Insane

Idiotas

(P.O.V Minghao)

— Yejin? — Minghao pergunta levantando-se com a ajuda da outra.

— Minghao-Oppa? O que faz aqui? — Pergunta surpresa.

— Eu quem te pergunto, o que faz aqui? Você não me disse que estava em Seoul. — Sorri gentil e abraça a menor.

Junhui observava a troca de carinhos dos dois com um certo olhar de nojo, e Minghao logo percebe.

—  Yejin, esse aqui é o Ju... — É interrompido por Yejin.

— Nós já nos conhecemos. — O sorriso de deboche de Ailee só cresceu quando ela falou a última frase em um tom de superioridade à Junhui. — E ele também já deve saber da nossa história, certo Minghao?

— Que história? — Junhui pronuncia-se pela primeira vez naquele diálogo, e encara Minghao esperando uma resposta do mesmo.

— Junnie, mais tarde eu te explico tudo, juro. — Fala sem encarar o outro.

— É coisa boba, Minghao só foi o primeiro homem com quem me deitei, apenas isso. Enfim, te vejo depois. — Fala tudo de uma forma neutra e deixa um selar na bochecha do chinês, e sai logo após o feito.

Junhui não tivera outra reação a não ser correr, correu até os outros, e Minghao apenas o deixou ir. O garoto sabia como Junhui era quando estava triste, e não iria violar sua vontade de ficar sozinho.

(P.O.V Junhui)

Após avisar aos outros que iria para casa, Junhui correu pelas ruas de Seoul, correu como nunca fizera antes. O chinês estava desesperado, não conseguia digerir a informação que havera obtido. Ela só poderia estar mentido, não é? Mas se fosse mentira, por que Minghao não correu até si para negar as falas da garota?

Junhui chorava, suas lágrimas saiam de seus olhos quase que na mesma velocidade de uma água que sai da torneira, já não tinha mais oxigênio em seus pulmões, mas mesmo assim o fazia. Junhui não sabia nem sua localização naquele momento, apenas correu, correu para longe de Ailee, para longe de Minghao, para longe de tudo que estava fazendo seu coração gritar por socorro dentro de seu peito.

Em um momento de sanidade, Junhui parou e sentou-se ao chão da calçada. Olhou para os lados, as ruas já estavam vazias naquele bairro, seja lá qual for ele. Ali só podia-se ver algumas mercearias abertas e alguns bares com pouquíssimas pessoas.

O garoto se perguntava onde estava, não via nenhum rosto conhecido, ou sequer um ponto de referência familiar. Olhava para os lados em busca de uma sinalização sobre o bairro, mas nada encontrava, então optou a se dirigir até o bar.

— Boa noite, senhor. Poderia me informar qual o nome desse bairro? — Pergunta à um rapaz que estava no balcão.

— Senhor? Nossa, aparento ser tão velho assim? — Brinca o rapaz de cabelos tingidos.  — Estamos em Sinsa Garosugil.

— Sinsa?! — Pergunta espantado. Não era como se Sinsa fosse o fim da vida, mas era um bairro pouco quanto perigoso da cidade, e estar ali, sozinho, a essa hora da noite, não era nada legal.

— Calma, cara. Ninguém vai te machucar, pelo menos aqui dentro. — Diz apontando para as câmeras e para o segurança que agora estava posto frente a porta. — Me chamo Yoongi, e você?

— Me chamo Junhui, mas pode me chamar de Jun. — Responde mais tranquilo.

— Seu sotaque é meio esquisito. — Sorri leve.

— Oh, é que não sou daqui, sou chinês. — Explica.

— Imaginei. Mas senta aí, cara, já está aqui mesmo.