Desapega, Julieta.

Capítulo 12- Oque falta de juízo, sobra de amor.

Quando estamos apaixonados fazemos de tudo para sermos notados, já reparou? Ficamos bobos e inocentes. Parece algum tipo de droga te faz cego, surdo e mudo.
A maioria das vezes achei que não servia para o tal amor sou chorona e sensível demais para ele o amor machuca, você deve ser forte para senti-lo, precisa confiar no seu companheiro e eu mal confiava em mim quem dirá em outra pessoa, jamais imaginei encontrar alguém que me fizesse sentir-se segura, porque quando eu encontrei aquele alguém ele quebrou o meu coração e me deixou lá sozinha para que juntasse os cacos dele.

Hoje decidi me levantar mas cedo para chegar antes dos alunos a sala de aula, queria fazer uma surpresa para o Dagner então me levantei as 6:30h tomei café e as 7:10h já estava arrumada, deixei um bilhetinho para o Rick e fui para a faculdade.

O céu estava nublado avisando que viria chuva mas tarde, chego a faculdade e alguns professores ainda não chegaram cruzo os dedos para encontrar o Dagner na sala.
Chego em frente a sala de aula e percebo que o Dagner não estava sozinho, havia uma senhora com ele ela aparentava ser bem mas velha usava um cordão de pérolas grande, cabelos grisalhos e usava um vestido branco. Fiquei atrás da porta para saber quem era aquela mulher e pude ouvir uma parte da conversa deles.

- Meu filho, fico feliz em saber que seguiu a sua vida e está sendo feliz com alguém.

Ele sorri sem graça e percebo que ele falou de nós dois para aquela moça e percebo que aquela mulher elegante e a mãe dele.
Não consigo conter a felicidade é quando ia entrar na sala de aula para cumprimenta-los e dar um beijo sem medo no Dagner a ouço dizer

- Queria muito vê-los eu encontrei com ela vindo para cá e uma moça muito simpática e bonita.

Como assim ela encontrou com a moça? De quem ela estava falando? Mas eu não conhecia aquela mulher, então não era eu? De quem o Dagner havia falado?
Ele apenas sorri e a moça sai da sala o deixando ali, eu fico sem reação é contínuo parada em frente à porta o encarando

- Maia.

Ele fala e posso perceber que ele ficou surpreso em me ver ali

- Eu.. eu pensei em fazer uma supresa para você..

Digo pausadamente ainda em estado de choque

- Aquela senhora era a minha mãe.
- Eu sei, Dagner.
- Ela...ela falava da Natasha
- A loira do bar?
Digo colocando as mãos sobre a cabeça
- Ela era só uma amiga, Maia.
- Era?

Digo mas a minha voz mas parecia um suspiro

- Ela nos viu juntos de novo e pensou que havíamos reatado o namoro.
- Vocês namoravam?
- Maia eu queria dizer que estava com você mas sabe oque aconteceria?

Fico sem reação eu simplesmente o olho sem acreditar até ontem eu tinha a total confiança nele e nesse momento com apenas dois segundos ele a quebrou..

- Eu te amo e..

Não o deixo terminar viro as costas para ele e vou em direção a porta mas o sinto segurar o meu braço, continuo de costas eu já estava chorando e não queria que ele me visse assim

- Por favor, só irei falar uma vez você só precisa escutar..

Ele diz ainda segurando o meu braço me viro sem dizer uma só palavra e olho nos olhos dele sem me preocupar com as lágrimas que estavam caindo como uma cachoeira..

- Eu te amo, Maia. E é porque eu te amo que não posso ser egoísta com você, não posso permitir que você fique comigo e sofra ao ouvir as piadas da minha mãe em relação a nos dois, não posso permitir que minha mãe chame a Natasha pros jantares em família só para nós provocar, não posso permitir que as pessoas te olhem torto na escola quando descobrirem... eu não mereço você Maia.

Ele se aproxima de mim e acaricia o meu rosto enxugando minhas lágrimas que insistiam em cair, ele levanta a minha cabeça me fazendo olhar nos olhos dele

- Deus, como eu queria que você não tivesse que passar por isso.. mas você precisa.

Ele diz me dando um beijo na testa e nesse momento sinto que ele também estava chorando pois o vejo passar a mão pelo seu rosto ainda sem reação o afasto de mim e pude perceber seus olhos vermelho, o encaro por alguns segundos e digo o olhando nos olhos

- Só não me procure quando perceber que está vazio por dentro, espero que a sua fantasia de amor verdadeiro aceito pela sua mãe te preencha quando precisar de algo sincero.

Depois de dizer isso viro as costas para ele e o ouço gritar "Maia" mas eu não o escuto, continuo andando firme em direção ao banheiro e me lembro que já passei por isso uma vez, mas havia sido com o Jason..
Entro no banheiro como um foguete e pego meu celular para ligar para o Rick
- Sim amiga, vi seu bilhete.

Ele diz rindo, respiro fundo antes de começar a falar e conto tudo oque aconteceu para ele, ele fica em silêncio e ouve tudo oque eu tinha a dizer

- Aonde você está?
- Banheiro feminino.

Termino de falar e vejo o Rick entrando no banheiro como um foguete correndo na minha direção e me abraçando, ele beija minha testa e se ajoelha a minha frente

- Não vou conseguir.
- Você vai sim.
- Mas e agora?
- Agora iremos para casa.

Dizendo isso ele me puxa pelo braço e fomos em direção a saída, o Rick me levou para casa e nos jogamos no sofá tinha pizza no forno e sorvete no congelador, colocamos um filme bem clichê e eu me aconchego no peito do Rick e ele me abraça

- Rick, como será amanhã?
- Amiga e oque eu sempre digo o amanhã à Deus pertence e que a vontade dele, somente a dele prevaleça.

Dizendo isso o Rick beija minha testa e me puxa para mas perto é ficamos ali agarradinho assistindo a filmes clichês e comendo, comendo muito para ver se preenche o vazio não dá barriga dessa vez do coração..