elite • selena gomez [1]

forty-six | it's a promise.

Selena Calhoun's Point of View.

Catânia, Sicília, Europa.
10h09m AM

         MEU avô tem sua atenção focada no copo de uísque a sua frente. Passo a mão suavemente sobre o blazer preto parando sobre o único botão dourado que o mantém fechado, em um estilo único e caro.

— Não posso fazer isso por muito mais tempo, minha querida. – ele disse, com sua voz grossa, porém contida como de costume. Fazia alguns meses desde a última vez que nos reunimos para tratar de assuntos das empresas Calhoun. –  Fiz isso durante anos e então ensinei ao seu pai para que no futuro ele ensinasse ao seu filho. Se tudo seguisse o seu curso natural você estaria em minha cadeira agora. De fato, ela percente a você.

— Eu não seria capaz de passar o resto de meus dias dentro de uma empresa, vovô.

— Sim, eu tenho ciência desse fato. Gostando ou não, eu vejo muito de sua mãe em você quando a conhenci. – tento não pensar a respeito, mas sempre soube que todos da família de meu pai me achavam muito parecida com ela. Fisicamente, obviamente. – Mas você tem uma filha agora e eu preciso que você considere a possibilidade de algum dia ela tomar as rédeas da empresa. Ela não precisa seguir os seus passos. Ela tem opções.

— Eu sei, vovô. – suspiro pesadamente. – Quanto a isso não será necessário preocupações além do suficiente. Encontre alguém de confiança para que assuma por um tempo e, quando chegar o momento, e vai chegar, Sloan irá assumir as empresas Calhoun como CEO do jeito que o senhor deseja.

— Precisa ir preparando-a com a ideia, minha querida. Não deixe que se torne uma imposição ou ela irá bater o pé exatamente como você está fazendo. A empresa é comandada por Calhoun's há gerações e precisa continuar assim.

— Como eu disse, não será necessário preocupações além do suficiente, vovô. Cuidarei para que ela venha quando o tempo chegar.

— Obrigado, minha filha. Eu posso fazer isso. Posso cuidar dos negócios, mas eu estou velho e preciso de uma garantia.

— E você a tem, vovô. – levanto-me, vendo-o fazer o mesmo e se aproximar para me abraçar. – Tem minha palavra. Agora, encontre alguém em quem o senhor tenha confiança e que o ajude a gerir a empresa enquanto minha Sloan não tem idade, pois quando tiver, ela ocupará o seu lugar. Eu garanto. Eu preciso ir agora.

— Tudo bem, estou indo para casa agora também. Te acompanho.

— Como está Sofia? – pergunto a ele, enquanto deixamos a sala do mesmo. Ele faz um sinal para a secretária, indicando que esta deixando o prédio para ir para casa.

— Está ótimo, querida. Ela está louca de saudades de você e Gus e quer muito conhecer a pequena. Que tal um jantar?

— Claro, vovô. – sorri, enlaçando seu braço com o meu enquanto andávamos pelos corredores de uma de minhas empresas. – Assim vocês poderam conhecer Justin.

— É o pai da sua filha?

— Não, vovô. O pai de Sloan morreu antes de ela nascer. Eu precisei me isolar durante a gestação dela pois o senhor sabe como é a minha vida. Algumas pessoas poderiam querer fazer mal a ela. E, mesmo depois de nascida, ainda fiquei alguns meses sem ela para me assegurar de que quando ela voltasse teria uma vida tranquila.