Capítulo 3 lançado novamente

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— Não acredito que ele esteve aqui. – eu respondi em tom de lamento.

— Nella, você está vendo que todos estão olhando pra nós como se a culpa fosse nossa. – Raquel me falou e eu concordei.

— Uma coisa eu digo, eu vou matar o Davi dentro da delegacia, e vai ser agora, quem é ele pra querer tratar a gente assim, como se fôssemos crianças. – eu reclamei.

— Nella, vamos embora. – Raquel me pediu.

— Raquel, você acha mesmo que ele estava falando sério? – eu perguntei pra ela. Foi então que tive uma ideia, ele não seria capaz de fazer o que eu estava pensando né? Perguntei para mim mesma. — Raquel, vamos até o banheiro. – eu comentei com ela vendo que todos estavam distraídos com o novo show.

— O que vamos fazer lá, Nella? – ela me perguntou. — Ok, sem comentários bestas. – Raquel completou ao observar a expressão no meu rosto.

Fomos direto para o banheiro, fechei a porta de lá e olhei para ver se tinha alguma mulher, fui até a pia do banheiro e tirei da bolsa tudo que tinha dentro dela e toquei em tudo como se fosse algo diferente.

— Achei. – eu gritei.

— O que é isso, Nella? – Raquel perguntou curiosa.

— O filho da mãe do meu irmão colocou um rastreador na minha bolsa. Agora sim eu vou fazer picadinho dele.

— Nella, ele está doido agora? – perguntou Raquel.

— Se ele não está, ele vai ficar, porque eu vou infernizar a vida dele, e vai ser agora, você vem comigo?

— Claro que sim, como você vai pra delegacia?

— Ah, verdade. Vamos. Eu vou caçar agora, senhor Davi. – eu respondi e saímos com um último olhar lá para o palco e fomos embora.

Raquel entregou a chave para o manobrista, e, enquanto ficamos aguardando o carro chegar, peguei um espelhinho, me arrumei toda, retoquei a maquiagem e de lá seguimos direto para a delegacia.

— Vai entrar? – eu perguntei já sabendo a resposta.

— Melhor não. – ela me respondeu, eu já imaginava.

— Já venho. – eu falei e saí do carro.

Fui em direção ao prédio e passei por todos que estavam ali. Eu já os conhecia e eles sabiam que quando eu estava ali, se tratava do Davi, por isso me cumprimentaram rindo e dizendo:

— Antonella, querida, o que veio fazer aqui nessa madrugada. – perguntou um dos rapazes. Leandro, um amigo em comum.

— Esganar o Davi, por acaso ele está aqui? – eu perguntei num tom doce.

— Sim, está na sala dele, quer que eu veja se ele pode te atender? – Leandro respondeu.

— Não mesmo, se você avisar eu esgano os dois, e você sabe disso, não? – eu praticamente gritei com ele.

— Calma, Antonella. – respondeu num tom de risada.

Saí de lá bufando e comecei a gritar chamando o Davi de filho da puta para baixo. Pedi até perdão para Deus nessa hora, por estar xingando a nossa mãe, que era uma santa por nos aguentar. Mas Davi ia pagar caro, ah, se ia.

Cheguei na sala dele gritando, abri a porta com tudo e reparei que ele tomou um belo de um susto, fazendo ele se sentar rápido.

— Antonella, o que você está fazendo aqui? – ele me perguntou. Sério mesmo que ele está me perguntando isso?

O Delegado (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora