Me ensina a amar
A minha sina é amar
Me ensina o ensejo
Minh'alma arde em desejoMe peça para ficar
E me impeça de partir
Me peça para ser sereno
Mas não me impeça de sorrirMe leve para o mar
Meu destino é navegar
Me ajude a alçar velas
A escolher as vielas;
Para o amor não se perder sem destinoMe dê o seu amor
E não me impeça de amar
Me dê todas as noites
E não me impeça o luar.Me dê o seu destino
E eu serei teu desatino
Até o corpo ao tempo
CederMe dê o seu sim
E serei os motivos de teu riso
E de tuas lágrimas; jubilosas
Ou nãoMe dê o suspiro de vida
E não me mate no coração
Me deixe florescer até não mais caber
E transbordarAh, por fim, ao suor,
Ao cansaço,
Ao laço que criamos,
E a distância muda que dói
Em meu peito nasce,
Brotou de súbito,
Renasceu,A flor do destino,
Minha sina: a beira-mar
Soma em mim com esplendor,
Meu novo eu, um novo amor,
Pequena; serena e riso frouxo
Que os meus olhos seduziu
E o coração induziu de volta
O ensinando a amar.
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Entre Metáforas e Utopias
PoesíaApós serem trancafiados por tantos anos, eis que começam a ganhar autonomia, uma conversa entre a caneta e o papel deu origem aos textos, juntos com as metáforas e utopias foram surgindo, surgiram sentimentos sentidos e ressentidos, as vezes doce, o...