Jovem Rebelde # ( Young Rebel)- Garotas da Máfia Vol. 02

Capítulo 06

Fugi das meninas por toda a manhã, enquanto eu andava pelas ruas de Nova Iorque até a casa de meu tio Calum,a ficha não parecia cair. As prioridades do meu pai mudaram,as circunstâncias da vida dele eram outras,e pareciam não incluir minha mãe,Nicla e eu. Passei por uma das minha lanchonetes favoritas e entrei,não tinha almoçado e imaginei que na casa de tio Calum não encontraria nada dentro do prazo de validade. Sentei em uma mesa perto da vidraça dando para ver a rua,do outro lado havia uma lojinha de anéis eu amava anéis. Tinha vários desde valiosos ate aqueles de crochê que a gente compra em feirinhas. Fiquei tentando ver que tipo de loja era aquela quando um garçom parou ao meu lado.
- Boa tarde? O que vai querer?- perguntou fitando meu decote, joguei o cabelo para frente tampando o mesmo. Ele murchou e bufou. Peguei o cardapio.
- vou querer uma lasanha a bolonhesa,batata frita e Cherry cola. - Pedi,ele anotou tudo e saiu marchando para a cozinha,me inclinei na mesa e peguei meu caderno com as anotações do plano Barbieri. Estava distraída, quando meu lápis caiu da mesa e rolou,segui seus passos até um tênis preto,catei a caneta e me levantei. Assim que meus olhos encontram os do dono do sapato,tive um sobressalto. Ele era muito bonito, loiro,tinha o queixo quadrado a barba era rala,os olhos azuis,brilhando a boca bem desenhada. O cabelo jogado para trás, e o nariz fino. Os ombros eram largos,os braços fortes e uma cintura estreita. E olha que eu não sou fã de loiros.
- eu também vivo me atrapalhando com essas coisas!- diz sorrindo e apontando para a caneta. Pisco algumas vezes,qual é Appia ninguém te deixa sem palavras.
- verdade,sou um pouquinho desastrada. - sorrio e ele o mantem. Começo a me virar quando ele diz:
- hey, você vai almoçar sozinha?
- eh...vou sim. - ele sorri,boa Appia conseguiu uma transa para hoje a noite.
- eu estou tomando um café, sente se comigo.
Concordo,e volto a minha mesa para buscar minha bolsa, pego meu celular e vejo que tem mais de vinte mensagens das meninas,quatro da Nicla,e umas dez do meu pai. Merda. Puxo a cadeira e me sento,guardo o caderno e ponho a bolsa ao meu lado.
- desculpe os modos nem me apresentei. - diz - me chamo Cameron.
Ele estende a mão e eu a pego hesitante.
- Appia.
- Que nome diferente.
- minha família tem origem italiana.... - olhei os livros que ele tinha na cadeira. " Lecionando Italiano I, II e III" - mas eu não falo nada sabe. - sorri docemente. - estava até procurando um professor.
- sério? Eu sou professor de Italiano.
- Oh,a onde você da aula? Eu poderia me matricular...
- no momento estou sem emprego,mas posse te dar aulas particulares.
- Isso seria ótimo. - digo quando meu prato chega, ofereço e ele nega continua bericando seu café.
- bem,o que você faz?
- estou no ultimo ano da escola.
- quer fazer o que de faculdade?- ele diz mexendo distraído em sua xícara, termino de mastigar.
- medicina veterinária,tenho uma gata chamada Madonna. - falo antes que ele pergunte se eu tenho bichinhos ou se gosto dos mesmos.
- Você disse que trabalhava com o que mesmo?- perguntei.
- no momento eu não estou trabalhando,pelo menos não oficialmente, estou servindo de emissário para alguns empresários.
- que chique. - digo sorrindo.
- e o que fez antes disso?
- eu era militar,Appia. - ele diz. Engulo em seco,e bebo um pouco da minha Cherry Cola. Isso estava ficando impessoal de mais. Terminei de comer, e quando ele ia me perguntar alguma coisa,um homem alto,uns bons três anos mais velho que Cameron entrou na loja,o ambiente pareceu ficar mais tenso. Ele se aproximou da mesa.
- Cameron. - a voz grossa era de assustar ate o Freddy Krueger e a Mama. Ele era tão bonito quanto Cameron,mas algo nele passava medo, encarei ele todo e tudo o que consegui pensar era no montanha de Game of thrones. Mas, quando vi a tatuagem no pescoço meu coração tremeu,e minha vontade era de correr até o Alasca e me esconder. Ele era um membro da elite, a espada com uma cobra enrolada apontando para uma coroa. Me encarava de volta.
- Caleb,está assustando minha amiga. - nem percebi que tinha agarrado minha bolsa e os nos dos dedos estavam ficando brancos.
- sinto muito se ela não aguenta a minha presença, irmãozinho. - quase caio dura no chão, mas ao invés disso ponho minha melhor máscara de garota boa,e me levanto.
- não vou atrapalhar mais.- coloco o dinheiro em cima da mesa,e pego a bolsa - até logo,Cameron.
- ate... - ele não diz meu nome o que e ótimo, saio tranquilamente ciente que Caleb me perseguia com o olhar. Virei a esquina e comecei a correr,doze quarteirões ate o prédio de tio Calum.

