O Sonho Dela

110 5 0
                                    

-Tu tens de relaxar. Desde que foste transferida para este departamento e para esta cidade que eu nunca te vi a tirar um único dia de folga. – Resmungava ela. Estavam as duas sentadas a desfrutar da pausa com dois donuts cheios de creme e com um dois belos cafés quentes. – Há quanto tempo é que não vais dar um passeio com o teu rapaz interessante? Tu alguma vez viste com olhos de ver esta cidade?

-Eu trabalho nesta cidade claro que já a vi! – Resmungou ela enquanto limpava a sua boca. Amachucou o papel e encestou no caixote do lixo mais próximo. Riu-se e em pouco tempo a sua amiga bufou.

-Tu percebeste o que eu quis dizer. – Ela disse depois de beber o seu café na totalidade. – Acho que tu devias tirar umas férias e levar o teu príncipe contigo. Se bem que tu deves ser o homem da casa.

-Para tua informação o meu homem é bastante macho, ele toma mesmo conta de mim. Tu sabes isso Hillary. – Hillary suspirou e assentiu. – Mas mesmo assim, eu bem queria que o meu homem fosse passear comigo pelas ruas de Paris.

Hillary encolheu os ombros e quando apareceu o seu parceiro os dois entraram dentro do gabinete do chefe.

Enquanto isso ela, serviu-se de mais café e só depois voltou a estar focada no seu trabalho. Suspirou quando voltou a ler os relatórios. Aquilo não batia certo.

Nada batia certo. Os seus instintos diziam para não seguir as provas que estavam mesmo à mão e fazer o que lhe ia na mente.

As provas querem dizer alguma coisa, só ainda não percebi o quê, pensou ela quando deu um trago no seu café já morno. Acabou por o beber de uma vez e fazer vários rascunhos do que podiam ser realmente para terminar aquele caso.

-Anabeth. – Hillary chamou-a, ela olhou para amiga que se apressava a pegar na sua arma e nos seus pertences. – O chefe quer falar contigo.

Anabeth saiu da sua secretária e bateu à porta do escritório do seu chefe. Assim que lhe foi permitida a entrada o seu coração começou a bater mais depressa.

-Queres falar comigo? – O homem alto estava agora de costas a olhar para fora das grandes janelas do seu escritório, enquanto fumava um belo de um cigarro Camel. – Sobre o caso que tenho em mãos, eu estou a tratar dele. Achei que aquelas provas e aquelas pistas não eram as verdadeiras, estou a tentar descodificá-las.

-Não te chamei que era para falar sobre trabalho Anabeth. – Ela sentou na cadeira e ele apagou o cigarro. Deu meia volta e ela pôde ver os seus olhos intensos cor de avelã. – Ana quero que tu coloques uns dias. Tiramos tu e eu. Tu precisas de espairecer.

-Mas então e o caso? Eu não o posso deixar assim sem mais nem menos Bill.- Levantou-se e colocou-se em frente dele. E ajeitou instantaneamente a gravata dele. – Além de que eu não preciso de tirar uns dias. Enquanto eu estiver aqui, eu posso ver-te sempre.

-Ana... - Bill ameaçou e ela revirou os olhos. Ela acabou por roubar um cigarro do maço do namorado. – Vamos tirar os dois alguns dias e não se fala mais nisso. Coloquei neste preciso momento a Hillary e o parceiro dela a par do teu caso. Vão comandá-lo até voltarmos.

Anabeth arregalou os olhos e logo sentiu uma pontada de fúria. – Tu sabes que eu odeio quando fazes isso... - Revirou os olhos e começou a caminhar para fora do escritório dele. – Falamos mais logo sobre isto.

Quando ia agarrar a maçaneta da porta, Bill apareceu atrás de si e abraçou-a. Beijou-a no pescoço. – Desculpa, mas não aguento ver os teus pesadelos, as tuas noites ser dormir por causa de um caso que não esteja resolvido. Além de que tu trabalhas cá há não sei quanto tempo e não reconheces Paris como a cidade do amor, porque estás sempre a trabalhar.

One-ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora