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Sejam bem-vindos!
Boa leitura!  ♥

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"A vida não é nada mais que uma passagem curta e sombria;e a cada dia que ganhamos, é um sonho que perdemos"
Bruna Marllye

Você,caro leitor,deve estar se perguntando como uma garota como eu,possa ter se tornado uma pessoa tô cheia de amargura,rancor e ódio. Bem,eu te respondo com uma pergunta :O que você era uma decepção atrás?Uma pessoa feliz?Cheia de esperança? Eu era assim.Mas como eu disse,isso foi a uma decepção atrás. Isso foi antes do universo olhar para mim e dizer "Ela não conseguirá carregar tanta felicidade assim.Vou dar a ela um motivo para ter ódio". E foi isso que ele fez,me deu inúmeros motivos para ter ódio,rancor,desesperança de tudo e todos a minha volta...
Neste fatídico momento,é isso que transborda em meu coração,e infelizmente, eu consigo suportar.

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MESES ATRÁS

-Mãe,terminei as malas!Vamos!!-Gritei para dona Karla enquanto descia as escadas com duas bagagens.

-Já vou! -Ela gritou de volta.

Terminei de descer os degraus e me sentei no sofá para esperar minha mãe terminar o que quer que estava fazendo na cozinha.
Nada iria me irritar hoje, pois minha felicidade era tanta, que mal cabia em meu peito.
Finalmente,depois de tanto esforço, eu tinha conseguido uma bolsa para estudar em uma faculdade no exterior,e hoje seria o dia de minha partida para lá.
As vezes,eu me pego pensando,que fazendo isso,estarei abandonando minha família,mas logo tiro isso da cabeça.
Minha mãe sempre me diz "Para conseguir algo,são necessários sacrifícios" e eu já fiz muitos...
Deixei minhas amigas,meu amigo,minha família...
Eu torço e espero,que no final, todos estes sacrifícios tenham valido a pena.

-Filha?-Sou arrancada de meua pensamentos com a voz de meu pai,que vem descendo as escadas com certa dificuldade.

-Oi pai?-Respondo-o, indo ao seu encontro,ajudando ele a descer os últimos degraus e abraçando-o.

-Está muito ansiosa?-Ele pergunta com um tom de brincadeira.

-Sim,pai!!Muito!Você não faz idéia do quanto!! -Eu falo com tamanho entusiasmo.

-Deu pra perceber,querida.-Ele responde e ri.

Eu o acompanho, rindo também,mas logo ele para e tosse.

-Tenho tanto orgulho de você...-Ele fala baixo me olhando com um brilho nos olhos.

-Obrigada,papai...-Respondo-o sorrindo.

O estado de saúde dele não é um dos melhores,e eu estou preocupada com isso.

-Tem certeza que vai ficar bem, pai?-Pergunto com certa preocupação.

-Você sabe que sim,Bru.-Ele me responde e se dirige ao sofá.

Eu o sigo e sento no sofá junto com ele.

-Mas papai...Eu me preocupo com o senhor...Se quiser,eu posso até cancelar tudo isso e fazer a faculdade aqui mesmo.E se o senhor precisar da minha ajuda?E eu não estiver aqui?E se...-Ele me interrompe.

-Bruna,nós ja conversamos sobre isso. Não precisa se preocupar comigo.Eu ainda tenho sua mãe e sua irmã. Você tem que ir construir sua vida!-Ele faz uma pausa para respirar- não precisa ficar para sempre cuidando de um velho gagá!-Ele fala e depois ri um pouco.

-Tudo bem...-digo sem muita convicção.

-Me prometa que vai tentar aproveitar ao máximo sua vida.Prometa que não vai pensar só nas outras pessoas.-Ele me pede.

-BRUNA!VAMOS!-Minha mãe grita já do carro.

-JA TÔ INDO!-Grito de volta.

-Eu prometo papai.-Eu faço mais uma tola promessa que sei que não vou cumprir.-Mas me prometa também,que aconteça o que acontecer,irá me ligar e avisar. -Eu peço a ele.

-Eu prometo-Outra promessa jogada fora.

-Obrigada,pai.Por tudo...-digo,dando um abraço nele.

-Eu que tenho que agradecer,meu amor.-Ele diz e me da um beijo gentil na testa.

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No carro,eu, mamãe e Brenda vamos cantando alegremente até chegar ao aeroporto.

(...)

Quando chegamos, faço todo o procedimento que é preciso e vou para junto de minha mãe e de minha irmã.
Faltavam apenas dez minutos para o meu vôo.

Dou um abraço em minha mãe,que está quase chorando,mas está com um sorriso orgulhoso no rosto.Fico feliz com isso.
Dou um abraço também em minha irmã caçula.

-O bem pode se transformar em mau?- Pergunta Brenda de repente.

-Eu não sei minha flor... Talvez sim. -Respondo-a gentilmente.

-Não quero que se transforme em algo mau-Ela diz,já a beira do choro,com os olhinhos verdes cheios d'agua.

-Eu não vou meu amor...Prometo. -Eu disse,deixando uma pequena lágrima cair e dando um último abraço em minha irmãzinha.

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Já no avião,fiquei pesando no que Brenda falou.
Como uma criança de apenas oito anos pode falar algo assim?
Eu não sabia...
Mas hoje eu sei...Deveria ter escutado ela.
Não era um pedido.
Muito menos uma súplica.
Era um aviso.

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Leu até aqui??!Eita, você já merece meu respeito,pessoinha!♥ Não se esqueça de votar e comentar sua opinião! Isso é importante para a construção da história!
Chauzin

Completamente Aprisionada Onde histórias criam vida. Descubra agora