CAP 8 (REVISADO)

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Elisa

Enquanto eu tomava banho para sair com o Maicon, pensei na possibilidade de sei lá, talvez nós poderíamos dar certo como um casal, mas quando fui falar com ele sobre isso, ele agiu como um babaca, como o babaca que ele é, e que só estava guardado esse tempo porque estava tentando ser gentil. Como eu pude ser tão idiota e cega, eu o chamei tanto de idiota, e no final das contas, a única idiota alí era eu.

Peguei um táxi e vim sozinha para casa, cheguei já estava escuro e Teresa não estava mais, fui diretamente para o meu quarto. Eu não me permitiria chorar.

Olhei pela sacada e o carro que Maicon usava não estava aqui ainda, provavelmente ele não tinha chegado.
Senti um aperto no coração, que droga, porque eu estava preocupada com ele? Foda-se Maicon!
Coloquei uma roupa confortável, e me enfiei de baixo das cobertas para tentar dormir.

***

Acordei com um movimento na minha cama, arregalei os olhos no escuro, alguém estava se deitando na minha cama, e eu sabia muito bem quem era, apenas pelo cheiro misturado com álcool, liguei a luz do abajur e claro, Maicon estava deitado na minha cama, e sem camisa, me levantei imediatamente furiosa.

—O que você está fazendo aqui? Sai da minha cama agora! —Eu disse e ele se sentou olhando para mim com uma cara de cão sem dono.  —Sai do meu quarto. —Ele não disse nada, eu estava muito esgotada para brigar, então desisti e voltei a me deitar, desta vez deixando a luz ligada.

De repente senti seu hálito quente e cheirando a álcool no meu pescoço, meu maldito corpo reagiu na hora, todos os meus pelos se arrepiaram.
Ele colocou a mão no meu ombro e deslizou devagarinho pelo meu braço levando junto a alça da blusinha.

Me virei imediatamente pra ficar cara a cara com ele.

—O que você quer de mim, Maicon? 

—Você! —Ele disse e eu não acreditei no que ouvi. —Só quero você. —Ele fechou os olhos.

—Para amanhã me dizer que não significou nada? Que foi apenas um erro? —Eu disse com ironia e ele me olhou confuso.

—Porra, você é foda... —Ele disse, e ele estava muito bêbado, tive que me controlar para não rir com aquilo. —Eu não quis dizer aquilo, na verdade eu quis, mas não era o que eu queria, entendeu?

—Você está bêbado. Vai embora!

—Eu não tou bêbado porra! —Ele disse e então continuou —Eu só disse aquilo para você não criar expectativas, porque nós dois, bom seu pai nunca... Elisa você mexe comigo demais. É que seu pai nunca iria aceitar ver a única filha dele namorar um cara como eu que não tem onde cair morto. Ele quer você com gente rica, somos totalmente diferente um do outro e... Droga, eu acho que amo você. Eu não sei como quero te afastar dizendo que te amo, mas na verdade eu não quero te afastar entende? Mas você precisa ficar longe de mim, eu atraiu desgraças.

—Você disse que me ama? —Perguntei boquiaberta, meu coração estava batendo tão forte que talvez ele fosse capaz de ouvir.

—Não, eu não disse.

—Eu acho que disse sim.

—Droga, não acredito que eu disse em voz alta. —Ele me olhou. —O que você acha disso? Estou louco? Você me odeia ainda mais agora?

—Não... Na verdade, acho que gosto de você. —Eu confessei.

—Acha? Mas acha que gosta muito, ou acha que gosta um pouco?

—Demais! —Eu disse e ele me beijou lentamente.

—Seu bafo de álcool me incomoda, não quero beijar você assim.

ONE THING (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora