capítulo 29 - Genevieve

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Passaram dois meses, desde dos últimos acontecimentos. Meu namoro com Inácio vai uma maravilha, nos damos muito bem. Sempre vou ver Douglas com Inácio, eu desenho pra ele, ele gosta muito de me ver desenhar. Davi visitei ele algumas vezes, Davi está ganhando peso e sua aparência está melhorando.

São 7 horas da manhã. Neste momento estou arrumando meu guarda roupa agora não tem somente roupas minhas, mais alguma de Inacio, está tudo uma bagunça. Termino de arrumar e vou tomar banho. Tomo aquele banho, com direto a se depilar, hidratação no cabelo e tudo mais. Saio do banheiro e vejo que Victória. Isso mesmo. VICTÓRIA. ex de Inácio. Ela está olhando para minha foto com Inácio. Fico olhando para ela por um tempo, até que ela percebe minha presença.
- oi Genevieve. - diz ela com uma voz doce.
- hum.. oi - digo segurando fortemente na barra da toalha para que ela possa cobrir o máximo do meu corpo, não quero que ela tenha motivos para rir de mim com Emma.
- adorei a foto. - diz apontando para o porta retrato em cima do criado mudo.
- legal. Então...- ela me interrompe.
- então é aqui que você passa as noite com Início. Ele é ótimo não é? Inácio tem vários talentos, mas sexo é o seu forte.
- é... acho que sim. - meu Deus o que ta acontecendo. Ela vai me matar? Deve ter uma arma dentro da bolsa cara dela, só pode, acho que se eu gritar pela minha mãe dá tempo de ela me resgatar.
- vocês acabaram de fazer sexo não é?
- como? - pergunto de olhos arregalados.
- sexo. Tipo, eu sei tudo sobre Inácio. Sempre quando ele termina de transar ele deixa a cueca dele usada drobada em cima da cama. - ela diz apontando para a cueca box de Inacio preta. Realmente fizemos sexo, nossa.
- hum... então você veio conversar sobre o que?
- estou grávida. - COMO ASSIM VOCÊ TÁ GRÁVIDA MINHA FILHA? TÁ LOUCA? Me segura que vou desmaiar.
- e você deve saber que é de Inácio, sempre quis ter um filho dele e agora está aí. Estou grávida. Vim aqui porque pensava que ele estava aqui, acredito que ele não sai daqui, ai eu diria pra vocês dois.
- quantos meses?
- acho que três meses.
- é.. olha você tem que falar com ele. Não é comigo. Então se você não se importar eu gostaria que você fosse embora.
- tudo bem. Espero que você aceite eu e meu filho em sua vida. - diz ela sorrindo e saindo do quarto. TÔ FUDIDA.

