Pois é, para que?
Não se sabe, não se viu,
Sumiram feito pedras atiradas ao rio
Tirando o sorriso de quem riu
Até mesmo os de riso frouxoNo cume demos as mãos
De longe vem o vento acariciá-las
E juntar os corações
E então, pois é
Para que?Agora somos criadores de dor
Trocadores de ressentimentos não sentidos
Nós dissemos, mas não ouvimos
Cabeça quente e coração vazio
Esvaiu-se do peito o ardor
Pois é, para que?O orgulho tingido de dor se foi
E deu lugar ao dissabor
Que provado amargo se obtém o sabor
Ah, amor, somos agora avessos
Nós que trocamos amor, carinho e endereço
Pois é, para que?Distintos agora
Distantes embora
Sentidos afloram
Sentimentos defloram
E eu pego as malas cheias de palavras
E me vou, ao longo do caminho
Tentarei as engolir
O que pensei e não disse
Pois é, para que?
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Entre Metáforas e Utopias
PoésieApós serem trancafiados por tantos anos, eis que começam a ganhar autonomia, uma conversa entre a caneta e o papel deu origem aos textos, juntos com as metáforas e utopias foram surgindo, surgiram sentimentos sentidos e ressentidos, as vezes doce, o...