Capítulo 113- Alta.

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Anna narrando

Anna: QUE SE FODA AS REGRAS! QUERO VER QUEM VAI ME IMPEDIR DE VER ELE! SE NÃO QUISER LEVAR VOADORA, SAI DA FRENTE QUE EU TÔ PASSANDO!- Grito e passo pela recepcionista, indo em direção a um dos corredores.
Recepcionista: Garota! Por favor! Pare!- A recepcionista e o Matt começam a me seguir.

Abro todas as portas pelo caminho, procurando o quarto do João.
Matt: Anna! Para com isso!- Matt pede, mas eu ignoro e continuo abrindo as portas dos quartos.

A recepcionista e o Matt tentam me alcançar, mas quando chegam perto, encontro o que eu estava procurando. Em um dos quartos, encontro o João, deitado em uma cama, com aquelas roupas estranhas de hospital, me olhando com um pequeno sorriso no rosto enquanto Ricardo, que está sentado em uma cadeira, me olha surpreso.
João: Olha quem decidiu vir me visitar.- João diz, ainda com aquele sorriso no rosto.

Matt e a recepcionista entram no quarto e param ao meu lado.
Recepcionista: Garota! Por favor! Ou você sai por bem, ou serei obrigada a chamar os seguranças!- A recepcionista ameaça.
Matt: Qual é? Falta menos de uma hora para dar o horário de visita. Qual é o problema de deixar o horário de visita começar um pouco mais cedo hoje?
Recepcionista: São as regras do...- A recepcionista começa, mas eu a corto.
Anna: Que se foda você e suas regras! Daqui eu não saio e daqui ninguém me tira!- Cruzo os braços.
Recepcionista: Então eu serei obrigada a chamar os seguranças.- A recepcionista anda em direção a porta, mas o Matt entra no caminho, bloqueando a passagem.
Matt: Se não quiser que esse hospital tenha os seus seguranças em coma, aconselho que nem ouse chama-los.- Matt ameaça e a recepcionista o olha assustada.
Ricardo: Deixem comigo. Eu resolvo isso.- Ricardo levanta da cadeira e sai do quarto, junto com a recepcionista.

Após alguns minutos, Ricardo volta sem a recepcionista.
Ricardo: Problema resolvido.
Anna: O que você fez?
Ricardo: 150 reais e tudo foi resolvido.- Ricardo diz e vai até a mesa, pegando sua carteira que estava em cima da mesma.
Ricardo: Eu vou sair pra comprar algo para comer, por que comida de hospital é horrível. Querem algo?
Matt: Eu aceito qualquer coisa que seja comestível.
Anna: Eu aceito o MC inteiro, mas se não for possível, só um hambúrguer e um guarana está bom.
João: Eu quero qualquer coisa que não seja daqui.
Ricardo: Ok. Volta daqui alguns minutos.- Ricardo diz e sai do quarto.

Matt e eu caminhamos lentamente até o João.
João: Todo esse escândalo para me ver?- João pergunta, com um sorriso no rosto.
Anna: Matt, você pode nos deixar a sós?
Matt: Que? Por que?- Matt pergunta, sem nem sair do lugar.
Anna: Vaza!- Ordeno e Matt sai do quarto sem dizer mais nenhuma palavra.

Me aproximo ainda mais do João, com um sorriso angelical no rosto, mas logo desfaço esse sorriso e começo a dar vários tapas no João, mas nada que o machuque.
Anna: SEU IDIOTA! POR QUE FEZ AQUILO?! NÃO ERA PRA VOCÊ TER FEITO AQUILO!
João: Aí! Nossa! Eu esperava pelo menos um obrigada.- Ele diz rindo e eu paro de bater nele.
Anna: Por que fez aquilo? Você não tinha que ter feito aquilo.- Tento me acalmar.
João: Eu prometi que te tiraria de lá viva, e eu sempre cumpro com as minhas promessas... tá, nem sempre, mas dessa vez eu cumpri.- Riu com o final.
Anna: Mas é sério. Não devia ter feito aquilo. Foi idiotice minha ir atrás do Jack. Você não tinha que ter arriscado a sua vida por minha culpa.- Digo, de cabeça baixa.
João: Ei! Olha pra mim.- Ele diz e segura a minha mão, que estava em cima da cama.
João: A culpa não foi sua!
Anna: Sim! Foi! Sempre é! Tipo quando você quase foi morto por que eu decidi ir atrás de um cara que roubou a minha bolsa e o meu skate! Ou quando você se arriscou pra ir me salvar por que eu decidi sair por aí sem rumo e agora você leva um tiro por que eu queria me vingar de um cara, mesmo sabendo que eu não teria chances!
João: Não Anna! Não é e nunca foi! Você nunca me obrigou a fazer essas coisas! Eu fiz por que eu quis!- Ele aperta um pouco a minha mão.
Anna: Mas..
João: Sem mas. Se eu te ouvir falando que a culpa é sua de novo, eu te devolvo pro Jack.
Anna: Em primeiro lugar, se fizer isso, te deixo em coma. Em segundo lugar, nem sei se ele está vivo.
João: Como assim?
Anna: Depois que você fez aquilo, eu fiquei um pouco irritada e dei uns dois tiros no Jack, literalmente. Um pegou na perna e o outro pegou no braço.
João: E você deixou ele lá? Sem nem sentir dó?
Anna: Sim e não. Pra que eu iria sentir dó? Ele não sentiu dó de mim quando ficou me batendo com aquele taco de baseball, por que eu sentiria dó dele?
João: Essa é a Anna que eu conheço.

Uma Adolescente Muito Louca Onde histórias criam vida. Descubra agora