Me arrumo e espero Inácio chegar. Ele abre a porta.
- olha o que eu trouxe.... sanduíches. - diz ele levantando várias sacolas do lanche.
- Inácio temos que conversar. - digo séria.
- o que foi? - diz ele se sentando ao meu lado.
-Victória ta grávida. - digo bem rápido.
- o quê? Como assim? Ela veio te falar?
- ela pensava que você estava aqui.
- eu vou procurar ela e saber dessa história bem direitinho. Genevieve, mas e se for verdade? Você ainda vai querer ficar comigo?
- hum... acho que sim. - não tenho certeza. Porque agora Victória vai ficar ligada à Inácio pelo resto da vida. Acho que estou sendo egoísta, mas poxa, era pra ser só a gente.
- vou falar com ela, e aí conversamos, se ele estiver grávida mesmo, espero que você continue comi.. É.. Vou indo.
- ele vai e eu fico olhando para a porta que acabou de ser fechada.
Meu celular toca e vejo que é uma mensagem, olho e vejo que é de Davi. Não sabia que ele podia ficar com celular lá dentro.
"Vivi, passei a madrugada toda acordado pensando em você, nas nossas conversas, pensando no tempo maravilhoso que passei com você em como eu me suicidaria. Sabe, não aguento mais esse sofrimento, essa dor no meu peito, essa agonia, essa vontade de descansar em paz, se é que vou descansar, talvez eu queime no fogo do inferno por todo uma eternidade. Que Deus me perdoe mas não quero mais ficar aqui. Não é sua culpa, você ultimamente tem feito meus dias mais felizes, nunca tive alguém tão preocupado comigo como você ficou, me dando atenção e carinho. Só tenho a te agradecer, que você não chore por mim, porque eu não mereço suas lágrimas meu amor, não merecia nem mesmo mínimo do seu afeto. Quero que saiba que você foi a pessoa mais especial da minha vida. Eu sempre pensei em me suicidar, mas antes queria Encontrar uma pessoa que gostasse de mim, e eu encontrei, reconheço tudo que você fez por mim, e sinto por não me despedir melhor com uma abraço, ou quem sabe uma transa hein? Kkkkkk desculpa, tô tentando rir pra não chorar. Não tente me impedir, porque provavelmente não vai dar certo. Vivi, se por acaso eu não queimar no fogo do inferno, saiba que vou está sempre ao seu lado, espero que seja muito feliz com Inácio e tenham vários filhos. Quero que você seja feliz com ele como eu me imaginava sendo feliz com você. Te amo meu amor, tenha uma longa e feliz vida, e se poder não se esqueça de mim."
Começo sentir uma falta de ar nos meus pulmões uma dor que não sei explicar, meu Deus que o senhor não permita que Davi faça essa besteira. Desço as escadas correndo com o meu coração acelerado, Davi não pode fazer isso, não agora que estava melhorando e que as coisas iria ficar mais bonitas pra ele. Pego as chaves do carro da minha mãe e vou direto à clínica de reabilitação, entro sem ao menos me identificar para a recepcionista. Corro até o quarto gritando pelo seu nome e eu espero que eu chegue e a tempo. Tento abrir a porta do seu quarto mais está trancando, começo a gritar por ajuda, e uns seguranças vem e arrombam a porta. Entro e vejo Davi caído ao chão com a garganta cortada e em sua mão uma navalha. Seu corpo está pálido e tem sangue para todos os lados. Pego ele do chão e coloco ele no meu colo, pego um lençol em cima de sua cama e colo no ferimento para que não possa mais peder sangue.
- fica comigo Davi por favor, não faz isso comigo. - digo passando minha mão em seu rosto frio.
- eu.. te amo vivi. - diz ele com um pouco de difilculdade.
- eu também meu amor, vai dar tudo certo, você vai ver.
- não. Não vai. Eu vou embora pra sempre. - ele diz isso e seus olhos fecham.
Emprenso mais o pano no seu pescoço, o lençol ja está encharcado de sangue.
- vão atrás de um médico. - digo ao seguranças que ficam olhando como idiotas. Depois de Davi ser levado, antes mesmo, ja sabia que ele estava morto, ele não respirava mais e o pulso também não dava mais sinal. Saio da clínica prometendo meter processo em todo mundo, saí totalmente descontrolada, os seguranças tiveram que me tirar de lá. Vou para casa, toda suja de sangue, entro e minha mãe vem atrás de mim.
- pelo amor de Deus Genevieve, você está machucada?
- estou mãe.. estou. Meu coração ta quebrado em mil pedaços. - saio à deixando interrogativa.
Entro no meu quarto e começo a chorar, tiro a roupa que contém o sangue de Davi e entro no banheiro. Me sento no chão e ligo o chuveiro, acho que fiquei horas lá, pois meus dedos ja estavam bastante enrrugados. Sinto alguém abrir a porta do banheiro, mas não me dou nem ao trabalho de ver quem é, fico quietinha no meu canto com a minha dor. Inácio senta ao meu lado nu e fica la, nem me abraça nem nada, fica só como eu. Imóvel.
- ela está grávida mesmo? - pergunto.
- sim, ela está. - ele diz sem olhar pra mim.
- Você acha que o filho é seu?
- tenho certeza que é meu.
- e aquelas roupas sujas de sangue?
- Davi se suicidou.
Ele olha pra mim, e através do meu ponto cego vejo que é um olhar pena. Ficamos lá, com a água escorrendo em nós. Depois de um tempo, não sei quanto. Inácio se levanta, fecha o chuvero, e me dá a mãe para que ele me ajude a levantar, mais recuso não quero a ajuda dele, quero ficar só.
Saio do banheiro com ele atrás de mim.
- Você quer ficar sozinha?
- sim. - digo fria.
Ele pega suas roupas e sai.
Uma raiva que eu nunca senti se apossou de mim, uma culpa, um arrependimento. Saí quebrando tudo que tinha no meu quarto, eu não via nada, pelo quantidade de lágrimas que tinha nos meus olhos. Eu só queria que nada disso tivesse acontecido.

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