Uma garota diferente.

Capítulo 20 - Porque somos idiotas.

Sofyh.

Vencemos.

Vencemos o primeiro jogo. Era apenas um amistoso, mas mesmo assim o sorriso de felicidade não deixava o meu rosto e nem o rosto de todos os alunos.

Os acontecimentos do dia anterior haviam deixado completamente a minha mente e tudo o que eu conseguia pensar era em como eu estava me sentindo feliz por estar junto com os outros alunos do instituto. Quando Matthew marcou o último ponto nos dando a vitória todos invadiram o campo e começaram a comemorar.

Clark correu até mim e me deu um abraço sufocante.

- Parabéns, garota! - Ele disse como seu eu também tivesse jogado.

- Eu não joguei. Apenas fiquei balançando alguns pom-pons. - Gritei para ser ouvida.

- Você está aqui com os outros alunos. Para mim é uma vitória - ele gritou de volta.

Quando ele me soltou Lucky correu até mim e me abraçou me tirando do chão e me rodando. Fiquei um pouco sem reação com aquela comemoração entusiasmada, mas não liguei. Nós havíamos ganhado.

- Ganhamos Beyller, ganhamos! Festa de comemoração na minha casa! - Ele gritou antes de correr até as meninas da Elite.

No mesmo instante Andrey apareceu na minha frente para me tirar daquele tumulto.

- Seus pais estão esperando a senhorita fora do campo - ela falou no meu ouvido para que eu ouvisse. Acenei e comecei a segui-lo.

Não demorou nem cinco minutos e já os encontramos.

- Não acredito que você deixou que te jogassem no ar tão alto! - Foi a primeira coisa que o meu pai disse para mim quando me aproximei. Ele estava com os olhos arregalados.

- Isso é normal em equipes de torcida Charles - minha mãe diz com um sorriso. - Você estava linda saltando meu anjo. Christopher morreria de inveja dos seus saltos se os tivesse visto - ela completou me dando um beijo na testa.

- Obrigado, por virem - agradeci. Aquela era a primeira vez que ambos vinham em algum evento escolar meu.

- Faríamos qualquer coisa por você, meu anjo - meu pai falou. Sorri concordando.

- Até mesmo usar esse tecido grosseiro - minha mãe diz com uma careta apontando para sua calça.

- Ah, mãe! Não é tão ruim assim usar jeans.

- Tem razão. É terrível! - Exclamou e todos nós rimos.

- Com licença, senhores - Andrey pediu. - Precisamos ir agora. Se ficarmos mais tempo pegaremos trânsito com todas essa pessoas indo embora. Não podemos ficar presos em um engarrafamento com todos vocês juntos.

- Sempre responsável Andrey - murmurei. Eu ainda queria ficar e ir para a festa depois.

- Como ele deve ser - meu pai lembrou. - Onde está o Steven?

- Hum... pai? - Chamei. Ele olhou para mim. - Eu posso ir para uma festa...

- Não mesmo - ele respondeu me interrompendo. - Não quero você perto de uma festa tão cedo.

- Charles... - minha mãe repreendeu.

Ele a encarou por alguns segundos e deu um suspiro pesado. Eles pareciam conversar apenas com aquele olhar.

- Quem vai nessa festa? - Ele perguntou levantando uma sobrancelha.

- O time de futebol e a equipe de torcida - respondi rápido.

- Vai ser onde?

- Na casa de Lucky Banni.

- Como você pretende ir?