Capitulo Bônus:Trabalho individual.

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Duas semanas atrás...

Lorrayne

Fazem exatamente trinta minutos que estou sentada nessa cadeira completamente dura,numa recepção totalmente destruída e podre,acompanhada apenas por uma mulher de cabelo vermelho com um olhar de tédio me encarando débilmente

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Fazem exatamente trinta minutos que estou sentada nessa cadeira completamente dura,numa recepção totalmente destruída e podre,acompanhada apenas por uma mulher de cabelo vermelho com um olhar de tédio me encarando débilmente.

-Ei garota.-Um cara mal-humorado e careca me chama de uma porta branca com acesso para dentro do escritório. -É a sua vez.-Ele anuncia.

Apenas aceno concordando e levanto-me indo até o local indicado.

Entro no cômodo igualmente destruído e ultrapassado, com uma seriedade que não era minha no rosto e logo vejo,sentado na cadeira enferrujada em frente à mesa acabada,Breno.

-Ainda bem que veio.-Ele diz com ainda mais seriedade que eu e aponta para a cadeira,me convidando para sentar.-Presumo que já saiba o que eu quero.

-Sim.-Respondo no mesmo tom que o homem à minha frente. -E a resposta é não.

-Lorrayne, você sabe o que posso fazer,não sabe?-O mesmo pergunta retoricamente com um tom ameaçador.

-O que?Me matar?É a única coisa que me restou depois que você acabou com a minha família,não é?-Manifesto um pouco da minha raiva. -A porcaria da minha vida.

-Você sabe que aquilo nunca foi minha intenção. -Breno profere cínico, aumentando ainda mais minha indignação. -Foram apenas negócios.

-Que seja.-Declaro pondo fim ao assunto antes que eu começasse a derramar lágrimas inúteis.-O que você quer,aliás?

-Quero um pequeno favor...

-Pra você nunca é favor.Ou a pessoa faz,ou é morta...-O interrompo com indiferença.

Ele faz pouco caso:-Preciso que vigie uma pessoa para mim.

-Não.-Exprimo e vou me levantando da cadeira.

-Você pode trabalhar conosco...-Mesmo de costas para ele,consigo imaginar sua expressão de falsa inocência. -Não era o seu sonho?

-Nunca foi.-Falo rude e em tom seco.-Não trabalho com quem mata pessoas inocentes.Incluindo meus pais.

-Aquilo ficou no passado,meu amor...-O tom sarcástico sobressai o normal.-Não pode se prender àquelas correntes.

-E trabalhar com você seria o que?Viver no mundo encantado dos ursinhos bilu?!?!-Rebato com ironia e raiva ao mesmo tempo.Me viro para olhá-lo nos olhos.

-Não.-O causador da minha raiva momentânea diz sério.-Eu preciso de você e você o mesmo de mim.Não faça birra...Nós dois sabemos que você é frágil.-Ele explica calmamente e me mede de cima a baixa. -Afinal,você é uma mulher...-Finaliza e eu explodo.

-Então quer dizer que além de idiota,homofóbico,homicida, preconceituoso e dono de comércio ilegal de pessoas,você é machista?!-Praticamente grito, arrancando uma expressão de falsa surpresa dele.-Olha aqui...-Começo a falar baixo e vou me aproximando da mesa,pondo as mãos em cima dela-Eu trabalho sozinha.Nada que saia dessa sua boca nojenta vai me fazer mudar de idéia.-Chego bem próxima ao rosto dele e sussuro firme:-Foi de tanto meus pais confiarem em você, que acabaram enterrados em um caixão e estão apodrecendo lá até hoje.-Percebo que Breno ficou sem palavras momentaneamente e aproveito isso para sair daquele local.

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