Capítulo 7 lançado novamente

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Sempre que acabava um livro, eu sentia aquela emoção, sabe. De dizer: trabalho concluído.

Olhei para o meu notebook e a tela estava marcando fim no texto. Agora pronto, era só enviar para Raquel e esperar pela revisão e edição e tudo estaria pronto. Mais um trabalho estava concluído.

Me levantei da minha cadeira e vi que meu celular tinha algumas mensagens de amigos e uma dos meus pais, que eu respondi na mesma hora e com o maior prazer, afinal eu estava morrendo de saudade deles, fazia mais de um mês que não ia na fazenda vê-los.

Respondi a todos, e até o Davi, que estava querendo falar comigo e pediu para eu ir à delegacia na hora da janta dele. O que eu não entendi foi o que ele queria que eu fizesse na delegacia, sendo que ele tinha praticamente me proibido de ir até lá. Claro que fiquei puta da vida, mas o que ele usou como desculpa foi que sempre tinha muitos prisioneiros, e que alguns deles poderiam tentar a fuga e acabar me fazendo de refém, afinal, o que seria mais divertido para os bandidos do que mexer com a família dos policiais?

E falando em policiais, meu pai do céu, que homem era aquele todo musculoso. Mesmo com a camisa dava pra ver o quanto ele era gostoso, aliás, gostoso era pouco, era pura delícia. Minha vontade era de ir até ele, puxar aquela camisa para fora do jeans e passar as minhas unhas naquela pele, sentir os gominhos do seu abdômen. Meu pai eterno, esse homem era puro pecado. Só de imaginar ele se despedindo para mim daquele jeito. Ui, sinto até um tremor mesmo.

Fui direto para a cozinha e lá fiz um lanche, afinal eu tinha que manter a minha forma, brincadeirinha. Eu acabei voltando a ficar gordinha, mas agora estava saudável, e tinha sempre acompanhamento médico. Por enquanto estava sem o tratamento com o psicólogo, depois que me mudei para São Paulo, estava difícil achar um médico que eu gostasse. Mas sempre estava em contato com meu amigo Michael. Ele me ajudava em tudo nas minhas crises, e foi duro, mas depois de tanto tempo, eu era outra pessoa, totalmente saudável.

Olhei para o relógio e tomei um susto daqueles, como as horas passaram rápido. Fui direto para o chuveiro e escolhi uma bata e uma calça jeans, passei meu perfume favorito, é claro, vai que eu encontro aquele delegado gostosão. Ai como eu queria ouvir aquela voz sexy dele. Hum, era puro tesão mesmo.

Fiz uma maquiagem de leve, afinal eu não queria fazer feio. Deixei meus cabelos soltos que caíam em cascata pelas minhas costas. Fui até a minha cama, peguei a minha bolsa e saí apressada. Cheguei lá fora, abri a porta do meu carro, entrei e segui para a delegacia.

A noite estava gostosa e a maioria das pessoas estava nas ruas, os bares estavam lotados, e ver as pessoas tomando cerveja fez minha boca se encher de água, afinal eu não era de ferro não.

Estacionei o meu carro ali perto da delegacia, mas é claro, sem ser escondido, porque sempre poderia ter um engraçadinho da vida querendo roubar meu bebê.

Entrei na delegacia e dei de cara com as mesmas pessoas de novo, dessa vez bem calma e é claro que eles estranharam, afinal sempre que apareço por lá é para mandar o Davi para o inferno, quer dizer, modo de falar. Não se assustem, não são vocês que têm um maníaco por controle que nem meu irmão na cola. Se vocês quiserem, meninas, dou ele de presente, afinal vocês devem gostar né? Um homem alto, forte e de cabelos loiros e olhos verdes, para completar o pacote, um controlador muito possessivo.

Cheguei na sala do Davi, sempre brincando e cumprimentando a todos pelo caminho. Aquilo era perfeito para mim, eu ficava tão feliz em ver como cuidavam do Davi, e agora do meu delegado.

Quando abri a porta, percebi que o Davi estava concentrado e nem reparou que eu entrei na sala dele.

— Não acredito que você está tão concentrado Davi. – eu falei, fazendo Davi se endireitar assustado.

O Delegado (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora