CAP 11 (REVISADO)

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Maicon

Elisa iria embora sem me dizer nada! Como ela pôde me esconder uma coisa tão importante como ess... ela iria me abandonar sem mais nem menos, e sem me contar. Elisa mentiu para mim, e se tem uma coisa que odeio mais que tudo no mundo, são pessoas que mentem para mim e me fazem de idiota. Me sentia um verdadeiro lixo!

Mas não sei porque fiquei tão surpreso, estamos no mundo real, e garotas como Elisa não namoram caras como eu, claro que uma hora ela despertaria para realidade e fugiria. Fugiria de mim.

Depois de toda a confusão na casa dela, fui para casa em que estava morando e coloquei toda a minha roupa dentro de uma mochila e sair imediatamente, não podia ficar ali nem mais um minuto. E o pai dela me expulsaria logo, então adiantei.

Peguei meu celular e rapidamente liguei para Pedro pedindo para ficar um tempo com ele enquanto procurava um emprego, ele disse que estava fazendo uma festa e que eu levasse tudo para lá.
Peguei um táxi e disse o endereço, em poucos minutos eu já estava batendo na porta do apartamento do Pedro.

Entrei e como ele disse, estava rolando uma festinha ali, tinha pouca gente, apenas uns amigos nossos, e poucas pessoas eu não conhecia.
Cumprimentei as pessoas e fui na cozinha com Pedro.

—O que aconteceu cara? —Pedro perguntou. —Você parece muito mal, toma uma cerveja!

—Cara, você não tem noção do tamanho do problema, a Elisa, e...

—Maicon? —Ouvi uma voz familiar, quando me virei lá estava ela, Mari minha ex. —Cara, há quanto tempo! Onde você se meteu? —Ela me abraçou e beijou o canto da minha boca. Ela era muito bonita, um metro e setenta, corpo sarado, pele morena e cabelos cacheados que chegava abaixo dos ombros.

—Fala Mari, como você está?. —Falei forçando um sorriso.

—Eu estou ótima, com saudades, para ser sincera. —Ela se aproximou com a boca muito perto do meu ouvido. —A gente pode matar essa saudade hoje! —Ela mordeu o lóbulo da minha orelha. Imediatamente a afastei.

—Claro! —Sorri falsamente, então ela deu um sorriso antes de sair, e eu voltei a conversar com Pedro. —O que ela está fazendo aqui?

—Ué, quando você me ligou, achei que você precisaria dela. —Ele riu.

—As coisas não funcionam mais assim Pedroca. —Dei um tapinha em seu ombro. —Agora tem uma garota em minha vida, e eu estou fodidamente apaixonado por ela, mas ela mentiu para mim, e eu estou na merda, só quero beber muito até cair no chão e esquece-la por pelo menos algum tempo sob total efeito de álcool.

—Cara, quando você falou que tinha um problema, não achei que fosse paixão.

—Não é. É amor! Mas infelizmente só eu senti.

—Puta merda, o que fizeram com meu amigo? Cara, tá cheio de gata aqui hoje, você sempre foi desses, a Elisa ela é...

—Linda, né? —Que droga, por quê ela tinha que ser aquele monumento?

—Eu iria falar uma patricinha, e você nunca curtiu patricinhas.

—Minha patricinha... Logo eu! — Sorri tristemente ao pensar que não era mais minha.  —Se bem que não sei mais se ela é minha, cara que situação, a gente acabou, tudo estava indo bem, mas aí descubro que ela vai para uma universidade no exterior, e não me disse nada, pretendia ir embora sem me dizer nada.

—Cara, deu ruim pra você hein! Mas você tem ficar feliz  porque sua gata conseguiu essa oportunidade.  —Ele disse.

—Eu estou, porra, como eu estou! Aquela garota é o meu orgulho, o problema foi a consideração que ela não teve por mim. Eu queria ter saído para comemorar com ela essa conquista, queria fazer planos sobre como faríamos para ficarmos juntos mesmo ela estando em outro país... Eu queria... Mas ela não, ela cagou para mim.

ONE THING (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora