Their Story

137 4 0
                                    

Estava fechada no seu "palácio" sem nada para fazer se não escrever, devido à inspiração. Não era para mais, ela era uma escritora.

Em casa era tudo mais calmo. Ouvia música para se concentrar no que fazia, colocava chá preto ao lado do computador e sentava-se na secretária desarrumada, cheia de folhas de papel com rabiscos.

A casa era só dela o que lhe dava bastante gosto por ter as coisas como ela queria. Raramente abria as portas a quem quer que fosse, os seus 4 amigos estavam em digressão pelo mundo devido ao novo álbum que haviam lançado no final do ano anterior.

Suspirou ao relembrar-se deles, dele naquele caso. Sentia falta dele.

Mandavam sempre algo para ela de todos os lugares onde iam na tour, nos programas, nas entrevistas. Sempre que ela não podia ir com eles.

Vendo que as saudades a atraiçoavam a mente, Addie, levantou-se da mesa e pegou no seu chá. Pegou no maço de tabaco e sentou-se no sofá a ver um pouco de televisão tentando abstrair-se dos seus pensamentos.

O facto de ter saudades deles os 4, remetiam logo apenas para ele e era realmente frustrante estar sempre a pensar nele. Sentia-se doente sempre que se lembrava de quanto o amava. A febre subia automaticamente...

Apagou o cigarro que quase não havia sido tocado e bebeu o seu chá, agora morno. Fechou os olhos por breves momentos tentando relaxar a mente assim como a alma.

O telemóvel proibiu-a automaticamente de o fazer, quando apitou. Abriu os olhos e esticou-se até à mesa de centro onde ele habitava. Addie sentia-se nervosa sempre que o telemóvel vibrava porque sabia que era de um deles, principalmente dele.

Remetente: Gustav Schäfer

Mensagem: Já temos saudades tuas, principalmente eu. Beijinhos. Está tudo bem? Nem tens falado muito connosco...

Addie ao ler a mensagem pegou na almofada que estava perto de si gritou para ela com toda a força que tinha. Ele mandava-lhe sempre uma mensagem a dizer que tinha saudades dela e isso deixava-a bastante fragilizada.

Guardou o telemóvel no bolso e vestiu o casaco. Colocou o computador na pasta, assim como as folhas que o rodeavam, pegou nas chaves de casa e saiu rapidamente do seu apartamento. A sua casa era um santuário de saudades de Gustav....

Entrou dentro do café perto do seu apartamento e sentou-se no canto onde estava menos gente, pegou no ficheiro e continuou a trabalhar, como se o café não estivesse atulhado de gente.

"-Não achas que é demasiado tempo? – Perguntou Grace a Joseph... - Sinto-me desamparada sem ti, Gustav..."

Ao ler de novo a frase, Addie apagou de imediato o nome dele e colocou o da personagem. Abanou a cabeça e fechou os olhos. – Vais querer alguma coisa, Addie? – Um amigo seu que trabalhava lá, acabava de perguntar. – Estás cá com uma cara, não me digas que é por causa dele?

-Oh, ando com uns problemas com o livro mas nada que não passe... - Addie suspirou e sorriu para ele. – Olha, vou querer um Cappuccino.

-Tu e os Cappuccinos. – O rapaz disse afastando-se rapidamente. Addie voltou ao seu trabalho escrevendo um capítulo inteiro sem se aperceber que o seu amigo havia entregado o Cappuccino há mais de 1 hora.

Apenas se desconcentrou quando o telemóvel voltou a tocar freneticamente e foi aí que ela compreendeu que já estava a anoitecer.

Pegou no Cappuccino já frio e bebeu-o todo. – Sim? Fala Addie.

One-ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora