T1 C4: Reencontro.

2.4K 280 64
                                    

Bruna: Onde será que essa trilha termina?

João: Não sei, mas com certeza aquele carro foi pra lá.

Fim da trilha a 150 metros, dizia a placa pela qual passamos. Freei o carro pouco depois.

João: Vamos a pé agora. Não sabemos quem ou  que nos espera.

Bruna: Certo. 

YAGO.

Certamente o ruído que escutamos perto do mercado foi um tiro e isso significa que tem pessoas por perto e nos obriga a ter de redobrar o cuidado com a segurança.

Yago: Quem será que disparou aquele tiro?

Luciane: Tiro? – indagou preocupada.

Yago: Sim, ouvimos um tiro quando estávamos no mercado.

Isaac: Seja lá quem tenha sido, estava em perigo ou sei lá. Ninguém iria desperdiçar uma bala em um único zumbi.

Yago: Faz sentido, mas isso não importa. Estamos seguros aqui.

Lucio: Por ora, sim. – voltou o olhar para o primo. – Jorge, a van está pronta para sairmos daqui?

Jorge: Quase. – informou com as mãos sujas de graxa.

JOÃO.

Espero que não estejamos caminhando em direção a uma encrenca. Com aquele zumbi na mercearia, já matei três, apesar de ainda não me sentir preparado. Se encontrarmos pessoas ruins, teremos que fazer o necessário para sobreviver, mesmo que não estejamos prontos.

Bruna: Não acha melhor esconder as armas? – olhou para a bolsa em meu ombro.

João: Por um lado, sim. Por outro, não. Talvez precisemos delas.

Fim da trilha a 40 metros, informava a segunda placa no trajeto no terreno ingrime.

João: Vamos usar a floresta como camuflagem agora. 

Bruna assentiu já me seguindo mata a dentro. Empunhei a Magnum e certamento isso soou como um sinal pra Bruna, que logo em seguida sacou a 9mm que carrega desde que deixamos a casa.

Começamos a nos aproximar lentamente do final da trilha. Havia um terreno a frente, livre de árvores e com barracas montadas. Escutamos as vozes.

João: Também está  ouvindo? – sussurrei. 

Bruna: Sim. – respondeu no mesmo tom.

João: Vamos! – aumentei o ritmo dos passos.

De longe, avistamos algumas pessoas de costas. Obviamente, elas não notaram nossa presença até que resolvi me pronunciar.

João: Olá. Estamos procurando aju...

Minha boca que havia se aberto para formular a frase permaneceu nesse estado quando todos eles viraram na nossa direção. 

Mãe?

Foi automático. Larguei a bolsa de armas e a mochila que carregava para trás e corri em sua direção. Seus braços me envolveram num abraço forte e logo senti suas primeiras lágrimas molharem meu ombro esquerdo. Com o queixo encostado ao dela e depois de abrir os olhos, fitei os demais. 

Yago, Isaac, meu tio, Maria e Jorge, todos eles estavam ali. 

Luciane: Meu Deus! – ela louvou assim que nos separamos do abraço. Suas mãos estavam no meu rosto. – É você mesmo?

João: Sou eu, mãe. – sorri. – Eu voltei. 

Yago: Uau – meu irmão se pronunciou. Parecia estar tão surpreso quanto nossa mãe. – Como?

Zumbis: O Começo do Fim (Rascunho)Onde histórias criam vida. Descubra agora