T5 C4: Prontos.

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JONES.

Já passa de duas da manhã. Faltam apenas cinco minutos para a troca de turno na vigia, que ocorre pontualmente as 2h30.

Sem tempo a perder, fui ao balcão e peguei uma M4, pistola e garrafa de água. Dylan adentrou o mercado com sua Sniper nas costas e eu saí discretamente.

Entrei em um dos carros estacionados nas vagas em frente ao mercado e introduzi a chave na ignição. Dei uma última olhada para o mercado e antes que o próximo responsável pela vigia desse as caras, saí com o carro.

(...)

Parei o carro após ver outros dois mais a frente, bloqueando a estrada. Me estiquei até o banco traseiro e peguei o fuzil desembarcando em seguida.

As palhetas do para-brisas dos carros estão levantadas, cada uma com uma cabeça. Obra das mesmas pessoas que pegaram Felipe, provavelmente.

Quando me viraria para voltar ao carro senti uma pancada forte na nuca e cai de joelhos. Ergui o olhar para visualizar o agressor: alto, pele escura, careca e trajado com roupas rasgadas.

– Se mover um músculo essa lança atravessará seu peito. - falou com a ponta da arma branca próxima ao meu peito.

Jones: Tudo bem. Calma.

– Quem é você?

Jones: Apenas um sobrevivente. Estava passando.

– A maioria dos sobreviventes que encontrei não portavam armas, ainda mais desse tipo. - apontou com a cabeça para a M4 no chão.

Jones: Hoje em dia as armas são necessárias para garantir nossa sobrevivência, mas não sou muito bom com elas.

– O que faz por aqui?

Jones: O que isso significa? - apontei para as cabeças no carro.

– Apenas um aviso para algumas pessoas.

Jones: Posso me levantar?

O homem assentiu, mas continou me apontando sua lança. Levantei do chão lentamente e dois zumbis apareceram atrás do homem. Ele se virou para vê-los.

Jones: Será que você poderia matá-los?

– Se correr, eu te pego. - disse num tom claramente ameaçador.

Ele virou-se completamente e caminhou até os zumbis. Cravou a lança na cabeça de um que caiu morto.

Puxei minha faca do e comecei a me aproximar em modo furtivo. Quando me preparei para atacar, ele virou na minha direção e esticou a ponta de sua lança até meu abdômen, mas recuei e contra-ataquei num golpe honrizontal com a faca em sua garganta. 

O sangue começou a esguichar e ele caiu com os joelhos no chão. Passei por ele e dei cabo do outro morto-vivo.

Jones: Vocês vão cair. - falei ao passar pelo sujeito agonizando no asfalto.

(...)

GEORGE.

Meu quarto - apenas um pequeno cômodo com um colchão - foi o lugar que escolhi para pôr as ideias em ordem. Com tudo claro em minha mente, peguei o rádio e aproximei-me da janela.

George: Alguém na escuta? - soltei o botão a espera de uma resposta.

Jones: Sim. É o Jones.

George: Jones? - questionei por não lembrar dele apenas pelo nome.

Jones: Sim, o cara que te deu o rádio lá no mercado. Conseguiu as informações? Estou a uns cem metros do museu.

Zumbis: O Começo do Fim (Rascunho)Onde histórias criam vida. Descubra agora