Capítulo 26

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LUAN

Nunca me meti em brigas, nunca levei um soco e muito menos uma coronhada na cabeça, mas hoje eu estava ganhando tudo isso em um mesmo dia. Depois da emboscada que fizeram para mim naquele beco me apagaram, quando acordei estava amarrado em uma cadeira e com a boca amordaçada. O lugar que eu estava era escuro e fedia mofo e barata, tentei me soltar das amarras mas tudo que consegui foi fazer aNunca me meti em brigas, nunca levei um soco e muito menos uma coronhada na cabeça, mas hoje eu estava ganhando tudo isso em um mesmo dia. Depois da emboscada que fizeram para mim naquele beco me apagaram, quando acordei estava amarrado em uma cadeira e com a boca amordaçada. O lugar que eu estava era escuro e fedia mofo e barata, tentei me soltar das amarras mas tudo que consegui foi fazer as cordas queimarem meus pulsos. Não demorou muito que a luz fosse acesa deixando meus olhos incomodados.

- A Bela Adormecida acordou. - foi fácil saber quem era o rapaz em minha frente. A mordaça foi tirada da minha boca.

- Vinícius. - nunca, em toda a minha vida eu pronunciei o nome de alguém com tanta furia.

- É um prazer. - estendeu a mão para mim - Há, me desculpe, suas mãos estão ocupadas. - ele sorriu, um sorriso perverso e forçado.

- O que você quer? Minha morte? Por que não faz isso logo de uma vez?! - vociferei.

- Óbvio que eu quero sua morte, e um pouco mais. Primeiro você tem que sofrer como sofri, passar pelas dores que minha mulher passou presa as ferragens daquele maldito carro. - sua fala tinha uma calma assustadora, como se não temesse nada.

- Sua doente mente te faz acreditar que tenho culpa pelo o que aconteceu a sua esposa. Mas eu acredito que agora ela está em um lugar bem melhor, bem longe de você. - enquanto dizia tentava desfazer o nó da corda.

- Se não fosse pela sua insignificante vida de cantor de merda ela ainda estaria viva. A gente se amava, tínhamos planejado tudo para a chegada do nosso primeiro filho. Talvez você não saiba e nem a mídia, Isadora estava grávida de dois meses e por culpa sua eu perdi as duas únicas pessoas que eu amava! - por um momento ele perdeu o controle e me deu um soco no rosto, mas a feição de alguém calmo e pacífico voltou, cospi sangue que saiu de minha boca.

- Só isso que é capaz de fazer? - provoquei não tendo consciência dos meus atos a raiva era mais forte do que minha sanidade.

- Sabe, vou te contar como foi o último dia em que eu a vi. - com sua cara de psicopata ele sorriu e arrastou uma cadeira para perto - Isadora estava brava comigo naquele dia, tínhamos discutido mais uma vez por sua causa. Ela queria ir ao seu show e eu não deixava, ela estava obcecada de mais em você. Eu fiz tudo o que ela queria na parte da manhã esperando que mudasse de idéia mas não resolveu. Eu não queria que ela pensasse em você, apenas em mim. Mas ela não me deu ouvidos quando a ameacei se saísse de casa, foi só eu ir comprar o que ela tinha me pedido, dizendo que estava com desejo e ela saiu. Ainda teve coragem de postar uma foto momentos antes do show com a seguinte legenda "Indo curtir o show do meu grande amor". Obviamente eu fiquei possesso de raiva por ela ter mentido para mim. O mundo conspirou ao meu favor, no caminho de volta para casa ela teve um grave acidente, outro motorista bêbado colidiu no carro dela, você viu as reportagens e as imagens de como ficou a situação do carro. Eu dissenpara ela não ir e olha no que deu sua desobediência você a matou. - ele se levantou e foi até o pequeno fogão que tinha ali e ligou uma chama.

- Com toda certeza Isadora era infeliz ao seu lado. De onde ela está sei que ela reprova seus atos. Você deveria se culpar e não a mim, foi você que não esteve do lado dela, foi você que não apoiou. - tentei novamente me soltar vendo que ele esquentava a ponta da faca.

- Eĺa aprova sim, ela me mandou fazer isso. - sorriu - Vamos ver em que timbre você consegue alcançar sem a língua.

Um barulho fez com que ele se assustasse e eu também quando vi de quem se tratava, a causadora do barulho.

MANU

Eu dirigia enlouquecidamente até o endereço que obriguei Messias me passar assim que ele rastreou a placa. A van que Vinicius usou para levar meu namorado foi roubada hoje mesmo de uma empresa que por sorte tem rastreadores em seus veículos.

- O que pensa que vai fazer quando chegarmos lá? - Bruna perguntou, ela estava com medo mas sabia que também queria ajudar o irmão.

- Salvar o homem que eu amo. - repondi firme sem desviar o foco da estrada, dirigindo nessa velocidade minha atenção tinha que ser triplicada.

O endereço se tratava de uma casa distante da cidade. Deixei o carro afastado para que não nos visse.

- Uma casa abandonada, que conveniente. - Bruna murmura enquanto faço sinal para ela não fazer barulho.

Tiro a arma da cintura e hajo como se ela tivesse munição, seguro com as duas mãos apontada para baixo. Passamos pela parte de trás da casa e logo vi o primeiro capanga de Vinícius.

- Fique aqui, se algo acontecer com você Luan nunca me perdoaria. - peço sussurrando.

- Você está louca?! Vai enfrentar aquele homem sozinho? - também sussurrou só que um pouco mais alterada.

- Só espere aqui Ok? - não esperei que me respondesse.

Me aproximei devagar e sem fazer barulho do homem que estava de costas para mim.

- Coloca sua arma no chão e se ajoelhe. - mandei colocando a arma em sua cabeça.

Ele foi sábio em fazer isso sem protestar. Antes que ele falasse algo lhe dei uma coronhada na cabeça no ponto certo fazendo ele desmaiar.

- Juro que estou começando a ficar com medo de você. - Bruna se aproxima.

- Eu também. - troco minha arma pela do homem desacordado - Mas pelo menos temos uma proteção. - levantei a arma.

Isso Que é AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora