marissa e suas filhas não terão alguem para ajuda las" Cresça Nicla, nos somos De Angeles, nos não precisamos de Pena. Engula esse choro,se eu ouvir mais um piu do seu quarto,eu vou pregar sua boca na parede. Fui clara.
- s-sim. - Nicla estava encolhida, e tremia,eu não deveria ter feito isso,mas... Ela precisa crescer a minha infância foi maravilhosa e olha a merda que eu sou? Imagine quando a Nicla tiver minha idade,que Dío me ajude. Sai do quarto,e esbarrei em alguem,a ultima pessoa que eu queria ver na face da terra. Meu pai,ele olhava para mim desolado,tinha uma mochila nas costas. Eu me lembro que quando era pequena,me ensinaram a nunca desrespeitar os mais velhos,os chefões e a mama. Bem,ele não se encaixava em nenhuma das posições acima.
- Appia,o que você fez com sua irmã?- ele perguntou, fiz menção de ir para o meu quarto,mas ele impediu. E ai minha paciência recém adquirida foi pro espaço.
- Não encoste a mão em mim!- berrei,ele se afastou bruscamente. - Nunca mais volte a falar comigo, ou com a minha irmã,entendeu? Nem mesmo pense na minha família. Você disse que nunca iria machucar nenhuma de nós? - abri os braços fazendo um gesto amplo - Veja a grande merda que você fez! E tudo por que? Uma boceta loira? Você me prometeu o mundo,e agora arruinou ele. O meu é o da Nicla.
- você não sabe de nada Appia. - ele disse mais alto.
- Quer saber,que se foda. Você e ela,você e essa família inteira. Mas uma coisa eu aviso. Fique longe da minha mãe e da minha irmã. - disse - seu puto.
A próxima coisa que senti foi uma ardência na bochecha,pode até ter sido merecida. Minha mãe dizia coisas piores a meu avô e ele nunca bateu nela. Minha mãe estava horrorizada,no corredor, e pela primeira vez eu vi o vislumbre da mamãe fragilizada.
- Appia,filha... - ele se inclinou é eu fui para trás.
- não encoste em mim.
- Lucca, você perdeu o juízo? Você bateu na minha filha. - minha mãe voou nele dando tapas,e chutes. Eu andei ate a sala,e falei alto.
- O show acabou! Vaza quem não mora nesse lugar. Agora. - gritei,meus avós ate tentaram falar comigo,mas fingi que era surda. Minha mãe empurrou meu pai pra fora de casa,e depois me abraçou.
- sinto muito. - ela chorou baixinho e depois se afastou, foi para seu quarto e trancou a porta. Eu fui para o meu.
Entrei no chuveiro, tomei um banho rápido, me troquei, meia calça com a costura atrás,saia justa preta,coloquei um corselet,e depois uma camiseta regata bege, saltos pretos e uma jaqueta preta por cima,batom vinho quase preto olhos contornados da mesma cor da minha roupa,usei colares e anéis chamativos,peguei dinheiro e as chaves. Arrumei meu cabelo de forma descontrolada, e passei meu perfume favorito instense. Sai do prédio a passos lentos,deixei que me olhassem,tirasse fotos falassem coisas obscenas que eu respondia da mesma forma. Andei ate minha boate preferida. Nexus. A primeira a aparecer foi Will. Ela se vestia de forma semelhante a mim,mas seus cabelos curtos estavam passados para trás,ela sorriu triste sua pele estava muito clara e seu batom vermelho destacava assim como o macaquinho preto transparente. Deixando a mostra os dois "X" em seus peitos. Nós encostamos na parede e esperamos Nia chegar. O bom te der amigas e que não preciso dizer quando estou precisando sair. Logo o carro do pai de Nia parou na nossa frente. Ela desceu de vestido vermelho, sandálias pretas de tiras e uma jaqueta marrom os cabelos soltos esvoaçando e um batom nude.
- Olá Senhor Carter!- digo sorrindo para ele que sorri de volta, e manda beijos para a filha.
- Papai, eu ligo na hora de ir embora. Okay?- ele concorda e da partida.
- Vamos caçar súcubos. - digo baixo,e elas dão gritinhos de felicidade, quando entramos no salão mal iluminado,e a música começa a entrar no meu corpo.

Jovem Rebelde # ( Young Rebel)- Garotas da Máfia Vol. 02Onde histórias criam vida. Descubra agora