• Capítulo 17 - trabalho •

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Pov.: Astória.

Meu casamento com Draco estava perfeitamente bem, eram raras as vezes em que brigávamos, e ele me fez desistir da ideia de trabalhar na Gemialidades.  Ao invés disso, estou trabalhando na loja de Daphne, como gerente. Ela abriu uma loja de roupas e jóias e colocou o nome de Daphne's. A loja era bem perto do Gringotes, o que atrai muita gente. As pessoas retiram seu dinheiro no banco, e passam pela Daphne's que é uma loja unissex é muito famosa e conceituada, mesmo estando aberta a apenas um mês. A divulgação que minha sogra fez ajudou muito a loja, afinal, a senhora Malfoy é uma das fabricantes de jóias, suas coleções são sempre muito procuradas, ela tem realmente um dom. Sempre fez jóias muito bem mas nunca pensou nisso como um trabalho, e sim apenas como uma distração. Nunca precisou trabalhar, já que sempre teve muito dinheiro, mas agora faz isso como distração, já que não tem mais o filho em casa.

— Sabe, eu sinto falta de Draco. Apesar de ele sempre estar no quarto trancado, ou jogando quadribol no jardim... Eu sabia que ele estava em casa e vivia fazendo coisas para agrada-lo. Agora é diferente. Vocês vieram morar em um lugar bem distante... Eu sei que é significativo para vocês mas mesmo assim... – ela suspirou e passou a mão pela roupa desconfortavelmente como se quisesse arrumar algo, mesmo que estivesse impecável. – Podia ser mais acessível. Se eu não viesse aqui algumas vezes antes, eu teria me perdido. – Narcisa falou, não muito feliz com o modo que usamos para encontrarem nossa casa.

Apenas Draco e eu podemos aparatar nas areias de nossa casa. Outras pessoas devem pegar uma lancha (um tipo de automóvel aquático trouxa, o único, fora o carro, que Draco realmente gosta) para vir. Eles devem ir a uma praia qualquer, levantar a mão da varinha e pronunciar "Ilhas Malfoy" a lancha irá ao seu encontro e os trarão diretamente a nossa casa.

— É uma forma de nos mantermos distantes, as pessoas importunam muito e Draco tem tanto trabalho do ministério. – Suspiro. – O resto do mundo parece tão agitado, aqui é bastante calmo e trás muita paz... – comentei olhando para a praia. Era quase o pôr-do-sol de domingo e estávamos tomando chá na varanda enquanto esperávamos Draco. – que tinha tido que voltar ao ministério em pleno domingo após o surgimento de um imprevisto – chegar.
— Entendo... Eu queria ter um lugar desses. Aliás, eu e Lucius estamos pensando em passar um tempo em nossa mansão na Alemanha. Ele parece bastante cansado ultimamente e é uma forma dele descansar um pouco antes de voltar ao trabalho. Meu marido está querendo sair do Ministério, mas acha que isso pode implicar em algo para nossa família. Sempre tão preocupado. – Ela mirou o horizonte, bebericou o chá e tornou a colocar o pires em seu colo elegantemente. Narcisa balançou a cabeça negativamente e eu revirei os olhos.

Sempre tão preocupado com o que os outros vão pensar, ou falar. Mais preocupado até do que com sua própria saúde. O Sr. Malfoy não tem idade pra se esforçar tanto. Afinal, quantos anos ele tem? 60? Acredito que seja até mais novo, porém sua expressão cansada o envelhece no mínimo uns cinco anos a mais na aparência.

— Alemanha é meio longe, acho que Draco não ficaria feliz da senhora estar tão longe. – Arqueei uma sobrancelha. Sabia que isso não era da minha conta, mas eu e minha sogra ficamos tão íntimas que eu não me segurava antes de falar alguma besteira, ou algum comentário realista, é bom que ela esteja tão à-vontade quanto eu. 
— Draco supera, além disso ele tem você aqui como companheira. – ela sorriu gentilmente para mim e ouvimos um barulho. Me virei e vi Draco ele sorriu pra mim, balançou a cabeça e veio andando até nós.
— Mãe! – ele disse abraçando-a com um sorriso que era recíproco. Quando a soltou, me deu um selinho e enlaçou minha cintura ficando atrás de mim. — Está aqui a muito tempo? Ficará para o jantar? Onde está Lucius? – Narcisa deu um longo suspiro.
— Chame-o de Pai, certo? Ele está em casa, provavelmente consultando pilhas e pilhas de papéis do ministério, por isso não ficarei para o jantar, vou ter que fazer companhia a ele. Só você trabalha em pleno domingo, filho. Não acha que está sendo cobrado demais? – Indagou ela para Draco, com uma ruga de preocupação na testa e ele revirou os olhos.
— Meio que fiz por merecer isso, não foi, mãe? Eu sou o chefe da liga, tenho que ser cobrado. Não estou achando nada disso ruim, eu gosto do que faço, e fico feliz com isso. – Draco disse com um sorriso.
— Aconteceu alguma coisa? Você está muito sorridente, parece muito mais feliz que o normal. – Disse analisando-o e ele concordou com a cabeça.
— Está confirmado, a copa será em dois meses, na Argentina! A Weasley e o Caleb estão no nosso time. Estou muito confiante, acho que o time da Argentina não terá chances contra nós nessa copa. – Draco falava tudo com um enorme sorriso estampado no rosto.

Draco sempre fora muito apaixonado por quadribol, conseguir esse emprego deve ter sido a coisa mais extraordinária que aconteceu em sua vida, depois de mim, é claro. Vê-lo assim, me deixava muito feliz, sorri abertamente para o homem a minha frente.
— Isso me parece uma coisa maravilhosa, parabéns, meu amor, está fazendo um grande trabalho. Estou muito orgulhosa de você. — Eu disse ficando na ponta do pé para beijá-lo, ele sorriu em meio ao beijo.
— Obrigado, meu amor. – Draco disse e beijou minha bochecha.
— Então... Tenho que voltar para Lucius. É bom ver você de novo, Astória. – Ela segurou a mão de meu marido — Estou sempre muito orgulhosa de você, meu amor. Sempre soube que seria uma ótima pessoa, apesar de tudo. Eu amo você. Tenham uma boa noite, queridos. — Ela nos abraçou e Draco aparatou com ela para sua casa, enquanto eu entrava para preparar nosso jantar.

Uma escolha - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora