Bruna: Onde será que essa trilha termina?
João: Não sei, mas com certeza aquele carro foi pra lá.
Fim da trilha a 150 metros, dizia a placa pela qual passamos. Freei o carro pouco depois.
João: Vamos a pé agora. Não sabemos quem ou que nos espera.
Bruna: Certo.
YAGO.
Certamente o ruído que escutamos perto do mercado foi um tiro e isso significa que tem pessoas por perto e nos obriga a ter de redobrar o cuidado com a segurança.
Yago: Quem será que disparou aquele tiro?
Luciane: Tiro? – indagou preocupada.
Yago: Sim, ouvimos um tiro quando estávamos no mercado.
Isaac: Seja lá quem tenha sido, estava em perigo ou sei lá. Ninguém iria desperdiçar uma bala em um único zumbi.
Yago: Faz sentido, mas isso não importa. Estamos seguros aqui.
Lucio: Por ora, sim. – voltou o olhar para o primo. – Jorge, a van está pronta para sairmos daqui?
Jorge: Quase. – informou com as mãos sujas de graxa.
JOÃO.
Espero que não estejamos caminhando em direção a uma encrenca. Com aquele zumbi na mercearia, já matei três, apesar de ainda não me sentir preparado. Se encontrarmos pessoas ruins, teremos que fazer o necessário para sobreviver, mesmo que não estejamos prontos.
Bruna: Não acha melhor esconder as armas? – olhou para a bolsa em meu ombro.
João: Por um lado, sim. Por outro, não. Talvez precisemos delas.
Fim da trilha a 40 metros, informava a segunda placa no trajeto no terreno ingrime.
João: Vamos usar a floresta como camuflagem agora.
Bruna assentiu já me seguindo mata a dentro. Empunhei a Magnum e certamento isso soou como um sinal pra Bruna, que logo em seguida sacou a 9mm que carrega desde que deixamos a casa.
Começamos a nos aproximar lentamente do final da trilha. Havia um terreno a frente, livre de árvores e com barracas montadas. Escutamos as vozes.
João: Também está ouvindo? – sussurrei.
Bruna: Sim. – respondeu no mesmo tom.
João: Vamos! – aumentei o ritmo dos passos.
De longe, avistamos algumas pessoas de costas. Obviamente, elas não notaram nossa presença até que resolvi me pronunciar.
João: Olá. Estamos procurando aju...
Minha boca que havia se aberto para formular a frase permaneceu nesse estado quando todos eles viraram na nossa direção.
Mãe?
Foi automático. Larguei a bolsa de armas e a mochila que carregava para trás e corri em sua direção. Seus braços me envolveram num abraço forte e logo senti suas primeiras lágrimas molharem meu ombro esquerdo. Com o queixo encostado ao dela e depois de abrir os olhos, fitei os demais.
Yago, Isaac, meu tio, Maria e Jorge, todos eles estavam ali.
Luciane: Meu Deus! – ela louvou assim que nos separamos do abraço. Suas mãos estavam no meu rosto. – É você mesmo?
João: Sou eu, mãe. – sorri. – Eu voltei.
Yago: Uau – meu irmão se pronunciou. Parecia estar tão surpreso quanto nossa mãe. – Como?
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Zumbis: O Começo do Fim (Rascunho)
HorrorUm acidente de carro muda para sempre a vida de um jovem, que ao acordar do coma, encontra o mundo dominado por zumbis. A nova realidade prova que o mundo pode se superar em crueldade, mesmo após o fim, e os sobreviventes terão que romper todos os...