Capitulo VI

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A vida de um hibrido poderia ser instintual, já que seus sentidos são mais aguçados e age como um verdadeiro animal selvagem quando necessário. Entretanto um hibrido com histórico humanoide teria de conviver com as diversificações das emoções e tudo isso geraria um conflito angustiante. Esta protegendo porque ama ou por ser uma ótima pessoa para reproduzir?

O rapaz alto apenas observou a máquina funcionar do jeito que deveria, assim como havia calculado meses atrás para que um avanço fosse feito. Observava aquele ser descansar dentro da cápsula e suspirou em ver que seus cabelos ainda estavam descoloridos, quase esbranquiçados. Só poderia tirá-lo de lá quando aquelas feições que aprendeu a admirar voltassem.

Desviando o olhar para a parede de seu pequeno escritório, percebeu a pintura feita de si mesmo e sorriu terno com aquilo. Lembrou-se da forma como o garoto subiu na escada, por não conseguir alcançar a altura necessária para pendurar o quadro. Soltou uma risada baixa quando o menor havia lhe olhado e percebido que o imaginava de forma luxuriosa.

"N-Não seja assim", a forma como havia dito aquela frase com seu tom manhoso e pequeno bico nos lábios, ah simplesmente faziam-lhe sorrir bobo com meras lembranças. Apesar do tempo juntos ele ainda gaguejava diante de si, era o seu nervosismo tomando conta. Amava aquilo, pois sabia que era um sinal de ter efeito sobre o garoto.

Agora bastava ir para o próximo passo. Pegou as chaves do escritório e fechou a porta deixando trancada. Voltou a guardar o molho de chaves em seu bolso e seguiu para o outro cômodo onde iria trabalhar disfarçadamente. Agora sim, iria trabalhar em algo que lhe rendesse um salário.

❄ ❄

Kyung Soo apenas observava aquele moreno se dispersar entre os clientes, os dedos esbranquiçados passavam por seus fartos lábios como se sentisse o selar que havia ganhado á momentos antes. Foi o seu primeiro beijo e ainda se sentia estranho, algo remexia em seu estomago deixando seus pensamentos em um vazio completo. Era como uma onda grandiosa que levava consigo todas as suas conquistas e organizações mentais. Agora se quer se lembrava do trabalho, apenas olhava sem piscar para a porta do bar e dedilhando sua boca.

Jun Myeon e Yi Xing puxava o filho para perto do bar, o alfa rosnava olhando em volta á procura daquele garoto de cabelos descoloridos. Como poderia ele ousar tocar em seu precioso filho? Havia desconfiado de suas intenções no momento em que o vira, porém o sorriso e a comportamento de Kyung Soo lhe fazia se reter, mas na verdade estava certo em desconfiar. O delta passava a mão em frente aos olhos do garoto que ainda se encontrava catatônico, formando um bico nos lábio olhou para o marido que respirava fundo controlando de sua raiva. O casal sentou-se na cadeira apenas olhando o pequeno ômega despertar de seu transe quando o som alto da musica ecoava pelo salão.

O ômega levantou-se rapidamente voltando ao bar atender os clientes que já resmungavam por uma bebida gelada, deixando o casal preocupados consigo. Sua mente voltara a se encher de pensamentos, todos gritantes e desorganizados com o ocorrido. Suspirava depois de atender os clientes, encostou-se na bancada e olhou para os pais que se aproximavam lentamente de si mais uma vez. Sentindo uma pequena coceira em seu pescoço, passava as unhas curtas no local e se arranhava levemente. Estaria avoado demais naquele momento, o alfa não gostou de perceber aquilo.

- Por que ele fez isso? Sente algo por ele? – Jun Myeon não aguentava mais de sua curiosidade, querendo fazer alguma coisa que fosse ajudar o seu filho. Mas não poderia fazer nada se ele estivesse se envolvendo sentimentalmente.

- Não – Kyung Soo baixou o braço e mexia na barra da camisa ao ter a face ruborizada – Apenas me pediu pra ajudá-lo com uma coisa.

- Com um beijo?

O Garoto ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora