Steven.
- Steven, será que você não consegue me escutar nem por um minuto? – Camille perguntou irritada.
- Eu escutei o que você disse Camille – digo revirando os olhos. Eu já não aguentava mais ela dizendo que eu não devia estar gostando de Sofyh Beyller.
- Não parece – exclamou. Eu estava preparando uma resposta, mas de repente ela sorriu para e tocou meu rosto. Aquilo só podia significar uma coisa. – Não olhe para trás. A Jenny está vindo para cá. Me beija.
Mesmo contra minha vontade fiz o que ela pediu. Eu já conhecia o beijo da Camy. Afinal, eu a beijo constantemente em frente das pessoas. Tanto Jenny, como o resto da Elite já havia nos vistos assim diversas vezes – sem roupas até. Mas pela primeira vez eu me senti mal por beijá-la daquela forma. Depois de alguns segundos entendi o motivo. Aquele beijo não era para ser dela. Aquele beijo pertencia a uma garota de 1,63 com cabelos platinados.
Quando estávamos ficando sem ar escutei um barulho conhecido. A alguns metros de mim o meu Lamborghini preto havia sido ligado e estava saindo do estacionamento. Eu não conseguia ver através do vidro fumê, porém eu sabia quem estava lá dentro. Olhei do carro para Camille e entendi tudo no mesmo instante. Camille havia armado para mim.
Encarei ela sem acreditar no que estava acontecendo.
- Eu não acredito que você fez isso. – Eu estava com tanta raiva que minha voz não foi além de um sussurro.
Ela nem tentou negar. Apenas continuou me encarando.
- Você está tão desesperada que desceu ao nível de Jenny.
- Ela não gosta de você, Steven. E mesmo que sentisse algo, a Sofyh precisa ser do Prior para entrar na Elite.
- Ela não precisa de nada! – Gritei furioso. – Os únicos que precisam de alguma coisa aqui é o pessoal da Elite!
- Estamos a dois anos sem uma Beyller na Elite, não vai ser agora que ela fará diferença – Camille zombou.
- Então talvez um Dashinner faça – digo autoritário.
Seu sorriso sarcástico saiu do seu rosto. Ela estava com medo do que eu iria dizer.
- O que você quer dizer com isso? – Ela perguntou franzino a testa.
- Eu estou fora. Não serei mais da Elite. Ache outro idiota para fingir ser seu namorado.
Virei as costas e comecei a andar.
- Steven! Steven, volta aqui! Você não pode fazer isso!
Ignorei seus gritos e entrei no meu carro. O motor rugiu e tirei o meu carro da vaga. Eu não iria conseguir alcançar Sofyh, o Lamborghini dela era bem mais rápido do que a minha Ferrari. Eu também não fazia ideia para onde ela iria. Mas eu sabia onde ela estaria no final da noite. Aumentei a velocidade e fui direto para casa.
Não parei quando Cristal me chamou, apenas fui para o meu quarto e passei pela porta que dava para uma saída de emergência. Quando tio Charles construiu essa casa, ele fez algumas passagens que conectavam meu quarto e o da Sofyh a algumas saídas de emergência. Como eu esperava, a porta que levava ao quarto da Sofyh estava aberta. Entrei e parei no meio do seu closet. Lentamente caminhei até a porta e abri. Ela não estava lá. Fui até a sacada do quarto dela e encarei a entrada da nossa casa. Eu não sabia quanto tempo levaria até ela chegar em casa, mas aquilo não importava. Eu esperaria por ela por toda a eternidade se fosse preciso.
Christopher
- Onde estamos? – Sofyh perguntou depois que estacionei o carro.
- Em um lugar que não vão nos achar. – Respondi e sai do carro.
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Uma garota diferente.
Novela JuvenilSofyh Beyller sempre foi uma garota quieta, inteligente e discreta. Seus pais, uma famosa estilista da Austrália, e um engenheiro multi bilionário vivem viajando e passam somente alguns meses em cada país. Depois de um tempo, Sofyh cansa de ficar vi...