Capítulo 6

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20 de Novembro de 2018 (Um mês depois...)

A vida na comunidade Alfredo da Silva era cada vez mais difícil, um mês tinha passado desde o encontro com o Boss, líder dos Revolucionários, desde então o Boss apareceu duas vezes e fez colheita de metade dos mantimentos, suprimentos médicos e ainda arsenal, como era de esperar as coisas iam ficar complicadas e nesta terceira visita seria impossível dar o pretendido, portanto teria que se arranjar mais, então de manhã Pedro falou na tal ideia que Bernardo tinha falado há um mês atrás:

- Acho que agora é a altura perfeita. – Falou Pedro.

- Também eu, estava à espera disto. – Respondeu Amélio.

- Malta o sítio que vos falei fica encostado à escola onde nos encontrámos se quiserem podemos lá dar uma saltada hoje? – Perguntou Bernardo.

- Ok, vamos, mas de noite, agora precisamos de ajeitar as coisas e esperar um pouco, vamos juntar armas. – Respondeu Amélio.

Bernardo então dirigiu-se para o seu quarto onde estava Rita, ela já estava acordada, mas ainda estava deitada:

- Amor, estás acordada? – Perguntou Bernardo.

- Sim, querido. – Respondeu Rita, ainda sonolenta.

- Queria-te dizer uma coisa. – Falou Bernardo. – Hoje à noite, vou sair com o Pedro e o Amélio em busca de mantimentos, equipamento médico e arsenal a um antigo abrigo onde estive.

- Amor. – Suplicou Rita. – Porque te colocas sempre em perigo, deixa os outros tratarem disto, sabes que não gosto que vás.

- Eu sei, mas preciso de ir, sou o único que conheço onde tudo está e os planos de fuga caso fiquemos encurralados por aquelas coisas ou por humanos.

- Tá bem, mas volta por favor. – Rita levantou-se da cama e abraçou-se a Bernardo, estava com t-shirt e calça de fato de treino, o que indicava que já tinha estado levantada, já Bernardo estava com uma camisola azul de manga comprida onde se podia ler NEW YORK CITY e que fazia uma gola azul e estava de calças de ganga e de ténis. Os dois ficaram no quarto durante uma hora, entre beijos e carícias, Bernardo olhava para Rita e via uma oportunidade de um futuro, não poderia morrer agora seria mau de mais.

*

Pedro encaminhava-se do quarto dele, lá dentro estava Catarina, assim que Pedro chega, Catarina corre para ele e beija-o, ele retríbui, em seguida olha para ela e fica um bocadinho triste:

- O que se passa amor? – Pergunta Catarina preocupada.

- Bem, é que... eu sei que te vais chatear comigo, mas... eu, o Bernardo e o Amélio vamos a um abrigo abandonado buscar comida, equipamento médico e arsenal. – Respondeu Pedro, baixou a cabeça e quando voltou a olhar, notava-se um pequeno brilho nos olhos de Catarina.

- Por favor... não morras, sei que não te consigo impedir de ires, afinal és o líder e é bom que sejas um líder de campo, mas não morras, pelo nosso filho, por favor. – Disse Catarina, começando a chorar.

- Calma... Eu não vou morrer. – Respondeu Pedro calmamente e abraçando Catarina, uma lágrima também saia do seu olho.

De noite...

Amélio saiu do seu quarto e correu para a zona em que estava o arsenal, tirou a besta, uma Steyr AUG A1 e uma TEC-9 para usar, dirigiu-se para a zona de mantimentos e tirou duas barras de cereais. Bernardo na sala de arsenal tirou a M4A1 com silenciador e uma UZI, a sua UZI. Já Pedro, tirou uma GALIL e para pistola a M1911, tanto Pedro como Bernardo tiraram um pacote de batatas fritas e uma garrafa de água, em seguida partiram para os carros, Amélio já lá estava à espera deles. Dentro do carro, Bernardo ia atrás, Pedro ia a pendura e Amélio a conduzir, dentro do abrigo já todos sabiam da saída e portanto os homens da vigia do portão abriram-no e o carro partiu, Bernardo ia dando as direções e em menos de 10 minutos o carro já estava a ser estacionado há 10 metros da escola Padre Abílio Mendes, escola que ficava encostada aonde antes fora a comunidade Augusto Cabrita, ao chegarem à frente do portão da escola, Bernardo usou uma tesoura de agricultor que estava dentro do carro para partir o cadeado que mantinha a porta fechada, Pedro entrou na frente e Amélio no meio da fila, os três estavam sempre em modo alerta a cada passo que davam pela escola, os três pararam ao chegar ao fim da rampa que era a entrada da escola, Amélio tira uma lanterna da mochila que levava e liga-a, lá estavam vários corpos de mortos-vivos sem cabeça ou crânio:

THE WALKERS 2Onde histórias criam vida. Descubra agora