Capítulo 6

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No dia seguinte chamei Matos na minha sala pra sondar sua disposição a me ajudar a ajudar Camila. Ao ve-lo entrando, fui direto ao ponto

- Você sabe mexer no AutoCad pelo que lembro, estou certa?

- Sim, Dra Jauregui. - Ele respondeu um pouco hesitante, sendo pego de surpresa pela minha pergunta.

- Acha que consegue compartilhar o que sabe?

- Já ensinei antes pra alguns amigos, não é tão dificil como parece, uma vez que se pega a prática é possivel terminar um projeto num tempo relativamente rápido.

- Ótimo. Quero que ajude uma amiga com o seu projeto de tcc. Você pode fazer isso por mim? 

- É claro, mas que amiga seria essa? Pelo que sei nenhuma das suas amigas está se formando agora. E você não costuma ajudar desconhecidos.

Me estiquei na cadeira analisando o rosto do meu estágiario e me divertindo um pouco com a sua insolência. Matos já trabalhava comigo há um ano e meio, e eu pretendia o contratar assim que se formasse. Éramos quase amigos, não me importei com sua dúvida.

- Lógico que ajudo desconhecidos, não lembro de ter lhe visto antes de você entrar por aquela porta se tremendo mais que vara verde.

- Passei meses da minha vida pegando café pra você e levando paçoca pra passear.

- Uma engenheira precisa de café e um cachorro precisa de exercício. Alías, você também precisava, o fato de você ter entrado em forma junto com o paçoca já é uma prova concreta de toda minha bondade. Então, quando você tem tempo pra ajudar minha amiga?

- Essa semana tenho provas, mas apartir de sexta estou livre. Me passe o número dela, pra combinarmos um horário.

- Pode deixar que faço isso - falei me agarrando em qualquer chance de entrar em contato novamente com Camila. - Seu fim de semana é livre, não? Aposto que você não tem nenhum compromisso. E não ouse dizer que jogar GTA com algum coreano tambem sem vida social é um compromisso.

- Sendo assim, não tenho não.

- Ok. - Encerrei o assunto e comecei a passar suas tarefas do dia. 

Vero entrou na minha sala sem bater, sentou na cadeira em frente a mim e esperou pacientemente que eu lhe dirigisse a palavra, brincando com uma calculadora que estava na minha mesa. Tirei meus olhos da tela do computador e a olhei, um pouco contrariada por ter sido interrompida. 

- Quer almoçar comigo? Eu tava pensando em sushi. - Ela convidou confiante, sabia que eu não recusaria comida japonesa.

Olhei as  horas e me surpreendi, não tinha notado o tempo passar. Me levantei pegando meu cartão de crédito na gaveta.

- Vamos, mas hoje você dirige.

Ela concordou me seguindo. Fomos ao restaurante que sempre vou, Vero esperou que escolhesse a mesa (sentei na de sempre) e fizesse o pedido (também o de sempre). Enquanto conversava com o garçom, notei uma morena alta e muito bonita comprimentando minha amiga, que se levantou e a abraçou. Estranhei um pouco quando a morena sentou ao lado de Vero, na nossa mesa. Ao terminar o pedido, me virei pra elas com um olhar questionador. 

- Essa é a Lauren Jauregui. Não espere alguma educação da parte dela, aptidão social não é muito seu forte. - Minha amiga falou implicando, enquanto eu lhe dei um soriso irónico.

 - Não é o que tenho ouvido falar nos ultimos dias. Aparentemente Jauregui é alguma espécie de heroína aos olhos de Camila.

Sorri verdadeiramente com a menção do nome de Camila, entendendo finalmente de quem se tratava. Me inclinei um pouco sobre a mesa, me concentrando ainda mas na linda mulher que iria almoçar com a gente.

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