9.Você é gay?

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Voltamos para a sala e meu rosto fervia de tanta vergonha.

Ficamos em silêncio a tarde inteira, pois eu estava envergonhado demais para dizer algo.

-Me desculpe. -Ele sussurrou. -Não era para mim ter pegado, mas aquilo realmente me chamou muita atenção. -Ele disse sem graça.

Olhei para seu olhos e abri um sorriso fraco.

-Tudo bem. -Disse baixo.

Ele sorriu fraco e logo selando nossos lábios.

Posicionei minhas mãos em cintura, puxando-o para mim e colando seu corpo no meu.

Sua pequena mão foi parar em meu peito, fazendo leves carinhos no mesmo.

Segurei uma de sua nádega com força, escutando um leve gemido sair de seus lábios finos.

De repente, o telefone toca, cortando o clima e me fazendo revirar os olhos.

-Alô? -Atendi entediado.

-Harry? -Uma voz feminina disse do outro lado da linha.

-Oi mãe. -Disse coçando a nuca.

-Será que você pode vir aqui em casa, me ajudar a carregar umas caixas? -Mamãe perguntou e sorri fraco.

-Claro. -Disse a ela. -Estou ai em um minuto. -Disse e desliguei.

-Vou ir no outro quarteirão, você se importa em ficar aqui? -Perguntei a ele.

Olhei para seu corpo, e percebi uma leve ereção marcar sua calça.

Ri pelo nariz, mordendo o lábio.

-Ok. -Ele disse baixo, sentando no sofá.

-Volto logo. -Disse e sai de casa.

Fui caminhando mesmo, pois mamãe morava no outro quarteirão.

Ela havia se mudado para Holmes Chapel a pouco tempo.

Alguns minutos de caminhada e eu estava na porta da casa dela.

-Deixa que eu levo. -Disse ao perceber o esforço que Anne fazia para carregar a caixa.

Ela ainda estava de mudança, a casa estava uma bagunça.

Depois de carregar algumas caixas, minha coluna doía.

-Acho que estou ficando velho. -Disse, sentando-me no sofá, que ainda estava com o plástico de proteção.

-Faz tempo que eu não te vejo filho. -Mamãe disse, sentando no sofá e me entregando um copo d'água. -Mesmo a gente morando a um quarteirão de distância.

-Eu ando muito ocupado e cheio de trabalho. -Disse bebendo água.

-Filho, posso te fazer uma pergunta? -Mamãe perguntou apreensiva.

-Claro, mãe. -Disse.

-Ontem, a Chloe veio aqui. -Anne disse e meu coração acelerou. -E ela disse que te viu em um carro, com um garoto sem a calça. -Ela disse com um ar de riso.

Mordi o lábio em busca de uma resposta plausível para dar a minha mãe, mas a única coisa que fiz, foi ficar em silêncio.

-Filho, você é gay? -Anne perguntou e meus olhos se arregalaram.

-M-mas é c-claro que não mãe. -Disse nervoso. -Ele é apenas um amigo. -Disse sem palavras.

Anne começou a rir, enquanto eu quase arrancava meus cabelos de tanta vergonha.

-Lembrei da época da escola, em que você tinha um "amigo" que não saia de seu quarto. -Ela disse rindo.

Gary, era meu "amigo".

Ele ia para minha casa quase todo dia da semana.

A gente se beijou apenas uma vez.

Uma única vez.

-Mãe, o Gary era meu melhor amigo, você está confundindo as coisas. -Disse levantando do sofá.

-Eu não estou dizendo nada Harry. -Mamãe disse rindo. -Quero apenas entender a sexualidade de meu filho.

-Eu sou hétero mãe, não tenha dúvidas disso. -Disse confiante.

A quem eu queria enganar?

A minutos atrás eu estava beijando um homem.

-Ok filho. -Ela disse, me levando até a porta. -Obrigada pela ajuda.

-De nada. -Disse dando um beijo em sua testa. -Quando precisar, pode me ligar. -Disse indo embora.

Andei pela rua escura, e comecei a pensar no que eu havia dito.

"eu sou hétero mãe"

Como eu posso ser hétero se eu estava beijando um homem?

Como eu posso ser hétero se eu senti um tesão desgraçado ao ver a bunda de um homem?

Como eu posso ser hétero se eu quero foder aquele homem?

Droga, estou confuso.

Andei alguns minutos e já estava em casa.

Abri a porta e percebi que Lou não estava mais na sala.

Dei de ombros e tirei o casaco.

-Lou? -Gritei da sala.

Mas ele não respondeu.

Comecei a andar pela casa a procura do garoto, mas não o achei.

-Lou? -Gritei mais alto, já preocupado.

Até que escuto um barulho esquisito, vindo do quarto.

E o barulho se repetiu, várias e várias vezes.

-Mas que porra? -Estranhei, pegando meu taco de beisebol e subindo as escadas devagar.

O barulho aumentava, fazendo minha pele se arrepiar.

-Lou? -O chamei no corredor.

-Harry. -Escutei Lou dizer meu nome, mas de um jeito sôfrego e esquisito.

O som vinha de meu quarto.

A porta estava levemente aberta, chamando minha atenção.

Abri a porta lentamente, segurando o taco de beisebol com força.

Mas parei no momento em que vi aquilo.

O taco escorregou de minha mão e minha boca formou um leve "O" .

Porra.







Suspenseeeeeee kkkjjjkjjjk

decidi fazer um suspense de leve.

Espero que tenham gostado (apesar de não ter nada de "importante")

Ps: chegamos em 500 leituraaaaasss!!!! Rumo aos 1K!

Obrigada a todas que ainda estão aqui, e me desculpa os erros. Mas tendência  é melhorar né non?

Beijos, love u!

Lost || L.SWhere stories live. Discover now