No relento
Cabelos contra o vento
Olhar desatento
Se perdendo,
Eu digo, eu falo,
Eu perco
E invento.Um sentimento exposto
Um nó se desata
E lá se vai o riso no rostoE agora
Que é chegada
A hora
Eu ressuscito a jornada,
Pela frente uma estrada adornada,
Esmorecida
Escurecida
Esquecida
E comprida.Ao olhar para trás sinto no peito
O mesmo bumbo que ritmou junto
Ao seu
E que agora se foi,
E me lembro da promessa
Me lamento e apesar disso eu ainda
Tento, mas sem inferir
Eu reinvento, obstante, eu me rendo,
O pó se mistura à figura dos esquecidos,
Olvidados de mim
E de tanto se esquecer não nos refazemos
Mais nos outros,
Deixando para trás um riso sem rosto
E o coração oposto
Ao que se dispôs a partilhar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Entre Metáforas e Utopias
PoetryApós serem trancafiados por tantos anos, eis que começam a ganhar autonomia, uma conversa entre a caneta e o papel deu origem aos textos, juntos com as metáforas e utopias foram surgindo, surgiram sentimentos sentidos e ressentidos, as vezes doce, o...