Uma garota diferente.

Capitulo 3 - Aulas inesperadas.

As apresentações continuaram, porém não prestei atenção, até ouvir uma voz que chamou minha atenção.

- Meu nome é Matthew Prior, tenho 17 anos, sou grego, mas sempre morei nos Estados Unidos desde criança. Vim de Los Angeles e inglês é minha matéria favorita.

- Ufa, pensei que você diria que era ruim em inglês. – Clark disse após Matthew se sentar.

- Por que o senhor pensou isso professor? – Prior perguntou encabulado.

- É porque normalmente os garotos do time de futebol deste Instituto são meio burrinhos... Quero dizer, desprovidos de sabedoria e inteligência. – Ele consertou após perceber o que disse.

Todos da turma começaram a rir dos meninos do time que estavam na sala de aula.

- Eu não faço parte do time do Instituto. – Matthew diz rindo.

- Graças a Deus! – Todos da sala começaram a rir novamente.

A aula naquele dia até que foi divertida, Clark conseguiu tirar toda a atenção que as pessoas estavam dando para mim, com suas piadas as custas dos alunos. Então me contentei em apenas imaginar ele como meu saco de areia. Infelizmente suas piadas não foram boas o bastante para fazer com que Matthew parasse de me encarar.

Assim que a aula terminou, sai da sala rapidamente e fui para as últimas aulas do dia. No instante que minha última aula – economia avançada – terminou corri para o estacionamento. Eu estava animada.

Eu havia passado o verão inteiro treinando com um mestre diferente no Brasil. Hoje eu voltaria a treinar com o pessoal do karatê e estava bem ansiosa para pôr em prática tudo que aprendi. Peguei minha moto e a pilotei por quatro quadras até encontrar meu chefe de segurança ao lado de uma picape 4x4 preta.

- Senhorita Sofyh. – Andrey me cumprimentou.

Olhei sério para ele. Desliguei a moto e desci dela.

- Vamos negociar Andrey. O que você quer para parar de me chamar de senhorita?

- A senhorita sabe porque a chamo dessa maneira.

- Vamos lá, Andrey! Tem que haver alguma coisa. Você me chama assim a dois anos. Eu não aguento mais!

- Vamos – ele disse com um sorriso. – A senhorita irá se atrasar para o seu treino.

- Isso ainda não acabou. – Declarei.

- Nunca acaba, senhorita – ele riu.

Andrey colocou minha moto na parte de trás da picape enquanto eu me sentava no banco do motorista. Esperei que ele terminasse de arrumar tudo e entrasse.

- Por favor, senhorita Sofyh. Não vamos começar com tudo isso de novo. – Ele pediu revirando os olhos.

- As chaves, por favor. – Pedi.

- Não deixarei a senhorita dirigir. Eu tenho amor pela a minha vida.

- Ah, por favor! – Bufei. - Eu não dirijo tão mal assim.

- Não, a senhorita não dirige mal. A senhorita dirige como uma louca. – Ele afirmou. – Não torne meu trabalho mais difícil do que já é.

- Você pode falar mal de como dirijo, mas não pode parar de me chamar de senhorita – murmurei mal-humorada passando para o banco do carona. – Você me deve um lanche quando o treino acabar.

Ele se sentou ao meu lado e começou a dirigir. Em todo o caminho tentei negociar com ele, mas não consegui nenhum resultado. Não demorou muito até chegarmos na academia de karatê.