Finalmente era sabádo e eu estava decido a levar o garoto a delegacia.
-Bom dia. -Ele disse sonolento.
Por um momento, lembrei de minha ex-esposa Chloe.
Quando nós acordavamos no domingo de manhã e eu preparava uma mesa farta de café-da-manhã.
-Dormiu bem? -Perguntei, colocando café em minha xícara.
-Sim. -Ele disse coçando os olhos. -Ainda tenho aquele pesadelo. -Disse baixo, brincando com os dedos.
Toda noite ele chorava, dizendo ver um caminhão atingir seu carro e seu corpo voar longe.
De vez em quando, também tenho pesadelos desse tipo.
-Hoje, iremos para a delegacia, vou tentar achar algum conhecido seu. -Disse, dando uma mordida em meu pão.
Ele assentiu para baixo, parecendo estar triste com o que eu havia dito.
Confesso que também estava um pouco triste por ter que leva-lo para a delegacia.
Eu já havia me acostumado com sua presença, com sua voz fina ecoando em todo ambiente e o doce perfume de sua pele.
Ele ficou apenas três dias em minha casa, mas esse tempo foi sulficiente para poder me acostumar com sua presença.
Nesses tempos em que estive divorciado, me sentia extremamente solitário, conversando comigo mesmo e tomando café sozinho.
A presença dele me agradava.
[x]
Terminamos o café e nos arrumamos para ir a delegacia.
Entramos no carro e silêncio me incomodava.
Ele parecia nervoso. Mordia o lábio com força, brincava com os dedos e batia os pés no chão com alta frequência.
-Está tudo bem. -Disse, tentando acalma-lo. -Vamos achar algum conhecido seu e você irá para casa.
Ele assentiu de cabeça baixa.
Chegamos na delegacia, e o garoto logo ecoou, agarrando-se em meu braço.
-Bom dia. -Disse para a oficial.
-Em que posso ajudar? -Ela perguntou lendo seu jornal, sem ao menos manter contato visual comigo.
-Hã... Ele está perdido. -Disse meio sem jeito para explicar a situação.
Ela olhou para o garoto, logo desviando o olhar novamente.
-Ele tem documento? -Perguntou, mordendo uma rosquinha de açucar.
-Não, quando o encontrei, ele estava sem nenhum documento ou carteira de identidade. -Expliquei a oficial.
-Então não podemos fazer nada. -Ela disse desinteressada.
-Como assim? -Questionei boquiaberto.
-Precisamos de pelo menos um documento para poder identifica-lo. -Ela disse bebendo seu café. -Caso contrário... -Ela deu de ombros.
Olhei ao redor da delegacia, e estava completamente vazia.
Meu queixo estava caído, pela forma como a oficial nos tratou.
Respirei fundo e bati o punho na bancada.Demos meia volta e voltamos para o carro.
Eu não estava acreditando que eles não poderiam me ajudar.
Entramos no carro e encostei a cabeça no volante.
-Me desculpe. -Ele disse baixo.
Levantei a cabeça e olhei no fundo de seus olhos.
-Não precisa se desculpar. -Disse calmo. -Vai dar tudo certo. -Disse meio receoso.
Meu estômago roncou e sorri fraco.
-Vamos comer. -Disse dando partida e seguindo a rodovia.
Os únicos fast-foods de Holmes Chapel ficavam no centro da cidade, ou seja, teriamos que passar pela rota 66.
Sinceramente, eu não gostava de ter que passar por lá, pois era escuro e deserto, facilitando acidentes e roubos.
Por sorte, ainda estava claro e o sol raiava no horizonte.
-O que você gosta de comer? -Perguntei, tentando descontrair o ambiente.
-Não sei. -Ele sorriu bobo.
-Eu amo Mc Donald's. -Disse sorrindo.
Liguei o rádio, colocando uma música animada.
No fundo eu estava triste por não conseguir meu objetivo, mas não queria transparecer isso a ele.
-Nossa, que trânsito. -Disse olhando no retrovisor.
Havia uma fila de carros parados, com o pisca-alerta ligado.
-Acho que foi algum acidente. -Disse colocando a cabeça para fora do vidro.
Alguns minutos depois, a fila foi diminuindo e os carros foram liberados.
De longe pude ver um carro prata extremamente amassado, e logo atrás, um caminhão com o para-choque destruído.
-O que houve? -Perguntei para o policial, que guiava o trânsito.
-Jovens bêbados. -Ele disse, negando com a cabeça. -Já estamos retirando os veículos, desculpe o transtorno.
-Alguma morte? -Perguntei preocupado.
-Graças a Deus, não. -Ele disse. -O caminhoneiro conseguiu freiar a tempo, se não, o estrago seria maior.
-Ainda bem. -Disse.
Dei de ombros e seguimos pela rodovia.
Alguns minutos depois, estavamos dentro do drive-thru do Mc Donald's, fazendo nossos pedidos.
Os lanches chegaram e optamos por comer dentro do carro mesmo.
Estava frio e nevando.
O garoto saboreava seu lanche, sujando toda sua boca de molho especial.
-Esta sujo aqui. -Disse rindo baixinho.
-Onde? -Ele perguntou sem jeito, passando a mão no lado oposto que estava sujo.
-Aqui. -Disse me aproximando e passando o polegar no canto de sua boca.
Nossos olhares se cruzaram e uma descarga elétrica percorreu meu corpo, ao mergulhar no belo azul de seus olhos.
Engoli o seco e mordi o lábio.
Pude ver seu olhar cortar entre meus olhos e meus lábios.
Algo estava me puxando a ele,como algo também puxava ele a mim.
Me aproximei de seu rosto e me atrevi a selar nossos lábios.
O delicioso gosto de molho especial e coca-cola tornou seus lábios extremamente apetitosos e saborosos.
O beijei lentamente, enquanto mil coisas passavam em minha mente.
Sua língua tímida pediu passagem para meus lábios, portanto logo obedeci, lhe dando passagem para explorar cada canto de minha boca.
Sua pequena mão foi parar em minha nuca, puxando os poucos cabelos daquela região.
Cortei o beijo, respirando fundo e colando nossas testas.
Aquilo foi tão bom.
Own,o primeiro beijo a gente nunca esquece hihihi.
votem e comentem !¡ (estamos quase chegando em 400 leituras :) im so happy.
Eu fiz outra capa, vocês gostaram?
All the loveeee :)
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Lost || L.S
Fanfiction-Quem é você? -Perguntei para o garoto, que tremia por conta do frio e da chuva. -Eu não sei. -Disse baixo, me olhando com um par de olhos azuis. Onde em uma noite chuvosa, Harry encontra um garoto perdido em frente ao portão de sua garagem.