Dezembro, 1 dia antes do NatalElisa
Tinha se passado alguns meses já desde quando eu e Maicon começamos a namorar de verdade, meu pai ainda não sabia, mas eu pretendia contar a ele no jantar de natal.
Tive minha festa de 18 anos em um salão super chique em Copacabana há duas semanas, recebi meu resultado das provas finais e eu passei, finalmente livre!
Desci as escadas e me sentei no balcão da cozinha olhando Teresa preparar o almoço.
—Menina, que susto! Quer me matar é? — Teresa disse com a mão no coração quando percebeu minha presença.
—Desculpa Tetê, não queria te assustar é que eu estava distraída e você também. —Sorri.
—Não chega assim mais hein! Meu coração não aguenta mais sustos. — Ela brincou. —Ah, e acabei de lembrar, tem correspondência para você querida, chegou ontem, mas só lembrei hoje, desculpe.
—Onde você guardou?
—Está na mesa de centro da sala. — Ela disse e eu fui correndo até lá e comecei a procurar meu nome nas correspondências. —Cartão, cartão, papai, luz, água, humm... Elisabeth, certo, vamos ver. —Rasguei o papel e quase cair no chão quando vi as letras negras escritas em inglês.
Era uma carta de aceitação da Washington University.
Era apenas isso, eu tinha dado meu sangue praticamente para me inscrever na universidade de Washington há um tempo atrás, foram meses de processo online com reitores de lá. Eu mal podia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo
!
Comecei a gritar e pular no meio da sala, Teresa correu até mim.—O que houve? —Ela perguntou preocupada.
—Eu fui aceita Teresa, fui aceita na universidade de Washington. Não posso acreditar! —Gritei, então ela me abraçou e começou a pular e gritar junto comigo também. —Preciso falar para o papai. —Subi as escadas correndo para achar meu celular no quarto e liguei para o meu pai que atendeu no terceiro toque. Ele não se importou em esconder toda a emoção, e disse inúmeras vezes que sentia orgulho de mim.
Fiquei olhando a carta que nem idiota, não podia acreditar, eu iria para os Estados Unidos.
Ouvi batidas na porta seguida pela voz do Maicon perguntando se podia entrar, rapidamente escondi a carta em baixo dos travesseiros, e mandei ele entrar. É claro que eu iria contar ao Maicon que eu estava indo embora ano que vem, mas não naquele momento, não quando tínhamos que lidar em contar para o papai sobre nós. Maicon provavelmente iria se chatear por eu não ter contado e que eu estaria a quilômetros de distância, e eu iria falar para ele que temos que viver o agora, blá blá blá... eu queria evitar uma briga em cima do natal, talvez se eu deixasse para contar para ele quando estivesse mais perto de eu ir embora, evitariamos muita dor.
—O que aconteceu? Você parece... Nervosa? —Ele disse se sentando na minha frente e depositando um beijo em meus lábios.
—Nervosa?
—Sim.
—É claro que eu estou nervosa, você também deveria estar, afinal, vamos falar tudo para o meu pai amanhã. - Disse, e ele concordou.
—Eu estou nervoso, mais do que pensa, mas tou tentando não morrer com isso. —Ele riu, notei que ele estava diferente, talvez estivesse triste.
—Amor, você não parece feliz, o que aconteceu? Pode desabafar.
—Não é nada, só estou, cansado. — Ele disse, mas o conhecia bem o suficiente para saber que estava mentindo.
—Vem aqui. —O puxei para o meu colo e fiquei fazendo carinho nele.
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ONE THING (Em Revisão)
RomanceJovens de realidade completamente diferente, se apaixonam e começam a viver intensamente a cada minuto esse amor. Um romance cheio de idas e vindas, altos e baixos, afinal, o que seria de um romance sem seus altos e baixos? Mas há um segredo que com...