New Life

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#1

Com o toque irritante do iPhone, ele levantou o seu tronco e desligou o aparelho. Pegou nele e reparou que o seu irmão tinha ligado para ele, há coisa de meia hora: nem se quer tinha reparado que o irmão tinha pedido a sua atenção. Levantou-se e espreguiçou-se.

Descalço, saiu do quarto e entrou na divisão à direita da que pertencia ao rapaz. Abriu ligeiramente a cortina para que pelo menos alguma luz entrasse no quarto. Sorrindo, ajoelhou-se perto da cama do mais novo. Estava ele quase destapado e de barriga para baixo.

-Toca a acordar. – Ele disse e o pequeno resmungou enquanto se virava para o outro lado e tentava voltar a dormir. Ele abanou a cabeça e acabou por o destapar por completo. – Hoje não é aquele dia em que tens de ler em voz alta para a avaliação?

-Acho que estou doente.

O mais velho riu-se e abanou a cabeça. Levantou o pequeno e ele resmungou enquanto era levado até à casa de banho. O seu pai, tirou-lhe a roupa e deu-lhe um banho rápido apenas para o pequeno acordar e poder fazer as coisas sozinho.

De banho tomado e vestido, o progenitor penteou o cabelo rebelde do filho... tinha a mesma cor de cabelo que ele, castanho. A diferença era que ele o pintava de loiro, porque gostava. A maneira como ele era... tudo fazia questão de lembrar a Bill o quão parecido ele era à sua mãe.

Fez um pequeno-almoço decente para os dois e foram andando para a escola do menino. – Se eu tiver boa nota, tenho direito a um presente? – Bill arqueou a sobrancelha e assentiu com a cabeça para o filho que já tinha em mente algo, para fazer aquela pergunta. O pequeno abraçou o pai e entrou acompanhado pelos seus amigos até dentro do recinto. Quando estava já perto de alguém adulto, o loiro barbudo entrou no carro e ligou para o seu irmão.

-Estava a ver que ainda estavas a dormir. – Ele resmungou após uma hora e meia sem saber nada do seu irmão. Bill resmungou e abanou a cabeça, pedindo desculpas por não ter dito nada por tanto tempo, após a sua tentativa de comunicar com o gémeo. – Não interessa, preciso de falar contigo. Quando é que achas que podes passar por aqui por casa?

-Não me digas que a Cam te vai dar mais um filho? É o quarto pá. – Bill perguntou enquanto ligava o motor do carro e começava a sair de perto do estabelecimento do filho e preparava-se para ir buscar algumas coisas para a casa e depois teria de passar ainda pela casa da sua mãe.

-Não sejas estúpido. Quando é que podes vir? – Perguntou de novo e Bill revirou os olhos enquanto parava no semáforo vermelho e esperava que ele abrisse para continuar a sua condução.

-Não sei, tenho de ir comprar algumas coisas e ainda tenho de ir a casa da mãe falar com ela e com o Gordon. – Disse por fim. O seu irmão gémeo, Tom, suspirou e ele arqueou a sobrancelha. Ele normalmente não era assim tão nervoso. – Passa-se alguma coisa? Eu estava a brincar quando disse que a Cam estava grávida.

Tom acabou por dizer algo rápido que deixou o rapaz pouco convencido, mas o mais novo dos gémeos não quis dizer nada para que o rapaz ficasse mais nervoso com o que não tinha dito. Mais cedo ou mais tarde, ele iria saber o que tinha acontecido e iria falar com o irmão.

Entrou no supermercado e fez as suas compras, acabando e tudo por juntar ao cesto as coisas para o seu cão, Pumba, e também os cereais e gomas que tanto ele como o filho gostavam mais. Ele sabia que seria uma boa recompensa para ele caso o presente que ele quisesse fosse mais complicado de arranjar.

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