CAP 18

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Meses depois

Elisa

Alguns meses tinham se passado, minha viagem para os Estados Unidos estava cada dia mais perto, minha vida estava maravilhosa, eu e Maicon morávamos juntos e estávamos bem, eu e meu pai não estávamos brigando mais, bom, isso porque ele ainda não sabia que eu estava com Maicon novamente, nós ficávamos adiando o dia que iriamos contar a ele, mas eu sentia que tinha que ser logo, pois eu iria embora em breve.

A vida das minhas amigas estavam uma loucura, elas já tinham começado a fazer faculdade, a Bruna como sempre uma quenga, mas agora inventou que está apaixonada por um cara e que está sofrendo, eu até ria quando ela me contava as coisas, porque nunca imaginei ela apaixonada e sofrendo por alguém.

Já a Carol, sempre sofredora, coitada, mas também, se tivesse um prêmio para quem mais fizesse papel de trouxa na vida, Carol com certeza ganharia.
Digamos que ela tenha um dedo podre para escolher homens. Ela anda um pouco distante ultimamente e eu fico preocupada com ela, Carol é muito frágil.

Meu pai inventou de arrumar uma mulher depois que eu sair de casa, ainda por cima com uma filha de treze anos, oh menina do demônio, era uma peste! Eu, ela e a mãe dela não éramos melhores amigas, mas também não fico infernizando a vida delas para que vão embora, confesso que minha vontade é essa, mas sinto preguiça de planejar qualquer coisa, e também minha vida está boa demais para eu me preocupar com a vida alheia.

Descobri que Maicon fez uns anos de administração depois que saiu da escola, mas trancou, finalmente convenci ele de voltar a fazer. Então ele faz o curso de noite e eu como e assisto série, mas mesmo assim tenho dinheiro todo mês, eu queria trabalhar, mas não sei com o que, não sou boa em nada, e também em breve eu não estaria mais aqui.

Como todos os outros dias, eu estava comendo em frente à televisão quando recebi um telefonema, era meu pai.

- Oi pai!

- Você está em casa? Quero que venha aqui, preciso conversar com você Elisabeth, agora.

- Pai eu estou assistindo, não pode ser depois?

- AGORA!

Ele gritou do outro lado da linha e eu arregalei os olhos, algo de errado estava acontecendo, ele nunca falava daquele jeito comigo.

Troquei de roupa e me apressei para chegar logo na casa do papai.

Só trinta minutos passei com o carro parado no trânsito, e mais trinta minutos com o carro andando até chegar na casa do meu pai, ele tinha ligado algumas vezes, mas estava cheio de blitz na rua e não pude atender.

O porteiro me viu e abriu o portão, sorrir para ele e entrei, tinha outro carro lá, se eu não me engano era da Brenda, a pirua do papai, coloquei meu carro atrás do dela e entrei, ela estava assistindo TV, com certeza tinha dormido aqui.

- Elisa! - Ela me cumprimentou alegremente, e falsamente.

- Oi. - Falei seca - Onde está o meu pai?

- No escritório te esperando, ele está uma fera, não sei o que você fez dessa vez, mas acredito que ele não te perdoará. - Ela disse e me fez pensar mil e uma coisas.

Não dei bola pra ela e fui até o escritório, ouvi vozes do meu pai com mais alguém lá dentro e então resolvi bater, meu pai mesmo abriu a porta e quando eu entrei, gelei da cabeça aos pés, meu corpo paralisou, Maicon estava lá sentado no sofá escuro, arregalei os olhos para ele, o mesmo me olhou desesperado, não precisava de palavras, nós nos entendiamos apenas com olhares.

ONE THING (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora