Desapega, Julieta.

Capítulo 8 - Aquele que já amou, sempre guarda uma cicatriz.

São 21:52 da noite de sábado e pude perceber que pensei nele o dia inteiro, esperei por um sinal de fumaça, por um SMS, por uma ligação mesmo que fosse para me xingar, esperei por uma luz verde, mas não tive nada, minha única resposta foi um belo nada. Silêncio total. O Rick saiu para jantar com o Jack e eu estou deitada no sofá comendo sorvete e assistindo Querido Jhon, tenho mania de quando estou mal assisto a filmes clichês para me sentir pior ainda estou precisando me repassar algumas dicas para deixar de ser trouxa e as primeiras serão:
1° pare de assistir a filmes clichês
2° pare de esperar ele te ligar
E a 3° e última, LARGUE O SORVETE.

Ouço meu celular apitar era um SMS do Jason me chamando para sair, sorri comigo mesma, mas decido aceitar aliás, que mal tem? Respondo que sim. Tudo para sair de casa.
Me levanto e vou em direção ao quarto procuro por uma roupa e escolho um vestido preto com um v nas costas, tomo um banho rápido e não demora para o porteiro interfone avisando que o Jason chegou. Sorrio, ele e rápido. Saio do banho e peço para ele subir. Me arrumo rápido enquanto ele aguarda na sala.

- Para onde vamos?
Digo saindo do quarto
- Você está linda.
Ele diz me olhando e me dando um beijo no rosto, sorrio em agradecimento.
- Pensei em um barzinho aqui perto.
- Kiss me Club?
Digo sorrindo e ele faz que sim com a cabeça. O bar aonde o Rick me arrastou e eu conheci o Dagner. Ironia, vou para onde tudo começou. Tranco a casa e descemos, cumprimento o porteiro e vamos em direção ao carro do Jason, ele abre a porta para mim. Sorrio entrando no carro.
- Eu escolho a música.
Digo ligando o som é colocando Oriente, nada melhor que sair ao som de Oriente para esfriar a cabeça
- Não me surpreende "A dama e o vagabundo".
Ele diz olhando para mim é sorrindo
- Sempre será a preferida.
Digo aumentando o volume
- Achei que não fosse aceitar o meu convite.
- Gosto de surpreender.
- Então porque a senhorita que gosta de surpreender não me diz oque devo fazer para ter a sua confiança.
- Você tinha a minha confiança, Jason.
- Para te-la de volta, Maia.
- Ter a minha confiança e muito fácil pois você só precisa me mostrar quem é já para reconquistar ela você terá que mostrar quem deixou de ser.

E nesse momento só dá para ouvir o seu suspiro e ficamos em silêncio, o carro se enche ao som de Oriente e fica assim até chegarmos ao bar oque não demora tanto, o Jason estaciona em frente o bar, passamos pelos seguranças e chegando dentro da boate o Jason encontra uns amigos é ficamos sentados com eles, a mesa e em uma parte do lado de fora do bar e fica de frente ao parque agora a noite já está fechado mas as luzes ainda acesas iluminam o lugar dando uma vista maravilhosa. Conheci a Andressa e o Felipe, os amigos do Jason, eu fiquei conversando com a Andressa sobre maquiagens e roupas pois era somente disso que ela sabia falar e o Jason e o Felipe falavam sobre futebol.
- Você precisa conhecer a nova coleção outono e inverno da Beulla.
Diz a Andressa sorrindo para mim
- Preciso mesmo mas agora me deu uma sede, vou pedir uma tequila.
- Eu vou com você, quero uma caipirinha.
Ela diz se levantando e indo em direção ao bar para chegar até o bar tínhamos que passar por um corredor aonde haviam coisas escritas em néon que eu nunca parei para ler.
A Andressa e muito bonita ela tem cabelo comprido, olhos pequeno e uma tatuagem nas costas, ela estava usando um vestido vermelho com um colar preto oque realçava demais a cor de sua pele.
Chegamos no bar e fizemos nossos pedidos o local estava bem cheio então sentamos para aguardar o barmen nos servir, olhei para o lado e juro para vocês que não estava acreditando, procurei pela câmera em todos os lugares mas aquilo não era pegadinha era o Dagner com uma loira e mais um casal, eu estava de boca aberta, não consegui parar de encara-los até sentir a Andressa me cutucar avisando que a dose de tequila chegou, a viro só de uma vez mas sem tirar os olhos do Dagner que agora percebeu que alguém o olhava, ele me olhou, percebo que estava vindo na minha direção então puxo a Andressa para que a gente saia dali.
- Venha, vamos voltar para a mesa.
Digo a puxando sem dar chance de respostas
- Maia.
Ouço ele me chamar mas fingo que não o ouvi, continuo andando o ignorando até sentir mãos puxarem o meu braço
- Você não pode simplesmente olhar uma cena e tirar conclusões por si sem me dá a chance de falar.
Ele diz olhando nos meus olhos e segurando o meu braço
- Mania achar que tudo oque faz me importa, Dagner. Aliás ela tem a sua idade não? Fique com ela, cá entre nós, será mas fácil para você, ela você pode apresentar aos seus amigos e participar de jantares em família sem ligar para oque os pais ou a família dela irão falar. Então te desejo uma felicidade completa. Quando disse que era para eu me decidir, não sabia que se decidiria primeiro do que eu.