SEASON 2 - CAP 5

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No dia seguinte acordei com meu celular gritando, eu odiava ser acordada por um celular.

—Alô...

—Elisa, pelo amor de Deus! Você precisa voltar para o Brasil agora Elisa.

—Calma aí, o que aconteceu?

—O Maicon!

Bastaram aquelas palavras saírem da boca da Carol para eu dar um pulo da cama em estado de alerta.

—O que aconteceu com o Maicon, Carol? Não me deixa nervosa.

—Eu não sei direito Elisa, Pedro não quis me contar, mas é algo sobre reanima-lo, sobre drogas... Eu não sei Elisa.

Ela estava chorando, e a essa altura eu também estava.

—Eu vou pegar o primeiro vôo com destino ao Rio de Janeiro agora mesmo.

Desliguei.

Peguei a primeira roupa que encontrei, coloquei poucas coisas em uma mala pequena, peguei meus documentos, dinheiro, cartões de crédito e sair.

– Pra onde está indo? Está fugindo do Taylor? – Cassie disse preocupada quando me encontrou nas escadas.

– Não Cassie, eu tenho que fazer uma viagem rápida para o Brasil, o Maicon está em estado grave no hospital. – Falei tentando manter a calma, mas por dentro eu estava para morrer. – Diz ao Taylor, só não fala do Maicon, eu vou voltar, eu juro. – Dei um beijo e um abraço nela e seguir correndo atrás de um táxi.

O vôo mais rápido saiu em duas horas, eu estava desesperada, não consegui dormir no avião, eu só pensava no meu Maicon, que agora não era tão meu quanto antes... Carol tinha dito algo sobre reanima-lo, será que Maicon tinha morrido? Não! Eu não suportaria.

Depois do avião dar a volta ao que parecia o mundo, chegamos ao Rio, peguei um táxi diretamente para o hospital que Carol tinha me dito por mensagens.

Quando cheguei lá, Carol estava sentada ao lado de Bruna, as duas estavam de mãos dadas parecia que estavam orando. Pedro estava de pé encostado na parede com os olhos inchados e vermelhos. E Gabriel estava sentado com os cotovelos apoiados no joelho e o rosto enterrado nas mãos, olhei ao redor e vi meu pai e Teresa conversando com um médico.

Corri até as meninas e me ajoelhei na frente delas.

– Meninas! – Eu disse e as duas me abraçaram chorando, Pedro e Miguel se abaixaram junto de mim e nos abraçamos todos juntos. Aquilo foi o ápice para mim, chorei rios no braço das minhas melhores amigas e dos melhores amigos do Maicon que tinham se tornado meus amigos também.  – Cadê ele gente? Cadê o Maicon? Eu preciso saber do Maicon. Ele está vivo né? – Solucei.

– Calma, os médicos conseguiram reanimar ele Elisa. – Pedro disse e me levantou do chão me colocando sentada na cadeira, pois eu estava sem forças.

– Elisabeth! – Meu pai veio ao meu encontro.

– Agora não pai, preciso saber do Maicon. Por favor diz Pedro.

– Ele está fazendo uma lavagem agora.  – Ele disse.

– Mas gente qual é o motivo dele está aqui? – Perguntei tristemente.

– Vem comigo. – Pedro me puxou e andou comigo pelos corredores do hospital. – Elisa, Maicon sempre teve problemas com drogas. – Ele disse e meu mundo por alguns segundos caiu.

– Ele nunca me disse isso. – Falei surpresa.

– Ele nunca disse a ninguém. Poucas as pessoas que sabem disso. – Ele disse e eu fiz sinal para ele continuar. – Desde adolescente Maicon sempre se drogou Elisa, ele passou por muita coisa e a droga para ele era como uma válvula de escape. Quando ele te conheceu parou com isso, disse que você nunca saberia disso, pois a droga faria parte do passado dele pois você seria a sua nova válvula de escape, e que tinha achado um motivo pra deixar todo seu passado para trás. – A gente tinha parado no corredor e eu estava encostada na parede fria chorando copiosamente. – Quando tudo aquilo aconteceu e você foi embora, eu fiquei tão preocupado com ele, fazia o possível para não deixa-lo só pois eu sabia que ele era capaz de ter uma recaída, mas ele nunca demonstrou isso. Quando foi ontem ele disse que estava muito feliz, que tinha uma notícia maravilhosa e precisava dividir com você, eu sair de casa e quando voltei de madrugada encontrei ele caído no chão se debatendo, na mesa tinha cocaína e todo tipo de droga que você imaginar, foi horrível Elisa, eu não sabia o que fazer, meu melhor amigo estava tendo uma overdose na minha frente. Eu peguei o carro e sair em disparada para o hospital mais próximo e liguei para a galera. Os batimentos dele pararam, foram centenas de médicos em cima dele com a máquina de reanimação, foi tão doloroso ver o Maicon naquele estado Elisa, aquele negócio doía tanto e o deixava no ar por alguns segundos... Eu quis entrar lá, quis bater nele para o trazer de volta e perguntar o porquê dele ter feito aquilo... Foi horrível. Quando por um milagre trouxeram ele de volta, seu pai quis transferir ele para esse hospital particular, ele disse que aqui Maicon seria mais bem cuidado do que no público e ele bancaria tudo. –Eu sentia que aquilo tinha sido minha culpa, se eu não tivesse sido uma filha da puta com ele no celular, talvez tudo estivesse bem.

ONE THING (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora