Capítulo 5 - "Conhece-o?"

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- Parecias muito próxima da bartender, a Sarah. Já a conhecias? - perguntou o Tyler quando voltamos para o hotel e entramos no quarto.

- Não, fiquei a conhece-la quando fui ao bar dela. Ela parece ser uma rapariga cinco estrelas. - comentou a Caroline, sorrindo.

- Não sei não. Não fui com a cara dela. - disse o Klaus, e Tyler concordou. - O que ela te segredava, quando eu e o Klaus conversávamos?

- Nada de especial. - respondeu Caroline, cortando a conversa. - Vamos descer para almoçar?

Os três dirigiram-se para a área das refeições. Enquanto comiam, Caroline parecia bastante distraída, sem apetite. Estava tão absorta que ás vezes levava o garfo à boca sem comida nele.

- Está tudo bem? - perguntou Klaus, preocupado.

- Sim. Estava só aqui a pensar que o Mickael não está a incomodar-nos desde aquela ameaça no avião. Não acham? - disse Caroline, mentindo. Na verdade, ela estava a remoer na conversa que teve com Sarah, sobre se ela devia confiar neles.

- Bem, o avião aterrou em Londres, mas nós viemos para uma pequena cidade do interior. Ele pode ainda não ter descoberto onde estamos.

Houve um silêncio e depois Caroline perguntou, mais animada:

- Vamos passear hoje à tarde?

- Acho que é melhor não. Devíamos ficar no quarto, em segurança.

- Mas nós todos concordamos que estamos muito bem escondidos. Vá lááááá - pediu Caroline, fazendo beicinho.

***

A jovem convence-os e decidiram ir a um mercado de velharias, uma das atrações na pequena cidade.

- Olha Tyler! Vem cá ver estes carros pequeninos. - chamou o Klaus, e os dois ficaram admirados a olhar para os pequenos brinquedos de madeira.

Caroline afastou-se quando reparou numa mesa que tinha várias pinturas, em que todas mostravam revolta, com traços agressivos e com cores fortes. Era uma idosa que as estava a vender, com um aspecto nada simpático. Os cabelos eram cinzentos e grisalhos, os olhos eram de um castanho muito escuro e usava umas roupas velhas e pretas.

Mesmo assim, Caroline decidiu falar com ela. Quem sabe as aparências enganem, neste caso!

- Que quadros são tão lindos! Foi a senhora que os pintou?

A velha olhou para ela, mau humorada. E abriu a boca para responder, fazendo com que Caroline reparasse que ela tinha poucos dentes, e os que tinha estavam bastante amarelos.

- Não fui eu que os pintei. Foi o meu filho. - disse a senhora, pouco sorridente.

- Oh. O seu filho tem muito talento. Deve estar muito orgulhosa. Ele seguiu com a pintura?

- Infelizmente não. O meu filho foi por maus caminhos. Nem vale a pena falar sobre ele. Eu até estou a vender as pinturas dele para não me lembrar mais dele. Que o Senhor o castigue de tantos pecados que ele cometeu. - respondeu, pegando numa foto que tinha na carteira rota. Suspirou e continuou - Por mais que eu me livre de tudo que me faça me lembrar do demónio, eu não consigo deitar fora esta foto. Ele parece tão feliz!

O coração de Caroline parou ao ver o jovem que estava a sorrir na fotografia. Ela sabia bem quem era. Era a pessoa que temia.

- Conhece-o?

- Sim. - disse Caroline, engolindo em seco.

- Que coincidência vir para a cidade onde ele cresceu!

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Olá! Eu dediquei este capítulo à nocosta porque me ajudou quando me estava a dar um bloqueio e me deu a ideia do que ia acontecer este capítulo. Obrigada!!

Beijinhos saborosos,
Sofia (Lemon_Ice_Cream)

AS AMEAÇAS [2ª temporada - Será que o amor está primeiro?]Onde histórias criam vida. Descubra agora