Capítulo 59

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Um mês depois

 Estar em coma não é como se relata em filmes que já vi ou nos livros que li. Estar em coma era uma guerra pessoal para se manter em vida enquanto seus familiares que estão sãs morrem por dentro. A uma linha tênue entre o coma e a morte, mas com o tratamento ideal podemos transformar essa linha minimamente mais forte. No caso do Luan, obviamente, procuramos pelos melhores médicos e melhores tratamentos, ele era forte estava regressando em seu estado de consciência, porém, seu estado ainda não era 100%.
   Não consigo contar nos dedos quantas vezes já chorei por ele, entrei em crizes de ansiedade ou de pânico, eu tinha desenvolvido isso desde meu ascidente e não sabia. No começo foi a falta de interação com as pessoas, mas consegui reverter isso sozinha, depois  foi a maneira que eu me comportava diante do perigo eu recuava e começa a ter a respiração pesada e dificultada como se estivesse sufocando. Não era em toda situação de risco que eu tinha essa crise mas se eu não buscasse ajuda com psicólogos depois do assidente do Luan eu entraria no mais precário delírio psíquico. Graças a Bruna, que também procurou ajuda psicológica, eu tomei a iniciativa de procurar ajuda. Quando vi a qualidade do tratamento que fazia pedi que a psicóloga fosse até o Luan que estava divagando entre sua consciência, surtiu efeito ele evoluiu em questões da mente, começou a murmurar algumas coisas, as vezes seus olhos abriam, era seu corpo respondendo ao tratamento que nenhum médico da equipe responsável por ele tinha tido a ideia. Mas ainda faltava alguma coisa para ele estar de volta de vez e eu precisava descobrir o que era.

- Bruna, vamos? - pergunto entrando no quarto dela com o Breno no bebê-conforto e sua bolsa do lado.

- Vamos, deixa que eu levo. - ela pega Breno para me ajudar com o peso.

  Arrumamos ele no carro e fomos até o hospital, seria a primeira vez que eu levaria Breno até o pai. Aproveitei a consulta que o pequeno teria e iria arriscar algo que estava pensando aproveitando que hoje os médicos tirariam a maioria dos aparelhos que mantinham ele vivo já que estava respondendo bem sem eles.

- Pode ir que vou conversar com o médico. - Bruna diz assim que saímos da ala de pediatra.

- Vai ficar com ele? - pergunto me refirindo ao Breno.

- Me deixe ser uma tia coruja ok?- sorri e sai com ele sem me deixar dizer mais nada.

  Desço para a parte em que Luan está e sempre antes de abrir a porta desejo de todo o meu coração que ele edteja acordado. Quando entro e vejo que ele não está sorrindo para mim eu não desisto mas também não quer dizer que não fico decepcionada, não com ele, é claro, mas com a vida.

- Bom dia. - faço o de sempre quando venho até aqui, aproximo, acaricio seu rosto e beijo sua testa e me sento na poltrona ao lado de sua cama - Não sei como você dava conta de todos aqueles jornalistas, eles não param de me ligar mesmo eu trocando meu número três vezes. Acho que eles não entendem a dor que eu sinto mas não se preocupe suas fãs  estão me dando muito apoio. Hoje te trouxe uma visita especial, é um serzinho que me motivou a estar de pé todas os dias você realmente precisa conhecê-lo. Eu estava planejando nossas próximas férias, eu queria algum lugar com neve, eu nunca vi a neve. - enquanto eu conversava com ele ficava olhando seus detalhes e me apaixonando mais e acariciava seus rosto - Eu juro que estou tentando ser forte por nós mas as vezes eu acho tão difícil, parece que não há mais saída para nada. Sua irmã tem sido bastante prestativa, você não tem idéia o quanto ela amadureceu nesse último mês estou orgulhosa dela. E seus pais... Bom, eles fazem o possível para não desanimar. Eu te amo ok? Eu te amo muito... - minha voz falha e eu não consigo conter algumas lágrimas.

  A porta se abre e não perco meu tempo em enxugar minhas lágrimas, ali era o único lugar qur eu poderia fazer isso e também  Bruna já estava acostumada.

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