Guess I'll put on my raincoat, my yellow raincoat , baby it's keeping me dry. I put on my raincoat, my yellow raincoat , you know exactly why
Blake Berry P.O.V
Aonde eu estava com a cabeça quando concordei com aquilo? Ele pode não ser desprezível mas continua sendo o mesmo idiota de sempre. E agora ele estava pilotando aquela – arma – sim, por que qualquer coisa que esteja em cima d’água é uma arma pra mim. A ilha já tinha ficado pra trás a muito tempo e eu não conseguia sair de perto dele por medo de algo acontecer, eu estava me sentindo desconfortável, eu fiquei dez anos tentando fugir de algo assim, não entendia por que tinha cedido tão facilmente. Talvez tenha sido sua cara de sofrido ou o sorrisinho que ele deu quando implorou, aposto que eu nunca pensei que ele me colocaria nas costas e me jogaria aqui dentro.
- Você enlouqueceu? – gritei histérica quando ele soltou o volante que controlava a lancha.
- Calma blackberry, você está muito estressada! – ele riu indo em direção a pequena escada que o levaria até o terraço.
- Justin você quer morrer? – eu segurei aquela coisa aos prantos, mas a lancha parecia não obedecer aos meus comandos, eu estava a beira das lágrimas – Eu não quero morrer porra!
Justin estava rindo, rindo muito.
- Não adianta ficar mexendo ai burrinha, está no piloto automático.
- IMBECIL, IDIOTA, DESGRAÇADO! – comecei a socar o peito dele mas era em vão, ele nem parecia sentir – VOCÊ QUASE ME MATOU DE SUSTO!
Ele tentava dizer alguma coisa mas só conseguia rir, rir muito, ele ria tanto que achei que estava prestes a rolar no chão.
Comecei a subir aquela escada de ferro completamente irritada, minha respiração ainda estava ofegante e meu coração a mil por hora. Me sentei em um sofá mais branco do que as nuvens do céu e abracei a mim mesma tentando me proteger do frio e do vento forte, tentando também fingir que eu não estava com medo das ondas e da correnteza forte.
Foi preciso mais de dez minutos para que Justin finalmente aparecesse, não que eu estivesse sentindo a sua falta mas eu já estava começando a ter alucinações por causa do vento, por causa de tudo.
- E ai medrozinha! – ele colocou uma bandeja de sanduíches e frutas em cima da pequena mesa que havia ali – Olha só, estão fresquinhas.
- Que bom Bieber! – tentei parecer o mais indiferente possível.
Ele riu torto e puxou suas calças ocupando o espaço vago ao meu lado.
- Me desculpe, eu deveria ter dito antes! – ele lambeu seu lábio inferior – Eu só queria que você superasse esse trauma.
- Dando a entender que eu estava prestes a morrer? – falei sarcástica revirando os olhos – Uau Bieber, quando devo te dar os parabéns?
- Dá pra parar de me chamar de Bieber?
- Dá pra parar de ser idiota?
Nós dois acabamos rindo, rindo muito.
- Eu acho que vou querer uma maçã! – disse ele pegando uma – É a minha fruta preferida, você devia saber disso.
- Por que mesmo?
- Por que eu sei que você adora banana! – ele riu sínico e colocou uma banana na minha mão ao mesmo tempo em que mordia a maçã.
- Isso foi uma piada? – soquei o ombro dele – Por que eu não vi graça nenhuma.
- Pelo visto eu adivinhei! – murmurou assim que eu mordi um pedaço.