Uma Adolescente Muito Louca

Cap 42- Quase morta ( denovo).

Desci do carro e entrei na rua. Tava tudo escuro, a única coisa que iluminava a rua era uma pequena luz que vinha do fim da rua. Segui essa luz e cheguei até um carro que tava parado em frente a velha academia.
Via a sombra de um homem e cheguei mais perto. Quando percebi, o homem estava tentando arrastar a Anna que parecia estar desacordada pra dentro do carro.

Eu ajudo ou deixo ele levar? Se eu deixar ele levar não vou precisar me preocupar com ela tentando acabar com a minha vida.

Mas vai ter que se preocupar com a tia, a irmã e os amigos dela querendo acabar com sua vida.
É. Mas se eu ajudar ela vai continuar querendo ferrar com minha vida.
Olha pelo lado bom. Se você ajuda-la ela vai limpar seu quarto.
Mais fácil ela morrer e ressuscitar do que limpar meu quarto.
Mas se alguma coisa acontecer com ela você vai ficar com peso na consciência.
Não, não vou.
Pensa que você vai estar salvando uma vida.
Eu já salvei ela e oque eu ganhei com isso?
Um beijo.
De 5 segundos e depois ganhei uma marca roxa nas costas.
Ajuda a coitada. Ela tá sendo sequestrada!
Eu sei que vou me arrepender.

Fui até o cara que estava abrindo a porta do carro e fechei a porta no dedo dele.
XxxxX: AI!- Ele soltou o dedo e largou a Anna no chão.
João: Doeu? Que pena.- Dei um soco nele e ele cambaleou pra trás.
XxxxX: Oque você quer?- O cara veio atrás mim com a mão em sinal de defesa.
João: Deixa a mina.
XxxxX: Ela é minha irmã cara, ela passou mal e desmaiou.
João: Vem com essa pro meu lado.- O cara tentou chegar até ela mas eu o empurrei e ele caiu dentro dos matos. Peguei a Anna e a carreguei até o carro. Coloquei ela no banco de trás e fechei a porta. Quando me virei, fui surpreendido com um pedaço de galho que passou raspando pela minha cabeça.
João: Você mexeu com o cara errado!- Peguei o galho, mirei na cabeça do cara, joguei e acertei. Aquelas aulas de arco e flecha que eu fazia até que serviu pra alguma coisa. Peguei a mochila e o celular dela que tava no chão e entrei no carro.

Anna narrando

Acordei com a cabeça estourando. Levantei e tentei ver aonde eu estava, mas minha visão tava meio embaçada. Esfreguei os olhos e percebi que estava num carro. Puta merda! Aquele cara conseguiu me pegar!
Anna: PARA O CARRO! PARA ESSA MERDA SEU MANÍACO!- Pulei pro banco da frente e peguei no volante. Virei o volante com tudo e quase bati no carro da frente.
João: SOLTA CACETE! EU SEI DIRIGIR MAS NÃO FIZ CURSO COM NINGUÉM DOS VELOZES E FURIOSOS!- Soltei o volante e olhei pra quem estava dirigindo. Era o João.
Anna: Ops, foi mal.- Dei um sorriso falso e voltei pra trás. Ele tomou o rumo da estrada denovo.
João: Eu devia ter deixado ele te levar.
Anna: E por que não deixou?
João: Por que? Você queria ir com ele? Não faz mal, nois volta pra lá agora mesmo e eu te deixo lá.
Anna: NÃO! Não precisa.
João: Foi oque eu pensei.- Revirei os olhos.

Peguei a minha mochila e começei a procurar meu celular. Procurei no primeiro bolso e nada. No segundo e nada. Terceiro e nada. Quarto e nada. Quinto e nada. Procurei no sexto bolso com aquela esperança de que o celular esteja lá, mesmo sabendo que não estar.
Anna: MEU CELULAR! Volta para aquela rua agora! Não volto pra lugar nenhum sem meu celular e...
João: Para de dar xilique! Seu celular tá comigo doida.- Ele mostrou o celular.
Anna: Ufa, que susto. Da ela aqui.- Tentei pegar mas ele guardou no bolso.
João: Tá me achando com cara de troxa? Tudo tem um preço. Só devolvo quando meu quarto estiver brilhando.- Esse cara não desiste? Ele tem mais de 10 funcionários a sua disposição e ele não tem a capacidade de mandar pelo menos UM arrumar o quarto dele?
Anna: Nem vem!
João: Então pode dar adeus ao seu queridinho.- João abriu a janela do carro e colocou a mão pra fora segurando meu celular na mão. Não, ele não tem coragem de jogar meu celular... ou tem?
Anna: Não, nem pense.
João: Vai arrumar meu quarto?
Anna: Não!
João: Tem certeza?- ele deu um sorriso cínico e segurou meus celular só com dois dedos.
Anna: Tenho...
João: Última chance.- Ele segurou meu celular pela ponta.
Anna: Você não tem coragem...
João: Não? Dúvida?- Ele pegou o celular bem na ponta, quase deixando cair.
Anna: NÃÃÃOO! EU LIMPO!- Ele pegou meu celular e fechou o vidro.
João: Boa menina.- Ele jogou o celular pra mim e eu segurei o celular como se fosse meu filho.

De repente, um silêncio perturbador tomou conta do carro. Só dava pra ouvir os barulhos dos carros que estavam pensando.
Anna: Então... por que foi atrás de mim?
João: Então... quando que você vai parar de fazer perguntas?
Anna: Ui, Ok irritadinho.
João: Olha quem fala.- Revirei os olhos e fiquei olhando pra janela.

Chegando na mansão, assim que desci do carro ouvi gritos e coisas quebrando. Já até imagino o estado da casa. João estacionou o carro e entramos. Assim que coloquei o primeiro pé na casa, vi a terceira guerra mundial acontecendo.
Edu: MELISSA! NÃO MEXE AÍ!- Mel pegou uma taça de vidro e derrubou no chão.
Anna: Melissa Bettencourt!- Mel olhou pra mim como se tivesse visto um fantasma. Nossa, eu não sou perfeita, mas me chamar de fantasma com uma simples expressão já é demais. Mel desceu do armário e veio até mim de cabeça baixa.