Capítulo 13

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25 de março de 2016

Erick Pierce

Vejo o sangue vermelho escuro espalhado pelo chão, mas o corpo do suicida já não estava mais lá. Um perito guardava a caneta em um saco de evidência e entregava a detetive Turner.

- desgraçado. Quando se jogou sobre a mesa ele pegou a caneta e nem vimos.

- agora acabou, nós não temos mais nada, o cara morreu.

- na verdade não, senhor Pierce. Temos muito ainda, mas agora eu quero que se vá. Deixe o resto conosco. - fala já me empurrando para fora e me levando para o centro da delegacia onde minha esposa toma um copo de água e abraça o pai.

Assim que ela me vê vem me abraçar e a aperto como se pudesse a por sob minha pele para protegê-la do mundo e de tudo.

- vai ficar tudo bem. - sussurro.

- eu estou com medo. - confessa e todo o meu ser tem duas reações. A primeira é morrer de vontade de tirar esse sentimento e a segunda é enlouquecer e achar que pode parar uma bala por ela.

- Sra. Pierce. Posso falar com a senhorita? As sós. - pede a detetive Turner.

Beijo a cabeça da minha esposa a deixando ir. Ela olha sobre os ombros e entra na sala com a detetive.

David puxa um quadro para perto de nós e cola uma foto do suicida.

- policial Lindcey. - ele chama outra mulher que tem trabalhado conosco no caso. - quero que verifique cada passo do suspeito antes de ser preso, quero saber se ele tomou café em um lugar público, quero ver cada câmera de trânsito e de prédios próximos onde ele esteve, quero saber se alguém o visitou. Quero saber tudo sobre ele. Peça ajuda para o agente o FBI.

A mulher incrivelmente bonita, negra e alta concorda e sai para fazer o que ele pediu.

- agora sabemos que essa organização é pior do que pensávamos e toda a segurança vai ter que ser redobrada.

- como assim? - Simon pergunta confuso e preocupado.

Falar em segurança perto de Simon é a mesma coisa que jogar sangue em água cheia de tubarões.

David nos olha, um por um, e isso me causa frio na barriga. Que abismo imenso que estamos entrando.

- pelo que estamos vendo isso é como uma teia de aranha grande de mais e... - o homem para fitando o quadro.

- e? - minha mãe o impulsiona.

- estamos, a partir de hoje, aumentando a segurança de vocês e pedindo a você, Simon, que redobre a sua. Pelo que o suicida disse, matar vocês é uma missão.

Meu peito gela e meu ser treme. Não vou deixar nada acontecer com a minha família. Sim, os Montgomery são a mina família também.

- eu sugiro, senhor Montgomery, que mantenha todos perto até, pelo menos, a poeira abaixar.

Meu sogro está sério e passa a mão pelo cabelo. Isso deve ser muito mais pressão para ele, o pobre homem tem a cabeça em uma bandeja.

O detetive nos deixa e minha mente, a parte humana dela, me faz ir até Simon e por a mão sobre seu ombro.

- tudo vai dar certo, Simon.

Ele concorda e respira fundo.

- eu espero que sim. Se Aurora estivesse aqui, ela estaria mais sã do que eu.

Todos temos que concordar. E pensar que tudo só veio à tona por causa de sua morte. Talvez seja por isso que eles tenham a matado, cartas e poemas não passavam a mensagem. Aurora foi à música principal do show.

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