Capítulo 27 - Genevieve

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Leiam o capítulo escutando a música! ❤

Já faz um mês que meu coração está apertado. Davi não está indo mais às aulas, já tentei ligar várias vezes pra ele e sempre cai na secretária. Ficava de visitar ele, mas Inácio sempre me convencia à não ir, mais de hoje não passa. Eu vou ver Davi e vou perguntar o que está acontecendo, e quem era aquele homem que ele estava falando no estacionamento.

Passo a aula pensando em Davi, tanto que nem percebo que a aula tinha acabado e meu o professor, senhor Leonardo me cutucava.
- Genevieve?
- ah, oi. Algum problema? - digo um pouco desnorteada.
- ja acabou a aula.
- ah, nossa, nem tinha percebido, desculpa. - digo e saio rapidamente
Saio da Universidade decidida à ir a casa de Davi, não podia mais ficar com aquela angústia no coração, precisava ver que ele estava bem, para mim ficar bem. Pego um táxi e depois de uns 15 minutos chego a casa dele. Pago o táxi e desço. Fico parada em frente a casa dele, tudo está fechado. Mando uma mesnsagem para Ádele dizendo que eu estava na casa de Davi, para que ela não se preocupasse. Me aproximo e bato na porta. Mais apenas o silêncio me responde. Bato novamente na esperança de ser respondida, e novamente só silêncio. Rodo a maçaneta e vejo que a porta está destrancada. Abro a porta e me supreendo com o que vejo. A casa está imunda, tem coisa quebradas, roupas sujas pelo chão. Vejo seringas usadas, não uma, mas várias. Me assusto com o que vejo e procuro pelo quarto de Davi, ando em um corredor comprido e abro a primeira porta. Abro e vejo davi caído ao pé da porta. Agonia toma conta de mim, entro e tento levantar ele. Sua aparência está deplorável, seus olhos estão fundos, e ele possui grandes olheras. Seu corpo que antes era de dar inveja a qualquer cara, agora estava magro e aparentemente doente. Não precisava nem ser médico pra saber que aquilo tudo era droga. Tento saber que tipo de droga ele estaria usando para se encontrar nesse estado. Tento colocá-lo em cima de sua cama, com um pouco de esforço e por conta da sua perda de peso, consigo o colocar na cama. Tento olhar o pulso dele, e me certifico que ainda está vivo. Escuto um barulho na porta, como se estivesse sendo arrombada, saio do quarto e vejo um homem entrando com uma arma em suas mãos. Ele me vê, rapidamente tranco a porta do quarto de Davi e pego meu celular para mandar um mensagem a Ádele.
*Me ajuda, tem um cara com uma arma na casa do Davi, chama a polícia por favor, acho que vou morrer."
O pavor tomava conta de mim, eu até poderia tentar conversar com o cara que agora tenta arrebentar a porta, mas ele tem uma arma poxa, duvido que ele esteja aqui para conversar. Meu coração bate muito rápido e forte, parace que ele está querendo sair da caixa torácica. Me sento na cama onde pus Davi, e o homem abri a porta. É um homem que aparentemente tem seus 40 anos e é careca, e sua cara não está nada boa.
- por favor não faça nada connosco. - digo ja chorando.
- eu vim matar aquele desgraçado. - diz apontando para Davi que ainda estava desacordado.
- por favor nos deixe em paz.
- deixar vocês em paz? Aquele filho de uma puta me deve dinheiro. - diz ele gritando e apontando a arma para mim.
- por favor tenha calma, Davi tem dinheiro, ele facilmente poderá pagar a dívida.
- esse viciado não vai pagar nada, soube pelas minhas fontes que os pais tinham bloqueado os cartões dele, então dei a ele um prazo e ele não cumpriu, então vou estorar os miolos deles, e juntos os seus. - diz ele sorridente, seu sorriso arrepiou cada fio do meu corpo.
- por favor, ele vai conseguir lhe pagar, por favor. - digo chorando compulsivamente.
- juro que vai ser rápido, você sabe, preciso matar ele, para servir de exemplo para os meus outros compradores, para eles saberem o que acontece com quem não me paga. E você foi uma infeliz que por conta do destino está aqui, e vai morre junto com ele. Juro que não vai doer, só um pouco. - diz ele rindo e apontando a arma para mim. Fecho meus olhos ensopados de lágrimas e começo a orar, pedir a Deus que cuide da minha mãe e de Inácio, das minhas amigas e de todos aqueles que eu amo,E que ele me perdoe por todos os meus pecados e que perdoe Davi. Estou preparada, que seja o que Deus quiser. Fico de olhos fechado e na mesma hora escuto o som do tiro. Meu coração para, tudo fica silencioso, fico esperando a dor. talvez eu ja esteja morta, talvez ele tenha me dado um tiro nos miolos por isso que não estou sentindo dor. Veio coragem e abro meus olhos lentamente, olho e vejo o cara caído no chão com seus miolos espalhados pelo chão, e vejo Ádele na porta com uma arma em suas mãos . Ela está com seus cabelos bagunçados e chorando, corro até ela e abraço, a mesma desaba sobre mim e começa a chorar. Matar uma pessoa não é fácil, não importa se ela é boa ou má. Minutos depois a polícia chega e recolhe o corpo do homem que nem ao menos sei o nome. Davi é levado em uma maca pela ambulância, e eu e Ádele fomos interrogadas. Ádele não foi culpada por matar o cara ja que foi em legítima defesa, e eu bem, tava la por acaso. Pego o carro de Ádele e vamos até minha casa, dirijo por ela, ela está muito abatida. Chegamos até minha casa, abro a porta do carro e tiro Ádele de dentro. Ela ainda está em choque e se treme muito. Entro com ela e minha mãe ja arregala os olhos, querendo respostas, faço uma cara de quem não é uma boa hora para perguntas e ela entende. Subo para o quarto, chegando lá Ádele senta na cama e começa a chorar muito mais, começa a gritar, batendo em si mesma, puxando os cabelos. A cena é horrível, tento prender seus braços para que ela não se bata mas ela não para, então dou um forte tapa em seu rosto e a mesma para. Levo ela até o banheiro, tiro sua roupa e dou uma banho na mesma. Lavo seus cabelos e deixo que todo o medo e dor saia dela. Pego um roupão para ela e nos deitamos na cama, e depois de um bom tempo vejo que ela dormiu. Me abraço a ela como se pudesse proteger ela de tudo. Só espero que amanhã ela esteja melhor.

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