12. Cheia de marra.

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Finalmente conseguimos mudar para o apartamento, tudo está tão organizado que mal posso acreditar que consegui arrumar tudo antes do aniversário de Rose chegar. O aniversário dela é na semana que vem, mas mesmo assim, eu não queria mais estar morando com Daniel e Matt quando essa data chegasse.

Mamãe finalmente respondeu minha ligação e disse que estava bem, ela só precisava ficar uns dias longe para resolver algumas coisas. A voz dela estava estranha, seu que tem algo acontecendo, mas ela não quer me falar. Não insisto muito, só peço pra que ela volte o mais rápido possível.

Logo no começo da semana, Daniel me manda uma mensagem falando que as coisas estão ficando feias as coisas entre Carmen e meu pai, eu realmente não entendo o que aconteceu pra papai mudar assim do nada com ela. Tentei conversar com ele, mas ultimamente ele estava tão focado no trabalho que mal tem tempo.

A sessão de fotos com Diana foi maravilhosa, ela é uma excelente modelo, agora sim entendo porque Daniel a admira tanto. Passamos o dia inteiro tentando resolver qual foto enviar como amostra do trabalho e não consigo escolher, todas estão maravilhosas. Tudo estava indo perfeitamente bem, até que recebo uma ligação da escola da Rose, pedindo para que eu fosse pra lá o mais rápido possível.

Saio do estúdio igual uma bala, e vou direto ver o que aconteceu. Quando chego lá, a surpresa é maior do que nunca. Rose está deitada na cama da enfermaria e ao lado dela está Ethan, sentado em uma cadeira brincando com ela. Tento não surtar na frente dela, como fiz da última vez que encontrei Ethan, respiro fundo e entro correndo.

— Oh, meu amor. O que aconteceu? — pergunto a abraçando — Você está bem?

— Tô bem, mamãe. Eu disse pra eles não ligarem pra você. — resmunga — Ethan me ajudou.

— Na hora do intervalo, ela subiu em uma arvore pra pegar a bola e acabou escorregando. — diz, se levantando.

— Obrigada, por ajuda-la. — agradeço.

— Imagina. — ele sorri e bagunça o cabelo de Rose — Bela filha você tem.

— Obrigada. — agradeço.

— Bom, agora que você já está aqui e ela está em ótimas mãos, vou voltar para o meu trabalho.

Ethan já estava saindo, mas Rose segura sua mão.

— Obrigada, Ethan. — agradece, esbanjando um pequeno sorriso.

— Não tem de quê, baixinha.

Ele olha para mão dela, e logo em seguida me olha. Só depois de alguns segundos percebo que ele está reparando a marca de nascença que Rose tem na mão. Merda! Eu havia me esquecido que Ethan também tem a mesma marca, com o mesmo formato. Sebastian entra na enfermaria desesperado.

— Papai! — Rose o chama.

Sebastian encara Ethan e não diz nada. Se aproxima da Rose e deposita um breve beijo em sua cabeça.

— O que está acontecendo aqui?

— Rose caiu da arvore e Ethan a ajudou. — digo, antes que ele pense besteira.

— Ele ficou aqui comigo até a mamãe chegar. — conta a pequena.

— É, mas já estou de saída. Preciso voltar ao trabalho. Se cuide. — Ethan se despede e sai da sala.

— O que este cara estava fazendo aqui? — pergunta novamente.

— Já disse, ele ajudou a Rose.

— Rose, eu não quero você perto dele, está me entendendo? — Sebastian grita.

— Mas por que? Ethan é muito legal. — resmunga, franzindo a testa

 Não ouse me esquecer | lésbicoOnde histórias criam vida. Descubra agora