Viajem

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   Nos encontramos no aeroporto eu e os 6 alunos do curso de Ciências Sociais o voo sairia em breve por sorte os quatro demais alunos já eram meus conhecidos do ano passado em que estudaram comigo, ao todo três moças e três rapazes Rafaela, Mônica, Jéssica e Alex, Maurício e Evandro.
   O dia estava ensolarado por volta das 09:00Am, mas o frio no aeroporto estava demais não reclamo do frio pois o inverno é minha estação favorita, mas neste dia o frio castigava os desavisados. Vimos algumas pessoas saindo do desembarque em mangas de camisa e seus rostos deixavam transparecer o desconforto e espanto com o frio daqui...
   Fomos até o embarque depois que a mãe de Rafaela terminou as recomendações da filha pra mim e deu um abraça demorado nela, os demais vieram sós o que já foi um alívio se a mãe de todos fosse tão protetora assim dificilmente conseguiríamos embarcar.
Já no avião todos acomodados, era só esperar a decolagem, senti uma leve dor de cabeça, coisa que não me era normal, pois não costumo ter este tipo de coisa.
   Minha poltrona ficou no meio entre Rafaela e Alex, o que não me deixou muito a vontade, Rafaela logo se adiantou em pedir desculpas pelo comportamento de sua mãe e eu a tranquilizei, também tenho mãe e sei como é...
   Ela continuou a puxar assunto:
   -Como acha que é lá professor?
   -Quente, é o que sei.
   -Não, professor quero saber o que acha, não o que sabe...
   -Como assim Rafaela?
   -Como acha que as pessoas são, como acha que são seu hábitos?
   -Bem imagino que somente mude o jeito de falar quanto aos hábitos devido ao calor devem ir dormir mais tarde usar roupas mais leves coisas do tipo e a propósito não precisa me chamar de professor aqui.
  -E como vou lhe chamar então?
  -Pode me chamar de Havengar ou Samuel como preferir.
  Neste momento Alex pergunta:
  -Eu também posso?
  -Sim Alex todos vocês, não precisamos de tanta formalidade aqui e qualquer um na feira que nos vir vai imaginar que sou o professor acompanhante de vocês!
  -Então Samuel – disse Rafaela – Eu imagino que vai ser legal conhecer novos lugares, pessoas e costumes não acha, também nunca foi a Campo Grande né?
  -Não Rafaela nunca fui, na verdade não gosto muito do calor, mas conhecer lugares e suas culturas é sempre muito interessante!
  -Eu já estive lá uma vez – disse Alex – o calor é muito maior do que qualquer verão aqui do Sul!
   Neste instante a aeromoça começou a nos dar as instruções sobre o voo e logo decolamos, ambos silenciaram e eu acabei por colocar os fones e apreciar o filme de bordo até cair no sono.
   Quando acordei ou melhor, quando Alex me acordou, já havíamos chegado.
   A dor de cabeça que eu tive na saída do aeroporto no Paraná acabou voltando e ao sairmos do avião a temperatura mudou drástica mente perto dos 30ºC o que quase me derrubou de vez.
   Fomos direto para o hotel e combinamos de jantar no restaurante do hotel mesmo, logo mais a noite, seria bom pra descansar da viajem não ter de sair do hotel logo no primeiro dia.
   Nos despedimos e fomos cada qual para o seu quarto, antes disso eu deixei claro que qualquer coisa que precisassem que viessem falar comigo ou me ligassem, não queria saber de surpresas.
   Já no meu quarto tomei um banho e fui me deitar pra ver se a dor de cabeça passava, mal deitei e recebi uma ligação do Reitor:
  -Pronto, pode falar Marcos...
  -Boa tarde pra você também Samuel!
  -Boa tarde...
  -Liguei pra saber como chegaram.
  -Chegamos todos vivos, como esperado.
  -Que bom, melhor assim, não vou tomar muito do seu tempo, precisa de alguma coisa? Algo que eu possa fazer?
  -Se puder me trazer um analgésico estou com dor de cabeça.
  -Deve ser o calor Sam, logo passa melhoras e até logo!
Até.
  Quando ele desligou, eu ainda fiquei alguns minutos olhando para o teto até adormecer e sonhar que estava trocando mensagem com Beatriz onde ela me falava que não queria mais falar comigo, acordei todo suado acho que devo ter tido uma febre ou algo assim, mas agora estava me sentindo melhor, não sei bem quanto tempo dormi, mas já era quase hora do jantar então tomei outro banho e me aprontei para sair ao restaurante.
   Assim que me aprontei Rafaela:
  -Samuel, vai demorar pra ir ao restaurante?
  -Não Rafaela, já estou quase indo – sabia que era ela pois salvei o numero de todos no celular- por que?
  -Eu e as meninas não sabemos ao certo onde é...
  -Me esperem na entrada do hotel e vamos juntos eu já me informei de tudo.
  -Já estamos aqui!
  -Já estou descendo então! Até logo.
  -Até logo, ficamos esperando!

Um Acaso, Uma Paixão...Um Amor!Onde histórias criam vida. Descubra agora