Capítulo 21

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Logo que eu acordei pela manhã, reparei que o Diogo não estava na nossa cama. Achei estranho, porque ele estava de folga hoje e não precisaria acordar tão cedo. O que será que ele estava aprontando tanto? Pensei. Ele andava de muito segredinho com o Davi, tentei várias vezes questioná-los para saber o que estavam me escondendo, mas nunca falavam sobre o assunto misterioso deles.

Resolvi sair da cama e procurar por ele, mas quando me levantei, senti uma leve tontura tomar conta de mim. Eu me segurei na cabeceira da cama para não cair. Devagar, eu sentei na beira da cama e coloquei a cabeça entre meus joelhos para ver se a tontura melhorava um pouco, estava bem forte. Respirei fundo e uma náusea veio com tudo.

Levantei correndo e fui direto para o banheiro e joguei tudo para fora. Quando terminei, levantei do chão e escovei os dentes. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, achei estranho porque nunca tinha sentido nada parecido.

Ouvi o barulho da campainha tocando e coloquei um roupão. Segui para porta e quando olhei no olho mágico e vi a Raquel, logo abri a porta.

— Bom diaaaa... – Raquel falou animada, mas ao ver minha cara, murchou um pouco. — O que houve, está passando mal?

— Bom dia, Raquel. Acordei muito mal. – murmurei. Fechei a porta e seguimos para cozinha.

— Mas o que aconteceu com você exatamente?

— Não sei, Raquel. Acordei vendo que o Diogo não estava do meu lado, mas como ele e Davi andam de segredinhos, imagino que seja pelo trabalho.

— Tá, continua. – ela pediu indo para o fogão e fazendo um chá enquanto conversávamos.

— Então, continuando, eu me levantei, como sempre faço, aí me deu uma tontura que pensei que ia desmaiar e segurei na cabeceira da cama. – dei uma pausa quando vi que a Raquel estava pensativa e abri um maior sorriso.

— Nella, hoje é a primeira vez que está sentindo isso? – ela me perguntou curiosa.

— Sim. Ai, cê acredita que tive que colocar a cabeça entre as pernas como sempre ouvi dizer que quando sentimos tontura, devemos colocar a cabeça entre as pernas, só que em vez de melhorar, me deu uma vontade de vomitar, aff. – eu gemi só de sentir o gosto na minha boca.

— Ei, Nella, você não acha que pode estar grávida? – Raquel me perguntou.

— Que pergunta é essa, Raquel? – questionei.

— Nella, me poupe, você e o seu delegado transam como dois coelhos. É bem possível de você estar grávida. – ela zombou de mim.

Será? Eu não podia estar grávida.

— Raquel, isso é impossível.

— Impossível se você dois usassem camisinha, e na minha opinião, vocês nunca usaram né? – ela me perguntou, e eu fiquei vermelha só de confessar isso para Raquel.

— Acho que você tem razão. – eu suspirei.

— Mas como vou ter certeza? – perguntei ainda não acreditando que tinha um bebê delegado dentro de mim. Claro que estava assustada, afinal eu não planejava ser mãe. E o Diogo? Como ele vai reagir sendo pai logo cedo? Quero dizer, cedo por causa do nosso namoro. Ai meu Deus, o que eu faço?

— Eeei, vamos parar de se torturar. – Raquel me pediu, mas não consegui. Acho que ela percebeu pelo meu rosto que estava em pânico.

— Raquel, como vou contar para o Diogo?

— Calma, vamos à farmácia comprar o teste. Na realidade eu vou e você fica.

— Tá bom, é melhor eu ficar porque acho que vou cair se eu sair daqui.

O Delegado (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora