Capítulo 18 - Genevieve

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Fico sentada no sofá, admirando a bela sala até que sinto alguém sentar ao meu lado e vejo que é Emma a noiva de Nicolas.
- então, como conheceu Inácio?
- em um parque. - disse sem mais detalhes, não tava afim de conversa, ainda mais com ela.
- não sei como ele ficou com você. - oi? O que foi que essa vaca disse?
- o que disse?
- não finja que não me entendeu, olha para você e olha para Inácio, vocês são totalmente diferentes. - QUE VACA.
- diferentes? Diferentes como?
- olhe, eu e Nicolas vamos nos casar, somos o casal perfeito, eu, a modelo linda e ele o empresário, Nicolas adora me levar para as festas para me exibir, agora imagina Inácio levar você para alguma festa dos sócios do pai dele, iria ser uma vergonha para a família Gondim.
- vergonha? Porquê vergonha? - digo ja com lágrimas nos meus olhos.
- você não é uma mulher bonita, e no mundo onde eu vivo, Inácio vive e a família dele vive, uma pessoa como você não se encaixa. Inácio um dia ja foi igual a nós, ia para festas e se divertia com várias mulheres, ele e Victória se conheceram e se apaixonaram, so que um dia Inácio foi a um país pobre na África resolver algumas coisas do seu pai, e acabou passando um tempo por lá, sendo voluntário para ajudar aquelas crianças remelentas, voce sabe, pobre, iai quando ele voltou, voltou assim, diferente, terminou com Victória e não quis mais trabalhar na empresa, acho que isso do Inácio é so uma fase, eu e a familia Gondim esperamos que sim, porque o nosso Inácio de antes jamais ficaria com uma mulher como você, espero que você não esteja apaixonada por ele, porque vai que essa fase dele de fazer caridade passa e você fica ai sofrendo, tchau tenho que ir conversar com a minha sobrinha. - colocando a mão em meu ombro como se tivesse me dando um conselho, então sai.
Fico sentada no sofá pensando no que ela me disse, mais o Inácio não é igual a eles.
- no que está pensando? - tomo um susto com Inácio agachado na minha frente.
- em nós.
- nós? Então não é coisa boa, ja que está com os olhos cheios de lágrimas. - limpo minhas lágrimas, sou muito chorona mesmo.
- a noiva do seu irmão veio conversar comigo. - digo e tomo um pouco do vinho da taça na minha mão.
- Bianca? Agora ta explicado porque dessa cara, o que foi que ela disse. - conto tudo a Inácio.
- como é que ela diz que você não é bonita, te ofendi e voce fica calada Genevieve?
- eu..eu não sabia o que dizer. - digo com a cabeça baixa.
- pois eu lhe digo o que fazer, você vai lá nela, e vai jogar essa taça de vinho no vestido dela, que provavelmente custa mais que uma casa. - fiquei pasma com o que Inácio disse, ele queria um escândalo?
- Inácio você está louco? Hoje é o jantar de noivado dela.
- tô nem ai, isso não dar o direto à ela de lhe ofender e falar do que ela não sabe.
- Inácio eu não vou fazer isso, o que sua família vão pensar de mim? Vão pensar que sou uma barraqueira.
- PARA DE LIGAR PRO QUE AS PESSOAS VÃO PENSAR DE VOCÊ, PORRA. - fico com os olhos arregalados olhando para Inácio que me olha com raiva.
- hum... tudo bem, precisa ser no vestido? Vai manchar, pode ser no pé?
- no pé? É no vestido.
- tudo bem, mas depois vamos embora correndo certo?
- sim. - sorrio para ele e vou até Emma que está perto da porta com Carmen, paro no meio do caminho e olho para trás e vejo Inácio em pé com uma cara de "nem pense em voltar" então continuo o caminho e quando chego onde elas estão, olham para mim.
- oi querida, algum problema? - pegunta Carmen.
- não liga para ela sogra, estamos falando de moda, beleza, ela não entenderia. - diz Emma, e neste momento sobe uma raiva e jogo o vinha no seus vestido branco com pedrarias, ele é muito lindo mesmo.
- sua gorda infeliz.
- isso...Isso..Isso.. É para você nunca mais se meter comigo. - digo e corro até Inácio que está me esperando na porta.
- tchau gente, Otávio me liga, Nicolas boa sorte com a sua noiva, porque você vai precisar e querida Bianca vá para o inferno. - saimos correndo e escutamos os gritos de Bianca, entramos no carro e percebo que tanto eu e ele estamos ofegantes.
- te amo. -Inácio diz ainda ofegante.
- também, muito. - digo e ele acelera o carro.

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