Capitulo IX

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O bipe das máquinas era o único som que soava naquele local, já havia até mesmo desistido de voltar a sua casa tamanha era a ansiedade em ver mais progressos. Junto ao outro alfa, misturavam compostos químicos em seus recipientes de vidro e colocavam o liquido esbranquiçado dentro de uma seringa. Com a ajuda do delta, os três foram até a cápsula erguendo minimamente de sua tampa tendo toda a fumaça do nitrogênio se expandindo pelo cômodo. Habilmente, o alfa mais velho passara suas mãos dentro da cápsula segurando o braço do ser dormente, espetou a seringa em sua veia dando-lhe a injeção com demais hormônios.

O moreno dividia sua atenção para o corpo e para os monitores que demonstravam oscilações em seu gráfico, segurando a tampa pesada suspirava tencionando de seus músculos dando força erguer mais o pedaço de metal para o alfa tirar seu braço. Voltando a tampar a cápsula, os três observaram os papeis impressos com os resultados de outras misturas e passavam a discutir sobre as devidas mudanças nos compostos.

Na verdade havia se passado três dias desde a ultima reação, agora introduziam os genes e hormônios dos pais do garoto para que pudesse ter mais um progresso. Soltando de um suspiro, o moreno se sentou na cadeira olhando a aliança em seu dedo anelar, acariciava a mesma apenas rezando para que aquele que amava, pudesse voltar para os seus braços brevemente.

Com o soar do alarme no celular, tirou o jaleco branco que usava e arregaçava a manga de sua camisa social, pegava uma caixa avermelhada encontrando dentro as agulhas com pequenos frascos com um liquido azulado. Segurando das agulhas colocando na seringa, penetrou a ponta afiada em sua veia introduzindo o pequeno remédio que retardava o seu período de cio.

Só poderia sentir prazer com aquele que lhe dera o sentido de sexo, se não tivesse aquele ômega então não precisaria do seu cio.

❄ ❄

Desde o dia em que conversara com o menor, Jong In tinha plena certeza de que as coisas não seriam fáceis para si, principalmente por ele ter um cheiro tão delicioso. Agora que seu cio se aproximava lentamente, queria muito poder tomar posse daquele garoto. Mas o ouvia se declarar, dizer que estava apaixonado por si. O que deveria fazer? Rever seus conceitos parecia ser o suficiente para ele, o alfa queria se apossar daquele jovem, e a momentos atrás comprovou de que aquela possessão não era normal. Não queria dividir o ômega.

Os minutos se alastravam e mesmo com os rostos perto o suficiente para sentirem a respiração um do outro, a sensação era de estarem distantes. Kyung Soo observava atentamente o rosto inexpressivo do alfa á sua frente, tendo em seu interior uma guerra de sensações que o deixava enjoado. Tremia sutilmente ansiando por uma resposta, porém com o passar dos minutos acabara por se arrepender por ter dito aquilo ao maior. Teria sua atitude influenciado em alguma coisa? Será que se Min Seok não houvesse lhe beijado, Jong In teria respondido aquilo diferente?

- Filho!

A troca de olhares se dissipara quando Kyung Soo olhou para a porta e correra em direção de seu pai alfa. Jun Myeon havia chegado á momentos atrás, porém Luhan e Sehun não deixaram que entrassem no bar ficando todos no lado de fora esperando alguma coisa. Porém o cheiro do ômega ficava mais intenso á medida que ficava nervoso e ansioso, desvencilhando dos protestos adentrou ao bar e percebeu a atmosfera tensa existente entre os dois garotos. O cheiro do alfa era o mesmo do garoto que vira outro dia, aquilo lhe fez ficar raivoso, principalmente ao ver a pequena bagunça no bar.

Abraçava o filho apertado e olhava para o moreno que observava o ômega intensamente. Não havia gostado daquilo e sentia que seu filho não estava bem. Selando a testa do menor, o alfa pai acariciou de seus cabelos e logo se lembrou da situação no geral.

O Garoto ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora