Capítulo 19- Significado de amar

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Hoje eu só queria paz para a alma e para o coração..

amor

substantivo masculino

1. forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consangüinidade ou de relações sociais.

Isso é oque o dicionário diz.. mas para você, oque significa amar?
Significa ser feliz vendo ele ser feliz com outra, sacrificar a sua felicidade pela dele, aceitar o fato de que ele está feliz e seguir em diante apesar de não estar.
Ou o amor e egoísta, você acha que somente você será capaz de faze-lo feliz, somente você o fará bem, ninguém o ama como você o ama.
Tenho mais perguntas. O amor acaba e lhe da a chance de amar inúmeras vezes? Ou se acabou jamais foi amor? Oque e o amor? Alguém se habilita a me explicar? Ainda tenho dúvidas o dicionário dessa vez, não soube me explicar.

Não, eu não beijei o Dagner. Só ficamos abraçados. Um bom tempo abraçados. Eu ainda era comprometida mesmo que dê fachada, mesmo que não o amasse.
Ouço meu celular tocar e saio do abraço dele.
Número desconhecido. Ignoro a ligação.

- Você sentiu medo, me deixou porque sentiu medo de que eu não fosse a garota certa para você, a garota que se orgulharia um dia.

- Você está errada. Não senti medo por achar que não era a garota certa, eu estava aterrorizado porque eu sabia que você era.

Eu continuo parada o encarando. Eu até queria dizer alguma coisa mas as palavras se recusavam a sair.

- Maia, me beija. Por favor. Eu necessito de você.

Antes que eu pudesse responder meu celular toca novamente. Número privado mas decido atender. Uma voz rouca e desesperada fala do outro lado do telefone

-Alô, alô minha filha! Alô??!

A voz rouca e ao mesmo tempo mansa com um ar de desespero...do meu pai.

- Pai? Oi? Está tudo bem? O senhor nunca liga de números privados.

- Eu estou no hospital filha, sua mãe teve uma parada cardio respiratória pela terceira vez.

Uma lágrima cai sem eu perceber. Eu precisava voltar para casa, precisava estar lá. Meu coração apertou só de pensar em perde-la.

- Filha, venha ficar com a gente.

Ouço o meu pai pedir, quase como um suplico. Ele jamais me ligou desesperado pelo contrário sempre omitiu tudo oque envolvesse a saúde da minha mãe, sempre se preocupou de como eu ficaria aqui. Eu sabia que se ele me ligou, as coisas começaram a ficar difíceis. Eu sabia que ele não aguentava mas.
Nesse momento eu não pensei duas vezes.

- Preciso ir para a minha casa. Agora! - Digo para o Dagner

Pois é, agora eu estava voltando para casa com o Dagner comigo. "Casa" e uma palavra muito forte porque desde que fui para Boston eu praticamente não voltei mas para a Bahia.

É voltar para Bahia estava sendo mas difícil do que eu pensei. Relembrar os velhos costumes e amigos não seria fácil.
Depois que chegamos eu ainda fiquei alguns minutos sentada tentando assimilar oque seria quando eu saísse desse carro. Não vou mentir que estava um pouco assustada. Meu pai me esperava no portão e havia algumas pessoas com ele. Respirei fundo e sai do carro.

Quem mas se destacou entre todos a volta do meu pai era uma senhora chorosa. Não pude conter a emoção quando fui ao encontro dela e a abracei. Naná é sem dúvidas uma segunda mãe para mim. Quando minha mãe ficou doente ela ajudou o meu pai e a mim a cuidar dos afazeres da casa e das despesas.

Desapega, Julieta.Onde histórias criam vida. Descubra agora