Cheguei em frente ao prédio cinco minutos depois,bati o interfone. E ele abriu. Subi de elevador até a cobertura. No corredor tinha duas portas ambas alugadas por meu tio,que era famoso no ramo do segredo. Ele tinha olhos e ouvidos em todos os lugares. Abri a porta de madeira escura e entrei.
As maquinas faziam um barulho desnecessário.
Meu tio era tão bonito quanto meu pai,ou até mais. Ele tinha os cabelos curtos os olhos castanhos e uma barba rala crescia em seu rosto,mostrando que ele havia passado a noite em claro.
- tio Calum?- chamei e ele ergue os olhos para mim,deu um sorriso cansado e acenou para que eu chegasse perto. Me sentei no braço da cadeira e ele se inclinou para trás. - Dia de atualizar ao servidor?
- eh,as redes estão maiores. O que manda?
- hum, o dinheiro já está na sua conta para os novos equipamentos, e para os informantes.
- sim...- ele diz mexendo no PC,as vezes me pergunto como tive a coragem de transar com meu tio. Tipo incesto não é algo que eu apoie,mas na época foi legal,é nada mudou no nosso relacionamento sobrinha - tio.
- sua mãe concordou em trazer a elite.
- eh,fiquei sabendo é acho que conheci um hoje na hora do almoço. - ele parou de digitar é me encarou
- como ele era?
- alto,parecendo o exterminador do futuro, ele se chama Caleb. - os olhos do meu tio arregalaram.
- você conheceu o líder da elite? Jesus...
- foi o que pensei. - digo e faço um coque no cabelo.
- e melhor parar com os ataques Robin Hood.
- eu sei mas,não foi por isso que eu vim. - digo e ele me encara - e sobre papai e mamãe.
Meu tio engole em seco,e desvio seus olhos dos meus, é sei que ele sabe de alguma coisa.
- tio Calum,por favor.
- Não Appia,ele é meu irmão eu não posso trair a confiança dele.
- você já disse tudo que eu precisava saber.
Ele ia argumentar quando bateram na porta.
- E sua mãe, se esconda. - peguei minha bolsa e corri ate o armário deixei um pouco aberto para poder ouvir o que eles estavam conversando.
- olá, Calum. - minha mãe diz
- cunhada.
- preciso,de um favor.
- diga,sou todo ouvidos. - meu tio ri,mas minha mãe não acompanha.
- preciso que identifique essa mulher, é não mostre isso ao seu irmão, tudo bem!?
- okay. Para quando precisa disso?
- o mais rápido o possível. Obrigada Calum. - diz ouço som de um beijo estralado e a porta e fechada. Espero alguns minutos tentando ganhar coragem, e saio. A foto ainda está em cima da mesa sendo escaneada, pego a mesma e quase desmaio quando vejo a loira,os traços dela são quase uma copia.
- Appia...
-tio Calum,eu conheço essa mulher. - um gosto amargo desceu pela minha garganta e eu tive vontade de matar meu pai.
- quem é ela, Appia?- meu tio pergunta. A mulher da foto,era a pior pessoa da face da terra.
- Mila Robson. Ela é a mãe da Roxie.