JOÃO.
Já são oito meses desde de que tivemos de deixar o sítio. Rodando de um canto para o outro a procura de um lugar seguro. A munição é escassa, mas nem todos nós precisamos nos preocupar com isso mais. Em uma de nossas paradas há quatro meses Bruna encontrou uma Katana e estava se dando bem com a lâmina.
João: Viu o Isaac? – parei a frente de minha mãe, que estava concentrada em abrir uns enlatados.
Luciane: Foi checar as armadilhas. – respondeu sem desviar o foco da lata em sua mão.
Felipe: O tempo passou rápido. – comenta encostado ao carro.
Nataly: Sinto saudades do sítio.
Eduardo: Não deveria. Tudo acabou.
Cesar: E estamos bem agora. Vamos continuar assim.
João: Não vai demorar muito até acharmos um lugar seguro. – falei ao passar por eles.
E de repente o arbusto começou a se chacoalhar. Saquei a Magnum e me aproximei da vegetação em passos lentos e calculados.
João: Fiquem ai atrás. – sinalizei para os outros.
Bruna: Só falta ser uma daquelas coisas. – se aproximou portando sua espada.
O arbusto mexeu novamente e ergui a Magnum, mas baixei em seguida quando a única coisa que saiu dele foi um ser humano com um abesta nas mãos.
Isaac: Porcaria de arbusto. – praguejou.
Lucio: É você, filho. – guardou sua arma.
Isaac: Quem mais seria? – encarou o pai com um olhar divertido.
João: Tudo bem? – perguntei.
Isaac: Sim. – afirmou. – Aí, vamos dar uma volta. Enquanto os outros lavam roupa, a gente caça. E tem uma coisa que quero te mostrar.
João: Vamos.
Segui Isaac floresta a dentro. Nesses meses aqui fora sua pontaria com a besta melhorou incrivelmente e aprendemos a caçar com Felipe.
Isaac: Tomara que um servo cruze nosso caminho.
João: Vamos achar um. – falei confiante e pulei um galho.
Parei nosso deslocamento no meio da floresta ao avistar cercas atrás das folhas de árvores.
João: Ei! – chamei Isaac. Ele voltou até mim. – Tem uma cerca do outro lado.
Isaac: Era isso que eu queria você visse. – avançou pela lacuna entre os troncos. – Olha que desperdício. -
O segui e atravessamos a vegetação; O que meu primo se referia ser "um desperdício", é na verdade um colégio. O pátio da unidade está tomado por mortos.
João: Vamos buscar os outros. – falei analisando a estrutura do local. – Podemos limpar esse lugar!
(...)
Parei em frente a cerca. Os demais analisavam o colégio com certo receio devido aos zumbis.
Lucio: Acha uma boa ideia?
João: Por que não? – dei os ombros. – A gente faz um buraco na cerca, entra, toma o campo e depois o pátio.
Bruna: Tem umas duas dúzias. – falou apos a contagem.
João: Você, Isaac e eu vamos entrar e limpar o campo. O resto fica aqui e os golpeia atrás da cerca. Se muitos entrarem vamos acabar espalhando eles e será mais complicado.
Bruna e Isaac concordaram. Fizemos um buraco na cerca e o atravessamos para o interior do enorme campo. Imediatamente os zumbis notaram nossa ilustre presença.
Bruna: Vai ser moleza! – disse deslizando sua espada no pescoço de dois mortos em sequência.
João: Fiquem perto! – alertei acertando um no meio da caixa crâniana com o machado.
Isaac: Certo. – apunhalou um com a faca e disparou uma flecha em outro.
(...)
Antes que pudessemos nos dar conta, o campo estava limpo. Os corpos estavam espalhados, tinha alguns perto da cerca também, abatidos pelo pessoal que ficou de fora. A noite chegou e fizemos uma fogueira no centro.
João: Já foi um começo. – olhei para os corpos empilhados perto da cerca.
Bruna: Deu pra cansar.
Luciane: Esse tempo que passamos lá fora foi cansativo.
João: Sei que estão cansados, mas temos que forçar um pouco mais. Isso vai ser como uma semente. Plantamos agora e no futuro colheremos.
Lucio: Qual o plano agora?
João: Amanhã vamos limpar o pátio e vê o que tem lá dentro. – dei uma rápida olhada na estrutura. – Isso não era um colégio normal. Parece ser um internato.
Eduardo: Moleques que enchiam o saco dos papais e vieram parar aqui? Triste fim, né? – riu.
Ignorei o senso de humor inconveniente de Eduardo e levantei do meio da rodinha em volta da fogueira. Me desloquei até Bruna, que estava distante de nós, vigiando o portão que daria no pátio. Meia duzia de mortos se aglomerava nas grades rosnando para nós.
Bruna: Está sendo um bom líder. – comentou. – Superou as expectativas que criou ao se autodeclarar como tal.
João: Pois é. – ergui o olhar para o céu estrelado. – Todos nós evoluímos.
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Hello !!
Primeiro capítulo da terceira temporada publicado, já estava com saudades de escrever :-) não se esqueçam de votar, é muito importante!
Capa feita pela cocainaaron obrigado!
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Zumbis: O Começo do Fim (Rascunho)
HorrorUm acidente de carro muda para sempre a vida de um jovem, que ao acordar do coma, encontra o mundo dominado por zumbis. A nova realidade prova que o mundo pode se superar em crueldade, mesmo após o fim, e os sobreviventes terão que romper todos os...