I am Glad you came

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Mantinha-se a treinar todos os dias devido ao seu recital que teria de fazer dentro de em breve e naquele momento estava mais que nervosa por compreender que o dia estava à porta, era já no dia seguinte.

Poderia sentir-se melhor se ele estive ao seu lado, mas devido ao trabalho fora-lhe impedido ver o espetáculo que ela iria fazer.

As portas do estúdio onde estava há horas; iriam fechar e ela já não aguentava estar de pontas. Precisava de descansar para ter uma boa prestação no dia seguinte. Os seus pés precisavam de estar de molho, devido ao esforço.

Descalçou as sapatilhas e foi andando para casa. Ela estava fria, o rapaz não estava com ela devido ao trabalho assim como todos os amigos dele que foram com ele devido a trabalharem juntos. Pousou o seu saco com a roupa que havia trazido para o ensaio e que não teve coragem de a vestir quando terminou tudo, colocou as suas chaves no lugar onde pertenciam com as restantes, sabendo que ele não precisava das mesmas para onde quer que ele tivesse ido.

Entrou dentro da banheira quente e as lágrimas vieram-lhe aos olhos devido ao ardor que lhe atingiu nos pés - estavam demasiado magoados e cheios de bolhas rebentadas de tanto treinar. Suspirou quando finalmente a dor começou a ser suportável.

O dia seguinte iria ser importante para a sua vida. Após anos no mundo do ballet ia finalmente sair, não porque deixara de gostar, mas porque já lhe era difícil aguentar-se tanto tempo em pontas como quando era pequena. Não era velha, apenas tinha os seus 25 anos mas estava cansada.

Após conter os pés de molho, jantou calmamente com o som da televisão como companhia, estava desejosa que fossem 10 da noite; era a hora que ele lhe telefonava sempre para saber como ela estava e o momento estava quase a chegar.

Arrumando tudo o que havia desarrumado, foi para o seu quarto onde habitava o seu cheiro e o cheiro dele, misturados. Sorriu lembrando-se do seu sorriso quando a mesma chegava estafada a casa depois de um longo dia no emprego e cansada das aulas de ballet.

Deitou-se ao ver televisão e deixou-se estar, e quando chegou à hora o seu telemóvel já tocava com a música alternativa que a mesma havia escolhido para ele. – Olá querida, como é que estás? Estás melhor das dores?

-Olá. Estou bem, dentro dos possíveis. Nem por isso, amanhã tenho de ir colocar umas ligaduras outra vez. Esforcei-me demasiado... - Ela disse enquanto se aconchegava na sua cama, não sentindo o calor que o mesmo dava quando a mesma se aninhava.

-Ai... a menina é teimosa. – Ele repreende a amada e a esta ri-se ouvindo a sua voz demasiado sexy.Sei que estás nervosa, mas não podes andar feita maluca a dançar.

-Eu sei... a menina vai descansar e promete que fica melhor. – Ela disse para descansar o seu namorado preocupado que logo suspirou aliviado com as notícias da mesma, a mesma tossiu quando ouviu a voz do amigo ao lado do amado. – Diz-lhe que eu também o adoro muito.

-A menina não quer mais nada, não?! – A voz brincalhona do mesmo disse tudo e ambos ficaram a rir-se, a relação deles era puramente aberta e ambos gostavam demasiado um do outro, e confiavam um no outro a cem por cento. – Bem amor, eu vou dar agora uma entrevista. Desculpa não estar aí amanhã. Amo-te.

-Vai lá trabalhar. Amo-te muito. – O telefone foi desligado e a mesma deixou a televisão ligada, enquanto tentava adormecer e quando menos esperava viu a entrevista que o amado estava a falar que iria dar. Sorriu e manteve-se atenta à entrevista. Pelo que o mesmo lhe havia dito a mesma iria ser curta.

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